Primer Amor

18. Novos começos

A família Urquiza havia ido a Argentina apenas para passear e passar um tempo com Helena, mas após ter conhecimento de Victor, Mariano chegou à conclusão de que sua filha precisaria da família por perto para que não perdesse o rumo dos seus planos. Alice nunca pensou em sair do Brasil para morar de vez em outro pais, ela adora seu trabalho por lá e a vida que levava com sua família, mas não podia negar que para a saúde de Beatriz, talvez fosse melhor ficar por Buenos Aires.

No dia em que chegou a cidade, Mariano foi em busca de emprego para que pudesse cuidar melhor da família sem precisar usar o dinheiro que Soledad havia lhe entregado para as despesas das meninas. Os pais de Bia e Helena agora estavam em constante desentendimento após os gastos excessivos com as finanças da senhora Soledad e a falta de esperanças de conseguir um bom emprego na cidade.

Após alguns dias, Mariano havia recebido uma ligação de uma empresa na cidade que estava à procura de um advogado para representar as filiais na cidade e precisava que ele fosse até lá para uma entrevista de emprego.

- Senhor Mariano?

- Sim, sou eu. Quem gostaria?

- Senhor Mariano, me chamo Ana Da Silvo e sou representante do RH da Academia de ginastica "Viver mais". Analisamos os perfis dos candidatos à vaga de representante das filiais e vimos que o seu bate com tudo que precisamos, mas antes gostaríamos que viesse realizar uma entrevista de emprego ainda hoje.

- Nossa!!! Poderia me informar o horário por favor?

- Compareça até as 14:30 da tarde, ou poderá perder a vaga.

Mariano se empolgou, ajeitou suas coisas em casa e partiu em busca de oficializar a vaga na empresa. Após 2 horas de entrevista, ele voltava para casa feliz em saber que finalmente havia conseguido um bom emprego e agora não precisaria mais da ajuda que vinha recebendo.

Quando chegou no quarto de hotel, Mariano gritava para todos os cantos contando a novidade par a esposa e a filha:

-ALICE, ALICE.

- O que houve, homem? Desse jeito você vai acordar a Bia.

- ALICE, EU CONSEGUI O EMPREGO E VAMOS PODER FICAR AQUI E TER A NOSSA PROPRIA CASINHA DO JEITINHO QUE VOCÊ SEMPRE SONHOU.

- Para de brincadeira besta. - Dizia Alice, que não acreditava no que acabara de ouvir da boca do marido.

- Meu amor, não estou brincando. Finalmente as coisas estão melhorando para a nossa família, vamos poder ficar aqui e continuar cuidando das nossas meninas.

- Meu bem, isso é ótimo. Imagina se....

Algo interrompia a fala de Alice, um barulho forte de algo muito pesado caindo no chão...

- BEATRIZ

Beatriz havia escutado a conversa dos pais e quando tentou levantar da cama correndo para ir até eles, ela havia se desequilibrado e caído no chão.

- Minha filha, como você foi cair assim?

- Eu tentei correr até vocês, papai. Mas não deu, eu caí. - Dizia a menina faceira, rindo após dar um susto nos pais

- Minha filha, você está muito sabida. Não se escuta a conversa dessa forma, já conversamos sobre isso.

Mariano tentava não ficar bravo com a filha, a família havia saído para comemorar, mas logo Beatriz lembrou que só iria se chamassem a irmã para ir junto com ela. Os pais não queriam incomodar Helena, já que ela deveria estar estudando, mas atendendo ao pedido da caçula, Mariano e Alice passaram na república para convidar Helena.

Quando chagaram na república Kunst, encontraram apenas Thiago na porta que não estava muito bem.

- Boa noite! Thiago, não é? Como está?

- Boa noite, senhora Alice. Hoje não é o meu melhor dia, mas creio que logo tudo ficará bem.

- O que houve, Thiago? Você é sempre extrovertido e está assim para baixo hoje. - Dizia Mariano, reparando no rosto do jovem com feição abatida.

- Entrem, conversamos lá dentro.

A família entrou na casa, Beatriz subiu para o quarto de Helena na esperança de encontrá-la por lá. Seus pais ficaram embaixo conversando com Thiago, que estava muito triste.

- Eu cuido dessa republica sozinho, mas a ajuda financeira vem do meu pai. Apenas estudo e faço estagio como professor de educação física, mas não é suficiente parar manter isso aqui. Creio que logo terei que fechar, mas sentirei muito pelas pessoas que dependem desse lugar para morar.

- Mas, o seu pai vai parar te ajudar? -Dizia Alice, com pena de ver que as pessoas vão precisar deixar a república.

-Não. Mas ele vai arcar bem menos agora que casou e quer construir uma família com a esposa dele.

Naquele instante, Beatriz vinha descendo a escada com Helena que estava deslumbrante vestida em um vestido preto brilhante. Helena ouviu um pouco da conversa dos pais com Thiago e lembrou que na mansão Gutierrez estavam contratando pessoas para trabalhar.

- Nossa, como você está linda!

-Obrigada, Thiago.

- Sabe, eu ouvi sua conversa com meus pais enquanto descia as escadas. Na mansão Gutierrez tem uma vaga de emprego, é uma espécie de faz tudo. Sergio, o mordomo, não pode mais fazer faxinas e nem serviços pesados. Então, se quiser, posso te indicar aos pais do Victor no jantar em família.

-Minha filha, faxina? O Thiago está estuda no Ed. Física. - Mariano respondia indignado com a proposta de emprego feita por Helena a Thiago.

- Meu pai, saiba que todo emprego para quem precisa é sempre bem-vindo. Não deveria impor condições e sim esperar a resposta do Thiago. E na mansão, todos são muito bem tratados.

- Ela tem razão, senhor Urquiza! Fale com os pais do Victor, Helena. Se me aceitarem, estarei lá logo cedo para trabalhar.

Após tanta discussão por causa de uma proposta de emprego, Helena saiu com os pais e a irmã para jantar.