Os primeiros raios de sol começam a surgir no céu, o dia chega de forma calma, menos para mim, agora eu tenho de pensar o que vou fazer com um filhote de dragão branco, eu não sou a mãe dele, nem mesmo pai, mas sou um dragão adulto e ele me vê como uma família, a entrada da "arena" é aberta por guardas, esses se espantam ao me ver, ainda me encontro em minha forma de dragão, me aproximo e aos poucos volto a minha forma humana.
- ...desde quando filhotes são prisioneiros? - pergunto diretamente.
Os soldados ficam tensos, não sabem ao certo o que responder e isso me enfurece mais.
- Eu não vou perguntar novamente! - alerto e um guarda se aproxima.
Ele faz uma reverência antes de começar a falar, o filhote foi encontrado nas mãos de ladrões, então levado a Vicent, o mesmo ordenou que o deixassem neste lugar até ele ter ideia do que fazer com o mesmo, mas isso já faz meses, quase um ano, depois de conseguir a resposta eu saí, o bebê dragão continuou a me seguir, ele não ficou assustado por causa do meu cheiro, não quero o assustar de qualquer forma, o filhote pousa em meu ombro, o pego e passo a carregar em meus braços, ele deve estar cansado, dragões filhotes se cansam mais rápido, com o pequeno em meus braços eu voltou andando tranquilamente até o castelo, o que faz disso uma caminhada tranquila pela manhã...
Tempo depois.
O dia de hoje será agitado, eu tenho em mente de que preciso resolver o problema, seja lá qual for, com a família real elfo, fui direto para o quarto, a essa hora todos já devem estar tomando café da manhã, tenho outras coisas a fazer e um filhote a cuidar pessoalmente, um dragão de escama branca é raro, algumas pessoas os consideram sagrados, eles são de tamanho médio, será um pouco menor que eu, os ninhos permanecem nas ilhas flutuantes, lugar de onde ele do tirado, a ideia de ter alguns dragões como meio de transporte já está apresentando seu lado negativo, a porta é aberta por Thereza que estava a me chamar, me virei para ela não esperando sua chegada, essa para na porta ao ver o que tenho em meus braços, faço sinal de silencio e peço que fecho a porta, Thereza obedece, está curiosa sobre o filhote de dragão que dorme em meus braços.
- Papa...onde você conseguiu ele? - pergunta Thereza se aproximando e me agacho.
- Eu o achei, estava sozinho, o trouxe aqui para que eu possa cuidar dele, esse é um filhote de dragão branco mediano! - respondo o mostrando a Thereza.
Ela leva sua mão até a asa do filhote e a toca, sentindo a textura da asa Thereza fica surpresa e animada, o filhote se encolhe e continua a dormir calmamente, Thereza faz carinho nele ao ter gostado do pequeno.
- Nós vamos ficar com ele papa? - pergunta Thereza.
- Eu não sei, ele é um filhote e o lugar dele não é junto aos humanos! - respondo um pouco pensativo - Vou pensar no que fazer com ele, por enquanto o teremos conosco, vou cuidar e o fortalecer!
- Eu posso ajudar? - pergunta Thereza animada.
- Claro, mas terá de obedecer o que eu lhe dizer, ok? - pergunto e ela assente com a cabeça.
- Por enquanto vamos o deixar dormindo, volte para o seu pai e diga que logo irei aparecer para tomar café da manhã! - falo e Thereza assente com a cabeça - Não diga nada sobre o filhote!
- Entendido! - fala Thereza antes de sair do quarto.
Me levanto e coloco o filhote em cima da cama, o deixo dormindo ali, primeira mente eu vou trocar minhas roupas e tomar um banho gelado, depois eu penso em aparecer...
Tempo depois.
Com uma tigela em mão eu volto para o quarto, o filhote ainda dorme, ele deve ter passado a noite acordado por causa dos rugidos dos dragões maiores, dentro da tigela tem carne crua, assim como os filhotes de pássaros, os dragões precisam de carne, o alimento nos fortalece e ajuda no desenvolvimento, este pequeno é saudável ao meu ver, não foi mal tratado, Vicent não me falou nada sobre um filhote de dragão branco, o som dos sinos atrai minha atenção, vou a varanda que o quarto possui e consigo ver a aproximação de um dragão de escamas vermelho, esse eu reconheço de longe, Lucius e Kalel, a visita deles aqui é repentina, um pouco estranho até, deixo o quarto e vou para o salão do trono onde se encontra Vicent, logo a família real elfo também aparece, o capitão também já está aqui e deve ter dito a Vicent que se trata da visita do rei Kalel, não demora para as portas sejam abertas e vejo Lucius pousando calmamente, Kalel logo desce e Lucius volta a sua forma humana, ambos se aproximam calmamente, Lucius não me parece nada bem.
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The war: the flames and the poison.
FantasyEu estava errado, com toda a certeza a guerra é a pior coisa a se acontecer na vida, os reis já não se entendem e o povo tem medo, temem pelo pior, se as coisas continuarem deste jeito... As terras de grama verde, flores e vida se tornaram negra e t...