O FANTASMA DA ÓPERA

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Havia algo naquelas luzes, um tom de azul e as decorações com vidro do restaurante davam um ar mais sofisticado do que as roupas que trajava no corpo

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Havia algo naquelas luzes, um tom de azul e as decorações com vidro do restaurante davam um ar mais sofisticado do que as roupas que trajava no corpo. Vestido simples, tênis e um coque bagunçado. Rey não teve tempo de pensar tanto no que vestiria e na realidade, a ansiedade para aquele momento a fez perder um pouco a paciência. Agora coçava as próprias mãos, aguardando o cardápio ser direcionado naquela mesa.

— O que você irá pedir? — Andrew mal esperou o garçom virar as costas, abriu o livro e bisbilhotou suas opções.

— Acho que esse aqui com cogumelos. — Apontou com o dedo, mostrando ao pai. — E você? — Era muito esquisito sair com ele, mais ainda sem a companhia da madrasta e da irmã.

— Pedirei o mesmo!

O constrangimento não sumiu com o passar dos minutos, aquele silêncio era sufocante, tanto a dizer mas pouca coragem. Andrew sabia que teria de partir dele, ele a convidou para jantar, ele quem iniciou aquilo tudo. Era de fato um homem fechado, com muitas coisas reprimidas que se habituou a isso.

— Então... — Bebericou da água e depois voltou a falar. — Estou me divorciando.

Certo, ela já sabia daquilo, então apenas acenou com a cabeça, esperando que ele prosseguisse.

— Há inúmeras razões e tudo o que ocorreu me ajudou a tomar a decisão. Eu não amo Emma já fazem anos, mas era mais simples continuar nesse casamento ao meu ver.

— Eu não sei muito bem o que dizer... Nunca achei que isso viesse a acontecer. Nós iremos morar onde?

— Estou pensando em comprar um apartamento, invés de uma casa. Por causa das viagens eu não estarei sempre por perto, é mais seguro para você. Não quero mandar Emma e Felicity embora daquela casa, mesmo que esteja em meu nome. Já parece ser dor de cabeça o suficiente o divórcio por si só.

Ele coça o queixo, pensativo, quase como se esperasse uma certa aprovação. De fato, a ideia de morar longe das duas fazia Rey querer gritar de alívio, ela poderia fazer o que quisesse e como quisesse, poderia se sentir livre dentro de sua própria casa. Sem medos.

— Um apartamento parece ótimo para mim. — Sorri de canto, agradando o homem.

— Eu já selecionei alguns, irei te mostrar, você escolhe o que mais te agradar.

— Mesmo? — Estava realmente surpresa, não era acostumada a ter poder sobre as decisões em família, seus gostos não eram levados em consideração.

— Claro! Acho que fará muito bem a nós dois, eu digo, essa mudança.

— Me fará bem sim, eu sei que Felicity é sua filha, mas eu não a vejo como uma irmã. Sempre fez da minha vida um pesadelo.

— Eu sei... Sabe, não consigo culpa-la. Se eu fosse mais presente e a educa-se para entender as coisas... Se Emma não tivesse enchido sua cabeça de ideias...

𝐈𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐛𝐥𝐞 𝐒𝐭𝐫𝐢𝐧𝐠Onde histórias criam vida. Descubra agora