Capítulo vinte e seis.

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- Você ama o Erick!!! - Vitória berrou.
Após uma longa conversa, longa mesmo, e depois de eu ter escolhido o meu mais novo visual do dia que era uma calça jeans branca, uma blusa preta simples, por cima um casaquinho branco, e por fim uma rasteira, tive que ouvir toda aquela babozeira de 'tudo vai ficar bem, calma' até ouvir um 'você ama o Erick!!'
Não creio que tem gente que pensa que eu amo o Erick, na real, eu o odeio. Se eu pudesse, o matava, sim eu o matava com as minhas próprias mãos, e queimava ele. Eu o odeio, odeio. Ouviram? Odeio ele, Equador.
Equador não tem nada haver com isso, mais quis falar, simples. Olhei para Vitória que estava muito animada para uma Vitória de escola, sorria feito uma louca.
- Eu odeio ele. - Tomei o seu sorvete de sua mão.
- Não, você o ama, e vai perceber logo logo. - Ela me fitou. - Erick gosta de ti também.
Coração quer dar um pulinho para visitar à cidade, é? Ele parecia querer saltar, pular, de tão acerelado que ele estava.
- Que bom que ele me ama, vai sofrer e muito. - Sorri.
- Você fala que sim, sua mente fala que não. - Ela me olhou. - Olha, Bárbara, você gosta de Erick sim.
- E eu amo palhaços. - Morro de medo só de olhar um. - Me poupe!
- Me poupe você dessa babaquice toda, quer saber, vou embora. - Ela se levantou, pagou para o garçom que atendeu a gente e entrou dentro do primeiro ônibus que viu.
Suspirei. Agora só me resta eu e o meu amor. O meu amado e gostoso sorvete. Pelo menos, ninguém vai inventar coisa entre mim ou ele, digo, falar que eu odeio.
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povs on Erick ~
Estava louco, muito mais muito louco, em todas as garotas que vinha para cá, nenhuma fazia com que eu perdesse a paciência e querer puxar-la para mim. Ao contrário de Bárbara, eu não parava de pensar nela.
Ela é diferente de tudo, ela é fantástica. Não, não estou apaixonado, mais também não a odeio como eu pensava no começo. Ódio vira amor, que mentira!
- Erick! - A garota de cabelos roxo que esqueci o nome berrou.
- Que foi, caralho? - Berrei.
Ela me olhou assustadoramente, ao mesmo tempo, com raiva. Aquele saia preta mais justa e muito curta mesmo, com aquele pedaço de pano que só tampavam seus peitos me irritava. Me irritava por demais.
- Você parece uma prostituta desse jeito, afinal, você é uma né? - Olhei para ela que ficou sem graça. - Vaza, antes que minha mulher chegue.
- Você nunca me falou que era casado, seu tarado. - Ela pegou o seu casaco e o colocou.
E eu não tenho. De onde tirei isso?
- Vaza daqui! - A expulsei o mais rápido que pude.
Fui ao banheiro, molhei meu rosto, estava louco. Me deitei ao sofá, estava esperando que a porta se abrisse com um chute, precisava de ver Bárbara.
Perdi a noção do tempo quando fechei os olhos, sonhei.
Povs of Erick ~
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Estava deitada ao meu quarto, digo, ao chão que estava lotado de roupas sujas e limpas. Não troquei nenhuma palavra se quer com Erick.
Encostei o meu rosto ao meu joelho, algumas lágrimas caíam, não sabia o motivo, só sabia que queria que Erick aparecesse.
E apareceu.
Olhei para os braços que agora estavam em minha cintura, abri um meio-sorrisinho, ele parecia estar meio de estranho, o quanto como eu.
- Eu te odeio e ao mesmo tempo eu te adoro. - Sussurrei para mim mesma.
Deitei minha cabeça em seu ombo, fiquei assim. O brilho das estrelas iluminando aquela cena, me senti especial, algo que nunca senti.

Bárbara (Correção) Onde histórias criam vida. Descubra agora