7.

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“O que se passou?”

Zayn entra na minha frente e assim que me encontro dentro do maldito apartamento, eu simplesmente bato a porta com força, fazendo um grande estrondo.

“Fala comigo, Sky!” – o seu tom de voz aumenta.

“Importas-te de berrar mais baixo!?” – atiro sem paciência para a sua possessividade excessiva a meu ver.

“Para quem bateu a porta daquela maneira agora quer que eu pare de falar alto?” – ele constata.

Sei perfeitamente que está certo e que ele não é a única alma viva aqui a exagerar nas suas atitudes. Admito que estou meia fora de controlo, mas nada disto estaria a acontecer se não fosse aquele filho da mãe, para não dizer outra coisa. Odeio o facto de as pessoas entrarem na minha vida, fazerem-me sentir especial para elas e depois vão embora assim do nada, sem justificação, sem sequer um adeus. E foi o que Harry fez. Foi precisamente isso. E estou tão cansada de ser usada, ser deitada fora como lixo e mais tarde me venham “recuperar” de onde me deixaram. Os seres humanos são realmente uns pedaços de merda ambulantes.

“Eu não quero falar sobre o assunto!” – atiro as mãos no ar ainda não conseguindo olhar para a sua cara.

“Então não descarregues em mim. O que é que eu te fiz?” – ele questiona, não com um tom zangado, mas preocupado.

A minha mão puxa furiosamente os meus cabelos para trás, porém estes voltam para o lugar que anteriormente ocupavam. Inspiro bem fundo, tentando captar o máximo oxigénio existente.

“Deixa-me em paz, okay?” – murmuro sem forças.

“Não, não está okay.

O seu tom de voz aumenta uma vez mais e as dores de cabeça instalam-se em mim. Não aguento uma briga sem nexo algum com ele, não hoje. Só preciso da minha cama, necessito de umas boas horas de sono. Dormir é a única coisa que me tem ajudado a livrar-me seja do que for, exceto do cansaço físico, esse está sempre presente.

Apanho a mochila que tinha atirado para o chão no meu momento de ira e começo a caminhar em direção ao quarto. Mas algo me trava e quando vejo é a mão de Zayn envolta no meu braço. A sua força muito superior à minha faz com que me coloque à sua frente. O seu olhar severo, observando o meu corpo de cima a baixo. Engulo em seco. Não tenho medo. Os seus lábios atacam o meu pescoço enquanto as suas mãos se apoderam da minha cintura. Ele procura o meu ponto fraco e quando penso que não o irá encontrar tão facilmente, este é atingido em segundos. As minhas mãos trémulas não conseguem mais segurar o que quer que seja, caindo o que possuíam no chão. Cambaleio para trás, os seus passos acompanhando os meus, não me largando um segundo. Os seus lábios trabalham naquele mesmo ponto. O meu corpo parece gelatina, mal se aguentando consigo mesmo. Se não fosse a sua influência e poder sobre mim, seria mais que certo eu já ter caído no meio do chão por esta altura.

“Zayn…” – eu gemo.

Posso quase sentir o seu sorriso formar-se na minha pele sensível, mas nem por isso desiste de me torturar. Ele sabe que o quero, que o desejo. E é perfeitamente por essas razões que me faz suplicar. Mas eu também sei fazê-lo oscilar e esquece-se que na guerra ambos os lados podem atacar. Os meus dedos encaracolam-se nos seus cabelos, forçando-o a encarar-me, um pequeno grunhido a deixar os seus lábios. Agrido-os com os meus sem pensar. O meu corpo é elevado pelos seus braços, as minhas pernas abrem-se encaixando perfeitamente nos seus quadris. As suas mãos agarram nos meus pulsos, obrigando o meu corpo embater contra a porta. Uma vez mais, estando presa, ele beija o meu pescoço na sua totalidade. Mordo o meu lábio inferior, contendo para que não emita qualquer som.

Burn2Where stories live. Discover now