Poe a encarava perplexo, seu interesse estava mais aberto do que o de Rey para o assunto. Era nítido o quanto toda aquela situação o divertia.
— E o que você disse?
— Ela ficou corada e em silêncio. — Rose responde pela amiga, enquanto a mesma toma um bom gole d'água. — Então Samuel a disse para responder depois.
— O QUE? — Sua mão é repousada no peito. — Você já enviou uma mensagem aceitando, me diga que sim!
— Na verdade... — Inicia, mas é interrompida.
— Você tem que aceitar.
Rey suspira, frustrada com tudo.
— O que te impede? — Tico olha para a amiga com ternura, querendo entender suas motivações.
Mas a realidade é que nem ela sabia.
— Eu não sei, gente. Ele parece um cara muito legal, mas...
— Mas?
Poe arqueou a sobrancelha, ele queria responder aquilo por ela, conhecendo a amiga, ela negaria ou ficaria brava com a suposição dele. Já havia entendido a dificuldade que tinha em admitir os próprios sentimentos.
— O que você decidir nós vamos apoiar. — Falou, tentando dar fim aquele assunto, sabia que o desconforto estava consumindo a amiga, não queria deixa-la chateada ou acuada.
— Obrigada.
Rey se sentiu mais aliviada com aquilo, não queria dar respostas a ninguém, nem Samuel. Ela estava ignorando o convite por que não queria pensar sobre a proposta. Toda vez que lembrava da cena, recordava-se daqueles olhos escuros sob ela, intensos e repletos de um sentimento desconhecido.
— E como foi com a sua irmã?
— Não podia ser mais inconveniente... — Coçou a nuca, irritada ao lembrar de suas provocações.
— Agora eu entendo por que você a detesta. — Rose confessa. — Ela fez questão de tentar te fazer sentir mal, foi constrangedor até mesmo para os outros na mesa.
— Isso é só a pontinha do iceberg, Felicity faz tanta coisa pior que vocês não aguentariam olhar para ela.
— Eu sinto muito que você tenha que passar por isso.
— Tudo bem, amiga. Pelo menos vocês enxergam a quão problemática ela é, já tive amizades arruinadas por esse mesmo motivo.
Poe também se mostrou compreensivo, segurou a mão da amiga e a abraçou de lado. Faltavam apenas alguns minutos para que a aula começasse, Finn adentrou a sala com Ben ao seu lado, o mesmo carregava um violão nas costas. Montaram microfones no centro do cômodo e tudo isso enquanto todos os encaravam curiosos. O que estavam fazendo? Que tipo de ensaio seria aquele? Estando prontos, olharam diretamente para o rapaz ao lado de Rey, então, Solo começou a dedilhar o instrumento e deu início a uma melodia.
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𝐈𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞 𝐒𝐭𝐫𝐢𝐧𝐠
RomanceRey sonha em ser dançarina de elite, para ela, a dança é muito mais do que apenas movimentos ritmados, é onde se encontra, é como sua casa, um porto seguro. Com uma história familiar complicada e uma irmã diabólica, que desde pequena compete em tudo...