17. Fora do controle!

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Mariano e Alice precisavam sair com Beatriz para que pudessem ver algumas casas na região, já que os planos da família Urquiza eram ficar por Buenos Aires para que pudessem continuar mais perto de Helena.

Enquanto eles passeavam pela cidade, Helena foi a casa de Victor como combinado para que conhecesse a família Gutierrez. No meio do caminho, pararam em uma sorveteria e encontraram Daisy trabalhando por lá como garçonete.

-Olha, Victor. Não é a Daisy quem está vestida de garçonete ali?

Victor já sabia sobre o novo emprego de Daisy, afinal não havia nada que ele não soubesse sobre ela. Mas com a chegada dos sogros e toda a confusão que acabou se formando, ele esqueceu de falar para Helena.

- Hehe, eu já sabia! Ela arrumou um emprego temporário aqui, mas vai ficar apenas 2 semanas. Se quiser, podemos entrar e tomar alguma coisa enquanto vocês duas conversam.

Helena estava com saudades da amiga, mas sabia que teria que ir ao encontro dos pais de Victor o mais rápido para resolverem tudo e estarem certos com as duas famílias.

- É melhor não, porque seus pais estão nos esperando né? Podemos chamar a Daisy pra sair um dia desses e com sorte tiramos o Pietro da cozinha pra ir com a gente.

Helena não esperava que Victor morasse no bairro mais nobre da cidade e nem que a casa na verdade fosse uma mansão, até que chegaram e o mordomo abriu a porta.

- Seja bem-vindo novamente, senhor Gutiérrez. - Dizia Sérgio, o mordomo da mansão.

- Obrigada, Sérgio. Mas e os meus pais? Combinei de conversar com eles nesta tarde, a casa tá calma então eles devem ter saído.

- Isso mesmo, seus pais foram até a escola do pequeno Alex. Disseram que teriam algo a resolver por lá e levaram o menino junto com eles.

- Já era de se esperar, quase nunca passamos um tempo em família. Esses dois só vivem na empresa ou resolvendo trabalho fora.

- Sim, senhor. Mas e essa jovem e bela dama ao seu lado?

- Essa é Helena Urquiza, a mulher da minha vida.

Naquele momento, Victor havia deixado Helena muito constrangida, porém feliz em saber que ele fazia questão de que todos soubessem que agora estavam juntos.

- Victor! Desse jeito você me deixa com vergonha.

- Me desculpa. - Dizia Victor, com um sorriso de canto no rosto.

- Helena, esse é o Sérgio. Nosso mordomo desde que me entendo por gente? (Risos)

O mordomo já está na família Gutiérrez a muito tempo, Paula o contratou para cuidar da casa e dos empregados enquanto ela e António passavam o dia fora trabalhando.

- Sim. Muito antes dos seus pais terem filhos, eu já estava trabalhando aqui na mansão cuidando de tudo como sempre.

Helena interrompeu a conversa dos dois e perguntou se podiam entrar, já que conversar na porta de casa e em pé não era muito agradável.

- Me desculpem, mas vamos entrar? Meus pés já estão doendo aqui em pé.

- Claro, senhorita. Entre e fique à vontade enquanto você e o patrão, esperam pela família. Mas já aviso que eles não iram aparecer tão cedo assim.

O mordomo havia subido pois uma das empregadas da casa havia pedido sua ajuda com algo. Victor e Helena agora estavam sozinhos naquela sala imensa.

- Helena, se você achar melhor podemos voltar para a república e conversamos com os meus pais outro dia. Pode ficar tarde e seus pais estão na cidade, pode acabar dando problema.

Helena por sua vez, não queria ter que voltar outro dia então pediu para continuarem esperando os Gutierrez voltarem.

- Está tudo bem, vamos continuar esperando seus pais. Podemos assistir alguma coisa? E eu também estou com fome, Victor.

Victor foi até a cozinha e pegou um bolo de chocolate para agradar a amada e saciar sua fome. Os dois ficaram abraçados no sofá da sala enquanto assistiam a um filme e jogavam conversa fora.

