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• Interior da Barreira [XX:XX] •

- QUE PORR@ FOI ESSA? - Hyunjin pergunta pela segunda vez para o sargento Chan e Taeyong que ainda permaneciam chocados ali, em silêncio.

- ... T-tinha alguém lá fora - o silêncio é quebrado com a voz rouca de JaeHyun que vinha do sofá, ele colocava a mão ao lado do tronco, próximo ao abdômen e gemia de dor.

- Merda, merda, merda, merda... - Lucas andava de um lado para outro sussurrando baixo com as mãos na cabeça.

- Como assim alguém? - Jeongin pergunta apoiando a mão no ombro de Taeyong

- Uma pessoa... - Taeyong finalmente fala, em um tom baixo e com um olhar perplexo fixado na porta que havia acabado de passar. - Bom... parecia uma pessoa, mas... mas...

- Mas, oque? - Mark se abaixa próximo do amigo o fazendo desviar os olhos na porta para os seus.

- Mas... não era como nós - todos permanecem em silêncio, os olhos de Mark pareciam ter petrificado, foi possível sentir seu corpo se arrepiando por um segundo.

- Pessoal!!! - Ten que estava próximo de JaeHyun no sofá, chama a atenção de todos que olham em sua direção.

Eles observam Ten levantar levemente a camiseta do garoto e expor ali uma ferida.

  - Aquilo fez isso com você? - Han pergunta assustado

- Não foi aquilo, foi o Chan - Taeyong fala se levantando do chão e sentando próximo ao sofá.

- O QUE?!!! ATIROU NELE? - Lucas puxa Chan pela camisa e o ergue um pouco para cima.

Até então o Sargento não teria soltado uma palavra se quer, e se mantia cabisbaixo.

- Calma aí, gente - Hyuck fala se colocando entre Lucas e Chan.

- Ele não atirou de propósito, aquela coisa surgiu atrás do JaeHyun e tentou atacá-lo, Chan tentou atirar naquilo e acabou acertando ele de raspão. - Taeyong explica - Foi um acidente!

Lucas o solta devagar ainda encarando-o com um semblante sério. Chan pega sua arma e senta novamente, dessa vez no degrau da escadaria ali perto.

JaeHyun continua sentindo muita dor e a ferida estava sangrando muito.

- Ok. Preciso cuidar disso rápido - Ten fala indo em direção a sua mochila e pegando uma pequena maleta.

- Eu ajudo - Taeyong se aproxima do garoto no sofá

- Tá, mas e agora ? Não podemos ficar aqui dentro com aquilo lá fora - Felix que estava sentado em uma poltrona ali, questiona.

- Não podemos SAIR com aquilo lá fora - Chan fala firme

- Você quer que todo mundo fique aqui dentro, como malditas iscas para aquela coisa lá fora? - Hwasa pergunta indo furiosa em direção ao Sargento.

- Eu concordo com ele - Mark declara, oque faz todos lançarem olhares surpresos para ele.

- Oque? Tá brincando né? - a garota fala com indignação na voz.

- Não. Ele está certo! Não podemos sair com aquilo lá fora, não sabemos oque é, nem de onde veio. Oque sabemos é que está sobrevivendo aqui dentro sem o chip e que tentou nos atacar. - MinHyung fala enquanto passeia com seus olhos firmemente no olhar de cada um ali - Eu acho que até descobrirmos oque era aquilo, é mais seguro ficarmos aqui dentro.

••

Não tinha oque fazer, Mark estava certo, era mais seguro permanecerem ali.

Han e Changbin decidem procurar por algo que poderia servir para bloquearem as portas e janelas, andando pelo casarão eles descobrem um porão, eles ascendem lanternas e descem as escadas até lá. Acabam encontrando pedaços de madeira, talvez oque teria sobrado da antiga construção e decidem pega-lós.

- Felix parece ainda não estar muito bem né? - Han puxa o assunto aleatoriamente enquanto eles se abaixam e recolhem a madeira.

Ele percebe que Changbin parece não se sentir confortável com o assunto e ergue a sobrancelha em conflito interno.

- Olha, encontrei martelo e pregos - Changbin muda rapidamente de assunto, pegando algumas peças de madeira, martelo e o saco de pregos e sai rapidamente dali, em seguida o garoto o acompanha se perguntando oque tinha feito de errado.

Eles pregam diversas peças de madeira nas portas e nas janelas, deixando apenas pequenos pontos das janelas em aberto para terem uma visão do lado de fora.

Também decidem que para a proteção de todos, era necessário realizar um revezamento de turnos para vigiar o local, por mais que era óbvio que ninguém conseguiria dormir naquela noite, mas precisariam ao menos descansar para saberem como iriam lidar com tudo isso no dia seguinte.

Então decidiram um período de tempo para cada dupla de pessoas que ficassem acordados de guarda, e assim, o revezamento iria acontecendo entre as duplas até o amanhecer.

𝓔𝓺𝓾𝓲𝓹𝓮  003 Onde histórias criam vida. Descubra agora