CAPÍTULO 32 (Parte 2)

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LUNA

Louise conseguiu derrubar meu primo, fazendo com que ele batesse a cabeça no chão, mas eu pulei em cima dela com a corda, pronta para acabar com ela.

Ela e eu nos encaramos, cheias de ódio uma pela outra, e eu não queria, mas se fosse preciso, se fosse a única saída, eu tiraria a vida dela. Porque eu sei que ela não exitaria se fosse ao contrário.

- Você tirou tudo de mim, sua maldita! - Ela rosnava. - E mesmo que eu não consiga o que eu queria, eu vou ter o prazer de pelo menos tirar a sua vida!

E veio para cima de mim, mas eu estava mais esperta dessa vez e não deixaria ela me vencer.

Então quanto ela veio pra cima de mim, eu pulei, me esquivando dela antes de pegar ela por trás com a corda no pescoço dela, puxando com força, tirando o ar dela.

- Você viu enquanto ele me batia por tentar fugir. Você ajudou ele a me sequestrar, você ajudou ele a planejar a morte do Xavier... - Eu afrouxei um pouquinho a corda ao lembrar deles falando da morte do homem que eu vim a considerar como um irmão como se fosse um dano colateral. Como ela podia ter feito isso? Ela que conviveu com ele mais tempo do que eu... ela não viu a alma linda que Xav tinha?

- Não foi planejado... - Ela tentava dizer com a voz rouca e tentava se soltar, mas eu puxei mais um pouco antes de soltar completamente. Liberando ela caída no chão, que parecia lutar por ar, passando a mão pela garganta.

- Você diz amar o Dominic, mas na verdade você só ama você mesma! - Eu rosno. - Eu não conseguiria matar você porque a morte é pouco pra você. Você merece viver pra sempre presa ao conhecimento que não merece nada além disso o que você tem: nada. Absolutamente nada!

Ela me olha com os olhos marejados e se afasta.

Eu não me preocuparia mais com ela porque sabia que ela não merecia. Ela viveria a vida dela infeliz sozinha e pra sempre assim.

Olhei vendo que a luta tinha parcialmente diminuído a nossa volta, mas Dominic e Santos continuavam imbatíveis  um contra o outro.

Eu via ambos com arranhões, e me preocupava que Dominic iria até o fim com o seu primo.

Era matar ou morrer.

Era o instinto do lobo em seu eu mais primitivo ardendo em ambos. Caça e caçador. E ambos estavam como caçadores. Eles iriam se estripar até o fim.

Eu...

Eu não podia deixar isso acontecer.

Soltei a corda, e mesmo um pouco machucada e descalça, eu comecei a me concentrar para me transformar em loba.

- Não! - Meu primo entrou na minha frente. Ele estava apenas com um short meio rasgado vestindo seu corpo e arranhões por toda parte. - Não se meta entre os dois que pode ser pior.

- Eles vão se matar! - Tentei me libertar, mas ele apertou meu braço.

- Confie no Dominic. Você confia nele? - Ele me perguntou sério e eu parei.

Eu sabia que eu não podia me arriscar e fazer algo impensado. Sabia que tinha que pensar e no final de tudo... eu confiava no Dominic. Mesmo de coração apertado, eu sabia que ele conseguiria. Eu sabia.

Meu peito doía desde a hora que tudo tinha começado, e eu sentia no âmago do meu ser que tinha algo a ver com ele, sabia que estava nervosa porque ele estava em perigo e isso me deixava ainda mais ansiosa, mas pelo menos grata desse novo vínculo existir. Ele nos guiaria e eu tinha certeza.

Me acalmei e deixei que Lúcio me levasse para um lado mais calmo da batalha, onde os nossos estavam amarrando os poucos aliados de Santos que sobraram.

Iríamos vencer essa. E eu só podia acreditar nisso.

DOMINIC

Eu e o meu primo estávamos nos rodeando agora.

Eu estava cansado e ele também, eu podia ver que ele estava perto de desistir, perto de ceder.

Ele rosnou e eu apenas batia com a pata no chão. Calculando e pensando no meu próximo passo, na minha próxima jogada.

Eu estava mais calmo nessa luta desde que percebi que a dor antes no peito, tinha diminuído consideravelmente, isso significava que a Luna estava salva. Ela estava segura.

Então, eu precisava me concentrar.

Santos resolveu essa hora para me atacar, então quando ele pulou, eu rolei e dei um arranhão final em seu peito que já estava machucado.

Ele caiu, se transformando imediatamente em humano por estar ferido demais, ambos os seus corpos não aguentavam mais a luta. Ele não tinha o sangue alfa para lutar comigo. Não importa o quanto ele tivesse treinado e quanta raiva o dominasse, ele ainda não tinha visão. Não tinha controle.

- Você... você sempre teve tudo. - Ele disse depois de tossir um pouco de sangue. Seu corpo nu estava cheio de arranhões e sangue. Seu cabelo colado ao rosto cansado.

Eu me transformei também e ajoelhei ao lado dele, olhando meu primo do mesmo jeito triste de antes. Eu estava com raiva no começo, mas agora, só a pena me dominava.

Ele nasceu com noções de grandezas maiores que ele e isso levou ele a um caminho sem volta de sede pelo poder. Uma inveja imensa que dominou o coração do meu primo, não importando que a gente tivesse a mesma criação, e tivéssemos sido criados como irmãos. Ele sempre quis mais, mais do que ele podia ter.

- Você também sempre teve tudo, Santos. Só você que não via isso. - Eu solto um suspiro e observo enquanto os olhos negros do meu primo iam apagando a luz lentamente até ficarem opacos, olhando para o nada.

E no final, de que adiantava a guerra se o final era esse? Não havia prazer na guerra. Não havia prazer em portar o poder que fosse se o preço a pagar fosse sempre esse, e isso, foi uma coisa que ele não entendeu até o fim.  E no fim, ele morreu assim, sozinho.

Fechei os olhos dele e me levantei, sentindo o cheiro dela perto mim e me acalmei automaticamente. Não importa o quanto eu ficasse mal no final... ela sempre trazia o melhor de mim. Sempre me acalmava.

- Dom... - Ela começou e eu apenas fechei meus braços nela, inalando profundamente seu cheiro e eu finalmente me senti mais calmo. Ela me abraçou de volta, me apertando junto ao corpo e eu podia sentir suas lágrimas molhando meu ombro.

Finalmente tinha acabado.

Agora podíamos relaxar.

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O próximo capítulo é o epílogo ❤️
Vamos todos começar a nos despedir do nosso casal

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LUNA (Sol da meia-noite #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora