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Quando o dia se foi e a noite começou a se reerguer, Manon acordou

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Quando o dia se foi e a noite começou a se reerguer, Manon acordou.

A primeira coisa que a bruxa percebeu, foi a ausência do cheiro do feérico dentro da tenda.Silenciosamente, a Dente de Ferro se movimentou na estreita cama e viu que o macho alado não estava deitado do lado oposto.

Manon se levantou, vestindo a capa sobre os ombros e colocando Ceifadora junto ao corpo, em seu lugar cativo. Por um instante a bruxa se permitiu pensar que o macho, covarde o suficiente, tivesse fugido enquanto ela dormia.

Depois daquele momento estranho entre eles mais cedo, a bruxa quase agradeceu aos deuses por ele ter partido, mesmo que ele ainda devesse a ela um acampamento Crochan e também fosse o preço para diminuir a fúria de sua avó.

Ela não se deixou pensar muito sobre como explicaria o insucesso daquela missão. Provavelmente a Matriarca lhe daria um belo tapa na cara quando recebesse o relatório de Manon. Embora a bruxa já estivesse mais do que acostumada com os castigos da avó, tapas na cara doíam mais do que ela gostava de admitir, principalmente com a unhas de ferro expostas, como a líder Dente de Ferro gostava de fazer. Mas esse era o preço mínimo que qualquer integrante do clã deveria estar disposta a pagar caso falhasse em alguma missão.

Então Manon não se preocupava com a punição física, porém sabia que sua avó tramaria alguma missão dez vezes mais difícil e mais longe que aquela que ela tinha fracassado.

Espantando os pensamentos sobre o provável castigo, a bruxa passou pelas abas de abertura da tenda, e um cheiro de carne assada tomou seu nariz. Ela quase se assustou quando seu estômago roncou em resposta.

Sentado próximo a uma fogueira, o feérico preparava a comida. Ele estava de costas para Manon e, pela primeira vez, ela pôde analisar melhor aquelas asas de morcego. Elas eram lindas. Sob a luz do luar, quase reluziam mas a beleza andava de mãos dadas com a mortalidade.

No topo de cada uma, apêndices, como se fossem garras negras, sobressaiam e formavam par com duas outras iguais em cada uma das pontas das asas.

As sombras do feéricos as envolviam, como se fossem a maior preciosidade do mundo, dançando lentamente ao longo de toda sua extensão.

Por um segundo, Manon pensou como seria a sensação de tocar aquelas asas, sentir que tipo de material era aquele.

Será que seriam como Seda de Aranha? Ou como o couro das asas de dragões? Mesmo Manon nunca tendo tocado nenhum dos dois materiais, sabia que eram extremamente raros e valiosos.

Se ela o fizesse prisioneiro, talvez aquele material fosse valioso o suficiente para dar um riqueza considerável para a bruxa.

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