Capítulo 4

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O livro falava sobre a deusa Lua mas um texto chamou a minha atenção.

"A cada 10.000 anos a deusa desce dos céus celestiais até à Terra onde fica durante 1 ano. Durante esse tempo a deusa evita apaixonar-se por um homem mas quando isso ocorre a criança nascida ganha dons sob a natureza e magia como um bruxo. Mas quando a criança completar 16 anos de vida algo desperta. Ninguém sabe o objetivo desse algo mas sabe-se que suas intenções não são boas. O Filho da Lua é o único que tem poder suficiente para derrotar tal mal se ele não conseguir o mundo irá sofrer as consequências de sua derrota."

Depois de ler esse texto eu estava completamente em choque mas não deixei que vissem em vez disso pousei o livro e caminhei até ao meu dormitório fechei a porta e lancei um feitiço silenciador no quarto.

-O QUÊ!!??- gritei começando a andar de um lado para o outro enquanto perguntas rondavam a minha mente.

Eu sou filho da Lua? Tenho de derrotar um mal? Que mal é esse? Como o irei derrotar? Quais suas intenções? E se eu falhar? Quais serão as consequências de eu falhar? Quem mandou esse livro?

As perguntas eram tantas que me deu dor de cabeça, tirei a farda, tomei um duche e fui dormir.

As semana foram passando e durante isso as memórias daquele dia ainda rondavam a minha mente mas tento não pensar nisso. Vez ou outra vou para a biblioteca procurar informações sobre o tal mal e mais informações sobre a deusa Lua.

Desci para o salão principal com a minha mente trabalhando muito.

Comi o café da manhã com Noah e seus amigos e juntei-me na conversa deles para afastar a minha cabeça de tantas perguntas sem resposta. Nas 5 semanas que passaram eu e Noah ficámos amigos consequentemente os amigos dele também viraram meus amigos. Claro, eles ainda me perguntam sobre meu passado mas assim que veem o meu olhar duro eles se calam e mudam de assunto.

Às vezes eu gostaria que o Noah fosse mais do que um amigo, ele é engraçado e consegue fazer-me rir, o que é difícil, é simpático e inteligente, bom ouvinte e meigo quando quer.

Quando as aulas da manhã acabaram e as da tarde chegaram fui ter há cabana de Hagrid para aula de Tratro de Criaturas Mágicas.

Ele guiou-nos até um campo aberto com um pequeno muro de pedra de um lado e uma floresta do outro.

O meio-gigante assobiou e alguns segundos depois um grifo de pêlo cinza, olhos azuis tempestuosos, bico amarelado e tão grande quanto um cavalo.

Ouvi exclamações de surpresa e fascinante mas eu estava submerso nos meus pensamentos sobre aquele dia.

-Os grifos são animais honrosos- comecei a ouvir o Hagrid a partir daqui- Nunca ofendam um pode ser a última coisa que fazem. Bem para se aproximarem têm de fazer um referência se a Tempestade devolver a referida podem se aproximar se não...- ele adquiriu uma expressão pensativa mas logo deu espaço para um sorriso- depois se vê. Bom quem quer ser o primeiro?

Os alunos deram alguns passos atrás.

-Eu vou- falei levantando a mão.

-Muito bem, senhor Diaz aproxime-se e faça a referência.

Aproximei-me como mandado e coloquei-me na frente da Tempestade mas antes de fazer alguma coisa ela faz um profunda vénia a mim.

-É uma honra estar na presença do Filho da Lua

-A honra é minha estar na presença de tão majestosa criatura como tu- falei fazendo a vénia.

Caminhei calmamente até ela, levantei a mão e ela colocou, de bom grado, sua cabeça nela.

-É tão macio- comentei retirando a mão para encarar o grifo em seus olhos.

-Obrigada jovem bruxo. O senhor deseja dar uma volta no meu dorso?

-Eu posso?- perguntei abrindo um sorriso para ela.

Vejo ela confirmar com a cabeça e não hesito em posicionar-me do seu lado.

-O que está fazendo, senhor Diaz?- perguntou o Hagrid em tom preocupado.

-Montando ela- respondi casualmente.

-Não acho que isso seria uma boa ideia.

-Não se preocupe Hagrid eu sou muito bom com animais.

Falado isso elevei-me e ajeitei-me no seu dorso.

-Vai Tempestade- falei dando leves pancadinhas no seu pescoço

Ela começa correndo, passo meus braços em redor de seu pescoço prendendo-me lá, e ela logo está abrindo as suas asas e levantando vôo.

Os meus cabelos balançavam para todo o lado junto com o vento provocado pela Tempestade. A vista lá de cima é incrível dava para ver o castelo, o Lago Negro e a Floresta Proibida. Não contenho minha felicidade e soltou gritos de alegria junto com a sensação de liberdade.

Ficámos voando por alguns minutos e logo já estávamos pousando na frente de toda a classe. Desci das suas costas e fui para a frente dela para olhar seus olhos.

-Foi incrível- falei com um sorriso enquanto dava carinho nela.

-Como fez isso?- perguntou o Hagrid curioso e impressionado.

-Isso o quê?- falei franzindo o cenho para ele.

-Montar ela. Como você conseguiu?
-Ahh! Eu sou muito bom com animais até aprendi um truque. Quer ver?- perguntei.

Ele pondera a resposta com sua cara pensativa mas logo muda para um sorriso.

-Quero-respondeu por fim.

-Tá.

Afastei-me dela, inspirei todo o ar que consegui e assobiei com força mas não foi emitido qualquer som.

-Não ouvi nada- comentou uma garota.

-Porque não era para você ouvir. Era para ela ouvir- falei apontando para a floresta.

Um borrão branco foi aproximando-se até se ver a silhueta de uma loba de pêlo branco e olhos cinza. A loba passa o limite da floresta e salta para cima de mim fazendo-me cair.

A loba começou a lamber-me enquanto estava em cima de mim, sua cauda abanava de felicidade e não contive meu sorriso.

-Pára, Luna! Também tive saudades mas pára está molhando-me.- falei entre risadas.

Ela recua contudo não tenho tempo de levantar-me uma vez que 5 lobos saltaram para cima de mim repetindo o que Luna fez.

-Também tive saudades gente! Aí!- falo.

Ouço um rosnar e os lobos saíram de cima de mim com a cabeça baixa.

-Loba ciúmenta- comentei olhando para a Luna.

-Sou mesmo- ela falou.

-Então Hagrid gostou do meu truque?- perguntei virando-me para ele.
-São lobos mágicos?- ele perguntou.

-Não, são lobos que vivem no mundo trouxa.

-Uau- vejo seus olhos brilhando de fascinação.

-Aqui a Luna- comecei trazendo ela para mim uma vez que não me levantei- É a líder da alcateia e minha amiga não é Luna?- falei passando as mãos por seu pêlo branco.

Em resposta ganho uma lambidela.

O Filho Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora