- Na moral, você é surdo ou é o quê? - Eu já havia perdido a paciência com aquele garoto, afinal, não era o primeiro chute que ele dava.
- Larga de ser idiota. - Ele falou enquanto mastigava aquele chiclete. Me segurei para não pegar aquele chiclete e fazer ele engolir de uma vez, me irritava. - Chata!
Revirei os olhos. Aquele garoto era igual os meus primos, ele é irritante igual a eles. Incrível.
Olhei para o seu pai que continuava a ler aquele jornal, me segurei para não pegar aquele jornal, fazer uma bolinha, e assim colocar na boca do garoto.
- Olha só garotinho, eu não estou para brincadeira, se você não parar de chutar essa merda de cadeira, eu vou ser obrigada a pegar esse jornal que seu pai está lendo, fazer uma bolinha, e assim socar na sua guelá a baixo. - Eu já havia perdido totalmente minha paciência.
Ele parou de chutar na mesma hora, abri aqueles sorrisinho cínico, e assim me virei e deitei a minha cabeça ao vidro do avião.
Vamos se dizer que eu dormi, só que não foi nada confortável dormir em uma cadeira de avião, sua bunda começa a doer, um monte de bebês chorando, enfim, nada agradável.
Já havia se passo uns trinta minutos assim quebeu peguei no sono, até que, o garoto ao meu lado me acordou, e vamos combinar que eu fiquei morrendo de raiva, obvio. Posso ser a maior chata do mundo, mais na moral, odeio quando me acordam.
- Que foi? - Falei de um jeito grosso, ele pareceu se assustar.
- A comida. - Ele me entregou uma caixinha cheia de comida.
Não agradeci, muito menos dei um sorriso, peguei a caixinha e abri sem o maior esforço.
Comida de avião é a mesma coisa que comida de cantina de boteco de bar, não creio que tem gente que adora comer isso. Quando olhei para o pudim, que mais parecia ser uma gororoba de vômito de neném, senti um cheiro horrível. Meus olhos se dirigiam para uma carne, ela parecia estar bem mais dura que o prato, revirei os olhos.
- Essa é a comida daqui? - Falei, na verdade, sussurrei para mim mesma, esperava que ninguém ouvisse.
O garoto me olhou.
- Ruim, não é? - Ele respondeu.
Ignorei ele, peguei a colher que já vinha no pudim, coloquei um pouco, e assim joguei tudo em minha boca. Isso não pode ser um pudim, pensei.
O gosto era horrível, digo, horrível mesmo. Era um gosto de azedo, havia gosto de fritura também, com algumas frutas secas, enfim, o pior pudim que já comi.
Coloquei a caixinha ao chão junto com o bife duro e o pudim com gosto de azedo, e assim, deitei minha cabeça ao vidro de novo e fechei os olhos.
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Bárbara (Correção)
RomansaApós uma breve discussão com sua própria mãe, Bárbara decide ir para Estados Unidos, sabendo que viveria uma vida totalmente diferente das outras, não sabia que teria que dividir o apartamento com uma pessoa desconhecida. Ela só não sabe que essa pe...