Capítulo doze.

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Acordei de bom humor, o que não era comum, me levantei, fiz minha higiene matinal, e depois, fiquei me encarando no espelho do meu banheiro. O cabelo, bem, loiraço como sempre foi. Me deixava ainda mais parecia com a minha mãe.
Por um momento, pensei na pessoa mais idiota do mundo inteiro, mesmo conhecendo ele antes de ontem, já dá para ver que ele só é mais um daqueles garotos fúteis. Idiota, tapado, bobo, lindo, e não, ele não é lindo, Bárbara.
- Ele não é lindo. - Me encarava ao espelho. - Ele é um idiota, e você odeia pessoas idiotas, Bárbara.
Me virei para abrir a porta, o apartamento estava tão silencioso que jurei que Erick havia saído para a casa daquela loira tosca que jurava ser namorada dele. Não que eu me importe, é claro.
Fui em direção à cozinha, abri a geladeira, e me reparo em uma geladeira completamente vazia, digo, nem um ovo havia, NEM UM OVO!
Puxei o frezeer, e logo vi que havia uma caixa lotada de gelo, o que fez eu pensar vária coisas. Peguei uma caneca, não sei de onde eu tirei, só sei que estava em cima da pia, enchi de gelo. É claro que não iria perder um dia de aprontar com Erick.
Fui em direção ao seu quarto, a porta encostada óbvio, abri um pouquinho, o suficiente para eu entrar, e fui em direção à sua cama, que por incrível que pareça, estava deitado só de cueca boxer.
Abri um sorriso malicioso e ao mesmo tempo sarcástico, inclinei a caneca em direção as suas costas que estavam totalmente visíveis, soltei tudo.
Ele arregalou os olhos, não sabia se ele estava dormindo ou não, e ficou dando pulinhos na cama, parecendo uma minhoca, na verdade.
- Que que isso? - Ele continuou a pular sem notar minha presença. - Alasca pousou em minhas costas?
Eu gargalhei, só que, por incrível que pareça, minha risada não é só uma risada comum, é uma foca parindo.
Ele me encarou, e foi então que sua cara ficou toda vermelha, seus olhos começaram a me encarar diferentemente.
- Você. - Ele se levantou ainda de cueca boxer. - Me paga!
Abri um sorriso com o significado de 'só te pago se conseguir me alcançar, bobão' e acho que ele entendeu corretamente o significado do meu sorriso, porque na mesma hora, correu em minha direção, fazendo com que eu corresse.
Imaginem, um cara semi-nu correndo pelo apartamento atrás de uma garota que pulava que nem um macaco. Louco isso, não?
Me apróximei da sala, vi uma espécie de pau, não sabia o que era e fiquei pensando porque diabos havia um pau na sala, sem pensar duas vezes, coloquei o pau entre eu e ele.
- Essa é a sua arma para tentar fazer com que eu pare? - Ele abriu um sorriso sarcástico, puxou o pau, pobre pau.
O pau se foi, me lamentei, não poderia nem ao menos me certificar que um pau estaria me protegendo contra esse maníaco que se chama Erick. Olhei para ele, tentei parecer o máximo de que não acabaria aquilo agora.
- Claro que não. - Ri, o pior que era claro que sim. Sem o pau, o que seria a minha arma contra ele?
Ele riu logo em seguida, puxou meu braço, fez com que nossos corpos se colassem, o que não achei estranho, digo, foi super esquisito, nojento, e eca! Seu rosto, o seu belo, ops, feio rosto, me encarava, e eu o encarava sem mostrar emoção alguma.
Respiração contra respiração, o pequeno espaço que havia entre nós dois, foi se fechando rapidamente, o que fez com que sua boca ficasse junto com a minha.
A porta se abriu com a maior força.
- ERICK! - A voz mais horrível do mundo soou pela sala.
