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Quando a figura de cabelos prateado ofereceu ajuda a Azriel, o illyriano quase pensou em recusar, afinal ele não fazia ideia de que tipo de criatura ele estava lidando

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Quando a figura de cabelos prateado ofereceu ajuda a Azriel, o illyriano quase pensou em recusar, afinal ele não fazia ideia de que tipo de criatura ele estava lidando. Ver aqueles dentes de ferro em conjunto com a unhas tinha deixado o Encantador de Sombras quase tão impressionado quanto horrorizado.

Que mundo era aquele que o seu Grão-Senhor o tinha enviado? Se todas as criaturas ali possuissem aquele tipo de característica, Azriel deveria ter o dobro, talvez triplo, de cuidado.

Entretanto, mesmo ciente das possíveis ameaças cercando-o, o illyriano resolveu aceitar a oferta da bruxa.

Ah, sim. Ele tinha descoberto da maneira mais ridícula que o quê tinha enfrentado ele era uma bruxa. Como ele tinha descoberto? Simples. Ela tinha uma vassoura.

Azriel quase não conseguiu conter o sorriso quando a viu puxando uma vassoura, muito bem trabalhada, de dentro de um tronco de árvore oco. Era como se ele estivesse dentro de uma das inúmeras historias que, vez ou outra, lia em algum livro de fantasia.

Saber o que aquela mulher era, mesmo que em partes, deu um certo alívio ao encantador. Lógico que não garantiria sua vida sem a possível ameaça dela, mas como ele tinha observado, ela não possuía magia. Pelo menos não no estado bruto para, talvez, tentar manipulá-lo.

Contudo ela tinha um dom, e Azriel quase tinha ficado sem ar ao vê-lo em ação contra suas sombras. O espião, ao longo de todos os seus séculos de vida, nunca tinha visto tal coisa. Ela não só tinha sentido sua presença em meio as sombras, como também manipulado elas deliberadamente, sem nem mesmo hesitar ao prender uma delas em sua mão.

Aquilo instigou o Encantador de Sombras, e agora ele a seguia para o completo desconhecido, sem saber ao certo se ela seria sua libertação ou condenação.

Mesmo que nada além de crueldade e ódio emanasse dela, o illyriano não sentiu mais aquele desejo por morte vindo dela, desde o momento que ela tinha largado seu rosto e aceitado a trégua silenciosa daquele duelo.

Azriel ficou levemente decepcionado quando ela simplesmente aceitou ser rendida, sem tentar revidar ou se defender, mas agora algo dizia a ele que a bruxa tinha planos mais importantes do que um duelo incansável na neve.

Ambos seguiam em meio as árvores esparsas, subindo uma trilha ao longo da encosta montanhosa. Ao longe, Azriel já via os primeiros sinais do alvorecer.

Algumas vezes, ao longo do trajeto, a bruxa se agachava sobre algo no chão, cheirando e até mesmo provando a neve que cobria o chão.

Ela estava caçando algo, isso era perceptível. Azriel só não sabia o que, até porque o cheiro que ele sentia naquela trilha não era nada comparável a algo que ele conhecesse, assim como o cheiro da bruxa a sua frente. Constantemente o cheiro de algum animal cruzava o caminho deles, e Azriel quase agradecia à Mãe por pelo menos isso ser algo familiar.

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