Capítulo 28: depois de tanto tempo

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Me apoio sobre a pia do banheiro e passo a mão sobre o espelho para tirar o enbaçamento que ficou pelo banho quente que tinha tomado, jogo meu cabelo molhado para trás me olhando no espelho

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Me apoio sobre a pia do banheiro e passo a mão sobre o espelho para tirar o enbaçamento que ficou pelo banho quente que tinha tomado, jogo meu cabelo molhado para trás me olhando no espelho.

Mesmo eu estando péssimo por dentro e passando por tanta coisa, eu não expressava nenhuma tristeza, frio como sempre, minhas mãos doíam e ardiam pelos cacos de vidros que haviam entrado. Eu mais uma vez tinha perdido o controle.

As vezes eu penso que mereço tudo o que eu passo, fui a merda de um adolescente rebelde que adorava ver as pessoas mal e tristes, a única pessoa que eu prometi a mim mesmo não ser assim, foi a minha mãe, eu sempre fui hipócrita e talvez só esteja começando a pagar tudo dolorosamente.

A minha criação foi assustadora, tudo o que eu queria, minha mãe sempre dava tudo de si para conseguir para mim, mesmo com toda a dificuldade que passávamos, diferente do meu pai, que me fazia sentir na pele o preço das coisas e eu levei isso muito à sério, a marca ainda é visível no meu abdômen, a cicatriz que eu levarei para sempre comigo, o dia onde eu pensei que não suportaria mais.

Hoje eu irei ver a pessoa que só contribuiu com meus machucados e amou ver como eu ganhei todos eles.

Saio do banheiro ainda com a toalha na cintura, olhando para a grande quantia de cacos de vidros na minha mesa, pego um cesto de lixo que tinha no quarto e jogo todos eles, tomando um pouco de cuidado.

Vou até meu guarda-roupa e me visto, colocando uma calça preta e uma blusa branca de manga comprida com alguns detalhes por cima, apenas passo a toalha rapidamente no meu cabelo e ajeito ele com os dedos, por fim, coloco meus tênis pretos, dou uma última conferida no espelho e pego minha mochila com as minhas coisas, saindo do meu quarto.

Já do lado de fora do alojamento, tiro um cigarro do meu bolso e acendo com o meu isqueiro. Isso seria ótimo para deixar a minha mente calma e eu não ficar me torturando.

— Fumando já cedo? — sou surpreendido por Alyssia, que pergunta de longe e anda até mim — O que é essa cara?

— Você me surpreendendo já cedo? — digo continuando a andar e Alyssia me acompanha, ficando ao meu lado.

— Sabe o quanto isso faz mal? — ela diz se referindo ao cigarro e eu apenas confirmo com a cabeça.

— Por isso que eu fumo.

— O que aconteceu com a sua mão? — pergunta derrepente com um tom de preocupação, pegando minha mão e olhando mais de perto. O toque quente dela sobre a pele da minha mão, me causava algo intenso que eu não conseguia explicar.

— Está reparando muito em mim Alyssia — digo com um sorriso torto no rosto.

— Como não reparar? — ela diz e eu engulo em seco, em ver que ela não negou — Você vive se machucando — ela diz soltando a minha mão e nós continuamos andando, entrando dentro da universidade.

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