Conversa vai e conversa vem, Victor começou a falar de seus sentimentos para Helena.

- Acho que nunca me senti tão bem na presença de outra pessoa como fico com você, desde que você chegou tudo na minha vida mudou de uma forma inexplicável. - Dizia Victor, com cara de bobo apaixonado.

- Eu também me sinto muito bem com você do lado, me sinto protegida e pela primeira vez me sinto vista por alguém. Você é meu primeiro amor, Victor, e eu espero que possamos ficar juntos por muito tempo.

O clima de romance estava no ar, Helena mais uma vez tomou a iniciativa e roubou um beijo dele. Victor estava empolgado e feliz com o relacionamento dos dois estar dando certo.

O mordomo havia esquecido o ar ligado, estava frio demais na sala e Victor aproveitou para aquecer a amada a abraçando forte. Os dois voltaram a se beijar novamente, Victor subia suas mãos por todo o corpo de Helena, a pegou no colo e os dois começaram a esquentar o clima ali na sala

Como já estava anoitecendo, e os pais de Victor não haviam chegado ainda. Os dois continuaram namorando no sofá, Victor estava quase tirando a blusa de Helena que naquele momento estava sentada em seu colo quando de repente, os dois ouviram um barulho de carro estacionando, mas estavam animados demais e não lembraram que poderia ser a família voltando pra casa. Até que Helena ouvia a porta abrindo, era Paula, mãe de Victor, que havia chegado em casa.

-António, não deixe que o Alex entre.

-VICTOR GUTIERRÉZ, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Dizia Paula, espantada com o que acabava de ver.

- Por sorte não peguei uma cena pior hein? Garotos, eu fiquei fora por algumas horas e quando chego quase sou avó?

- Victor, que vergonha! Senhora, me desculpa, não era nada do que a senhora estava pensando...

Helena não sabia o que fazer, estava naquele momento quase despida e a mãe de seu namorado havia quase presenciado a primeira noite dos dois juntos.

- Menina, não precisa se desculpar. Eu só não quero que o Alex pegue uma coisa dessas, prefiro que poupem a inocência do meu caçula. Victor, suba para o quarto, preciso conversar a sós com a mocinha aqui. Antes de subir, vá lá fora e mande que seu pai traga o Alex e o leve para a cozinha que a cozinheira já deve ter feito o lanche dele.

- Sim, mamãe. Mas voltarei e vou ficar com Helena aqui, enquanto vocês conversam.

- Meu querido. Não se preocupe, você me conhece e não farei a sua namorada passar tanta vergonha quanto com você.

Victor deixou que sua mãe conversasse a sós com Helena e foi levar o irmão para lanchar na cozinha.

Paula estava tentando acalmar Helena e pediu para que sentasse no sofá já que queria explicar umas coisas para ela.

- Menina, como é seu nome?

- Helena, senhora. Me desculpa pelo que viu, Victor e eu estávamos esperando vocês e jogando conversa fora e quando vimos já estávamos aos beijos.

- Helena, né? Olhe, eu sei que nessa idade os hormônios parecem querer fugir do nosso corpo ou nos controlar. Foi um pouco mais velha do que você que acabei engravidando e hoje o meu Victor está aí. Não vou proibir seu namoro com ele, até porque desde que você apareceu, a vida dele se transformou e ele está até um pouco mais responsável. Só vou pedir para que se previnam e tomem cuidado, e antes de tudo converse com seus pais para não haver desentendimento.

-A senhora não ficou brava?

- Ora, brava eu ficaria se o Alex tivesse presenciado. Mas quero que traga seus pais aqui no domingo, iremos oferecer um jantar para nos conhecer e falar de vocês.

Apesar do que viu, Paula tratou Helena com toda gentileza possível e a aconselhou. Ela espera agora por um jantar formal no domingo com os Urquiza para que conheçam os Gutierréz e a mansão também.

Primer AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora