30. Desavenças

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Os dois estavam lado a lado na imensa cama. Respirando com dificuldade, olhando para o teto, entregue ao relaxamento pós coito. Emília estava mordendo a boca para reprimir uma imensa vontade de rir. Ela estava feliz e relaxada. Nem de longe ela havia matado um pouco da saudade que sentiu do ex marido, mas ela lembrou a si mesma que a intenção ali era outra. Ela precisava ter foco. Passou os últimos dias lendo sobre gravidez sempre que tinha tempo sobrando, além de encher Kate de perguntas de meia em meia hora. Ela jurou que não ficaria ansiosa, mas agora... Ela só queria que os próximos quinze dias passassem voando para que ela pudesse fazer o teste. Tinha que dá certo! E se não desse certo? Ela não poderia desperdiçar aquela chance. Ela precisava ficar grávida hoje. Ela virou o rosto pra Henry. Ele estava ofegante com o olhar distante. Ela passou a mão no peito dele, deslizando os dedos sobre os pêlos. Henry virou o rosto pra ela.

– Só para garantir... – Ela disse baixinho. Permaneceram alguns minutos olhando um para o outro. Ela desceu a mão pelo abdômen do ex marido, vendo ele voltar a respirar pesadamente. Alcançou o pau dele e o estimulou até que ele ficasse ereto novamente. Em seguida montou nele. Henry segurou o quadril de Emília e ajudou ela a se encaixar no pau dele. Recomeçaram novamente, dessa vez deixando a paixão falar mais alto. A cavalgada de Emília era precisa, Henry mordia a boca e gemia pra segurar o prazer. Ela rebolava sentindo-se cada vez mais preenchida por ele. Emília apertou o pau dele o quanto pôde, ficou difícil quando ela sentiu o próprio orgasmo ser atingindo. Mesmo gozando e se sentindo fraca ela não parou de rebolar até perceber que seu ex-marido estava jorrando dentro dela. Então ela deitou sobre ele, uniu seu peito ao dele e deixou que os dois corações desacelerassem juntos.

Quando as batidas dos corações e a respiração de ambos se tornou regular, Emília rolou para o lado na cama, sentou na beirada, alcançou um robe que estava repousando sobre uma poltrona e o vestiu. Ela levantou da cama e seguiu para o banheiro do seu quarto. Se encarou no espelho com seus pensamentos lhe gritando "Vou ser mãe! Vou ser mãe!" Ela respirou fundo, soprando o ar pela boca. Se obrigando a controlar a ansiedade. Ela deu uma olhada em direção ao quarto, Henry estava imóvel. Mas ela sabia que ele estava acordado, seus olhos estavam grudados no teto. Vê-lo nu na sua cama mexeu com seus sentidos de novo. Ela queria gravar aquela cena com todos os detalhes na cabeça. Decidiu que não iria se importar se Henry estava arrependido e iria passar o resto da vida com raiva dela por causar aquele tipo de problema no casamento dele. Ela merecia aquele bebê. Ela iria cria-lo sozinha e estava feliz por isso. Quando Henry se mexeu, ela saiu do campo de visão dele e voltou para o espelho. Provavelmente ele iria se vestir e ia embora sem olhar pra ela. Era melhor assim. Ela precisava falar com Kate agora. O que ela precisava fazer para ajudar na concepção? Ela leu algumas dicas a respeito, mulheres que faziam fertilização in vitro, ficavam deitadas com as pernas pra cima por uns dias. Ajudaria se ela fizesse a mesma coisa? Ou não faria diferença já que o método que ela usou foi o natural?

– O que sua mente diabólica está tramando agora? – Henry perguntou depois de vê-la tão perdida em pensamentos que nem o notou ali. Ele estava parado e nu, na porta do banheiro olhando pra ela. Emília se virou pra ele.

– Nada demoníaco. – Respondeu em tom desafiador. 

Ele se aproximou dela, desfez o laço da fita do robe e abriu o tecido. Mexeu no peito dela, vendo o bico endurecer, Henry a ergueu pela cintura, fazendo ela se sentar na bancada de mármore fria da pia. Colocou um peito na boca, Emília gemeu no ouvido dele, bagunçando os cabelos da nuca dele com uma mão. 

– Senti saudades... – Ela disse com a voz sofrida. Ele sorriu com o peito dela na boca e mais uma vez ele a penetrou. Fizeram amor mais uma vez no banheiro e em seguida no chuveiro durante o banho. Dessa vez, apenas por vontade e saudade dele. 

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