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Quando a lua já estava alta no céu, Azriel, Manon e suas sentinelas alçaram voo

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Quando a lua já estava alta no céu, Azriel, Manon e suas sentinelas alçaram voo. A noite, apesar de ainda ser de lua cheia, estava particularmente escura.

À frente de Azriel, Manon ia seguida por Vesta e Ghislaine em seus flancos e, ao lado do illyriano, Edda e Briar se posicionavam. Uma clara formação de defesa, caso houvesse alguma espécie de ataque.

A nítida configuração de proteção fez Az imaginar que tipo de ameaça poderia ter em uma altura tão elevada. Com certeza não seriam as Crochan, afinal elas não pareciam ser mais do que uma variação menos mortal daquelas bruxas.

Mesmo sem saber o que esperar, o feérico manteve sua atenção redobrada, tanto nos céus quanto no chão, mesmo esse estando tão longe.

A viagem seguiu em silêncio, apenas embalada pelo zunido constante do vento no ouvido do illyriano.  Abaixo, Azriel observava o contorno das diferentes paisagens pela qual passavam. De início, atravessaram o mesmo deserto que tinham tomado para chegar a fortaleza, porém, a rota que tomaram dessa vez foi mais breve, e logo alcançaram uma cadeia de montanhas.

Ao contrário das montanhas que Azriel tinha aterrissado, algumas noites atrás, essas não eram coberta por neve, embora o ar estivesse tão frio quanto. Ao longe, alguns pontos de luz começaram a surgir em meio a cordilheira, revelando um provável vilarejo.

- Iremos descer! - a voz de Manon se espalhou pelo ar com o vento.

Azriel percebeu que aquilo não era um aviso, e sim um comando. Edda e Briar se afastaram dele, ficando um pouco mais para trás.  Vesta e Ghislaine tomaram a dianteira, adiantando-se para pousarem antes da líder.

Manon e Azriel eram as prioridades das bruxas, o espião constatou.

O illyriano não ficou confortável em pensar que aquelas bruxas estavam dispostas a dar suas vidas pela dele, mesmo que isso fosse por pura autoridade de Manon.

A bruxa líder e o feérico tocaram o solo quase que simultaneamente, com as asas de Azriel fazendo algumas folhas do chão voarem pelo ar.

O local não passava de um pequeno conjunto de árvores, porem era o suficiente para esconder o pequeno grupo de olhos alheios, tanto do ar, quanto da terra. Ao longe, em meio as árvores, Azriel notou algumas luzes perdidas, o pequeno vilarejo que tinha avistado do céu.

- Edda e Briar - Manon as solicitou assim que ambas tocaram o chão -, sabem o que fazer.

As duas bruxas apenas acenaram com a cabeça, repousando as vassouras em uma árvore próxima e seguindo para a luminosidade das casas.

Azriel observou as bruxas sumirem nas sombras, lutando para não imaginar o que elas iriam fazer naquele vilarejo.

- Não matamos ninguém sem motivo - uma voz interrompeu os pensamentos do feérico.

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