Erick me largou na mesma hora, encarou quem estava na porta, não que se assustou, mais se manteve surpreso. Eu não tive nenhuma emoção se quer, por mim, essa loira-com-cara-de-capivara (nada contra as capivaras, juro) e Erick poderiam terminar.
- Nossa, o clima estava tão ruim, só que agora piorou mais. - Olhei para q loira-com-cara-de-capivara, e então abri um sorriso cínico.
- Você me troca por essa garota menina-macho? - Ela berra.
Menina-macho sua vó. Me apróximei da piranha, puxei o cabelo dela com força o bastante para ela cair ao chão, Erick puxou meu braço, ajudou a namorada, bem, se era namorada.
- Seu namorado iria me beijar, tanto que se você não estivesse aqui, eu teria empurrado ele, mais obrigada, me poupou menos trabalho. - Me virei, deixando o casal, se era um casal, para trás.
Entrei ao meu quarto, coloquei um macacão jeans preto, com uma blusa branca regata por baixo, e por fim, meus belo All Star preto. Arrumei um cabelo fazendo uma trança de lado, coloquei um óculos de sol, e pronto.
Não eu não iria sair. Não é porque estou em casa que não posso ficar assim, digo, o sol bate na minha cara TODOS os dias, por que não usaria óculos de sol? Não tenho cara de guarda-sol.
Peguei o meu celular e vi que havia quatro novas mensagens do Thiago, o amigo gay mais idiota do mundo, que eram todas terminadas em corações, só podia ser.
Liguei para ele que em poucos minutos atendeu.
- Antes que fique puto comigo, estou nos Estados Unidos, e agora, oficialmente, moro aqui. - Falei.
Pude ouvir alguns berros dele, só não sabia o que era
- Com quem você está morando, sua et em um corpo de humana? - É, a gente falava desse jeito.
- Erick. - Falei sem demonstrar emoções.
- Quem é o bofe? - Ele deu um daqueles gritinhos.
- Um bofe idiota e lindo, digo, feio, bobo, e ah, - Falei, fiquei sem jeito enquanto falava. - Tchau.
Desliguei sem antes dele falar o famoso 'hmmm' de gays. Olhei para o teto, teto branco e chato, e fiquei imaginando porque aquele quarto nunca foi ajeitado, digo, pintado.
Me levantei, fui em direção à sala e vi que agora, Erick e a loira-com-de-capivara estavam agarrados ao sofá, digo, no MEU sofá que eu sempre deito.
Tudo bem, cheguei aqui a pouco tempo, mais já dei nome e lugar que só eu posso para os móveis. O sofá é um deles.
- PORRA, IREI PEGAR AS SUAS BOLAS ERICK, ARRANCAR, E DAR PARA OS BEBÊS BRINCAREM, E VOCÊ LOIRA CARA DE CAPIVARA, VOU ARRANCAR SEUS OSSOS E DAR PARA OS CACHORROS COMEREM SE NÃO SAÍREM AGORA DO MEU QUERIDO SOFÁ. - Gritei o suficiente para que eles ouvissem. Os dois levaram um susto.
- Ninguém vai me tirar daqui. - A cara de capivara falou, Erick não falou absolutamente nada.
Essa garota está afim de sair morta daqui, não é? Só pode, desde quando ela me viu já ficou me olhando feio, puta que pariu.
Olhei para ela com um olhar de 'Aé?', e ela retribuiu com 'quero ver'. Ela quer sair morta, imagino. Arrasto o sofá, que não foi muito difícil, os dois estavam na beirada, e assim, caíram.
Dei um pulo rápido fazendo com que eu ficasse deitada ao sofá e eles não, assim a garota se levantou, bufando.
Olhei ela com um olhar de 'chupa vadia' com retribuiu de 'menina-macho'. Respirei fundo para não quebrar os dentes daquela lacraia loira.
- Estou com fome. - Foi a única coisa a dizer depois que os dois se levantaram.

Bárbara (Correção) Onde histórias criam vida. Descubra agora