White Wall Kingdom.
Houve uma mudança de planos, o rei enviou uma carta onde dizia estar doente demais para viajar, ele pediu que a "conversa pacífica" seja feita em seu reino, no castelo onde vive, claro que isso patece como uma armadilha, mas não podemos perder a chance de falar com ele, Mikaela e Vicent aceitaram de bom agrado, Angelo enviou uma carta dizendo que pequenos grupos de soldados foram pegos e mortos, o brasão na armadura pertence ao kingdom White Wall, junto a carta havia um pequeno bilhete para mim, este eu li mentalmente já que veio de Liliane, ela dizia no bilhete que teve de lutar, seu irmão acabou sendo ferido e está em descanso, Eli estava certa no que dizia e isso me deixa feliz, Eli não mentiu mesmo sendo misteriosa, nos ajuda de certa forma, eu rasguei em pedacinhos o bilhete, isso deixou Vicent confuso já que ele queria saber do que se tratava, mas me neguei a contar e agora ele está um pouco irritado comigo, eu realmente sinto muito, mas ainda não contarei a ele sobre Eli, a viagem de carruagem é um pouco cansativa, me sinto aprisionado, tivemos de parar no meio do caminho por causa de Clarice, essa não se encontrava muito bem, aproveitei para sair e esticar o corpo, Vicent me deu autorização para voar e aproveito, claro que não posso ir para muito longe deles, mas fico feliz em não estar dentro da carruagem.
- Theodore!! - chama Mikaela e olho para baixo - Está na hora!
Desço vôo enquanto as carruagens param, mais a frente eu vejo as grandes muralhas, o branco é tão puro como a de uma pérola branca, a maior parte do reino tem a cor branca, o reino foi construído perto de um grande rio, no centro é o que se parece um lago profundo, nas profundezas se encontra jóias raras, riquezas de sereias, os elfos adorariam colocar as mãos nessas jóias raras, gosto de chamar esse lugar de o reino ao leste, este rio é longo e percorre por grande parte de muitas terras, principalmente estrangeiras até chegar ao oceano, são viagens assim que eu gosto, mas sei que não viemos aqui para se divertir ou brincar, pouso perto das duas carruagens e vejo Mikaela e Vicent saindo das mesmas.
- Clarice ficará na carruagem junto a você Theodore, eu irei junto a Vicent, se algo acontecer posso proteger o rei e você a minha filha! - fala Mikaela enquanto volto a minha forma humana.
Apenas assenti com a cabeça, não posso falar já que estou "ferido", fingir é um saco, Clarice sai da carruagem e se aproxima me agacho para a pegar no colo e me levanto, Clarice se agarra ao meu pescoço, tudo isso para ela é assustador, Clarice só conhece o reino onde vive com Mikaela e o reino de Vicent, ir para longe é assustador, ela ainda é uma criança e não está acostumada com nada disso, ir junto a Clarice e não com Vicent foi ideia de Mikaela, não entendi o porquê disso e no fundo não gostei muito da idéia, mas aceitei e agora estamos trocando, Mikaela deposita um beijo na testa de Clarice antes de se afastar e ir para a primeira carruagem, Vicent se aproxima e faz carinho na cabeça de Clarice.
- Se algo estive errado não fiquem para ver o que acontecerá! - fala Vicent e assenti com a cabeça.
Desde que Eli curou meus machucados eu me sinto um pouco estranho, de certa forma estou inquieto, meu coração bate rápido e sinto algo em minha garganta, como uma chama forte que luta para sair, eu não achei que a chama seria tão incomoda, deveria ter aproveitado enquanto não sabia cuspir fogo, solto um suspiro de cansaço e ando até a segunda carruagem, me sento e deixo Clarice sentada ao meu lado, a porta é fechada e não demora para que a carruagem volte a se mover, levo minhas mãos até a atadura e sem dificuldade alguma a rasgo, isso é incomodo e meu coração está a bater rápido.
- Theodore? - pergunta Clarice ao notar meu desconforto - Você está bem?
Antes que eu possa responder, sinto uma pontada de dor, levo minha mão ao meu peito e agarro a camisa que uso, abro minha boca e as gotas de saliva são negras e quentes, tão quentes que chegam a queimar o tapete, Clarice fica preocupada e sem saber o que fazer, ela coloca suas mãos em meu braço e a olho.
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The war: the flames and the poison.
FantasiEu estava errado, com toda a certeza a guerra é a pior coisa a se acontecer na vida, os reis já não se entendem e o povo tem medo, temem pelo pior, se as coisas continuarem deste jeito... As terras de grama verde, flores e vida se tornaram negra e t...