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⚠️Nesse capítulo há menção de violência sexual⚠️
Pra quem tem gatilho, vou deixar esse icon ⚠️ como aviso onde termina e onde acaba o possível.
Aproveitem a leitura 💖

A pequena comitiva pousou nos territórios de Perranth no meio da noite, como o previsto

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A pequena comitiva pousou nos territórios de Perranth no meio da noite, como o previsto. Manon preferiu não descer direto para a pequena vila, na qual a conhecida de Ghislaine morava. A bruxa sabia que um grupo, mesmo que pequeno, com cinco Dentes de Ferro e um feérico estrangeiro puro sangue não seria bem recebido por aquelas terras.

Mantendo-se em uma área coberta por floresta, o grupo aguardou, enquanto Ghislaine percorria o caminho até o vilarejo ao pé da montanha, na qual eles se escondiam.

Naquela hora, quase não se ouvia som de vida pelas ruelas abaixo. Estudando atentamente os contornos da vila, Manon percebeu que apenas uma construção, que parecia ser uma taverna, ainda emitia uma luz tremeluzente e, de dentro dela, uma cantoria bêbada desafinada chegava até os ouvidos da bruxa.

- Pelo menos alguém está aproveitando a noite - Azriel se aproximou de Manon.

Ela sentiu a asa do feérico tremeluzir atrás de si, mandando um arrepio de alerta por sua coluna.

- Gostaria de estar lá, morceguinho? - Manon perguntou para ele, esboçando um sorriso debochado, com os olhos ainda na construção fervilhante.

- Um vinho e uma cama quente viriam a calhar agora - Azriel respondeu despreocupado, pousando uma das mãos sobre o cabo da espada em sua cintura.

- Não sabia que um guerreiro poderia ser tão frágil - a boca da bruxa tornou-se ácida com o comentário.

Um silêncio se prolongou, como se a resposta de Manon tivesse sido demais para ele conseguir pensar em retrucar. Manon sentiu Azriel inspirar profundamente, deixando escapar um grunhido do fundo da garganta.

A bruxa sentiu o cheiro de sua ira chegar até ela, por um instante, achou que o macho realmente tinha levado o comentário dela a sério. Mas, de esguelha, ela viu as asas se esticarem para trás do corpo do illyriano, fazendo uma sombra cair sobre os dois. Por instinto, Manon levou a mão até Ceifadora. Talvez ele não estivesse com humor para brincadeiras ácidas. A bruxa se manteve alerta, observando-o.

O corpo de Azriel se tencionou por completo, como se ele estivesse apenas alongando sua envergadura, mas então, sem nem mesmo olhar para Manon, o macho se lançou da montanha, caindo na escuridão da noite.

Manon observou admirada a maestria com que o feérico cruzou o céu, suas asas eram banhadas pelo leve brilho da lua, ele se movia como uma ave de rapina caçando sua presa. Ele pairou sobre a taverna. Lá embaixo alguém gritou, horrorizado, com a possível visão do macho alado no ar.

A bruxa não entendeu o que estava acontecendo, até Azriel mergulhar direto para a entrada da construção.

- O que ele está fazendo? - Vesta ocupou o lugar onde Azriel estava a poucos segundos.

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