Capítulo 17

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Harry Potter ainda tinha a aparência jovem, o seu cabelo preto estava bagunçado como sempre se via nas fotos do Profeta-Diário, ele já não usava óculos deixando os seus olhos verdes mais visíveis porém achei os do Noah mais hipnotizantes, sua pele morena combinava com os lábios rosados e as suas roupas delimitavam os musculos dele.

-Diretora Minerva- falou ele dando um pequeno aceno de cabeça para ela antes de se voltar para mim e para o Noah- Qual de vocês é o Cameron?

-Eu- respondi sem sentir-me intimidado por ele.

-Muito bem, podem deixar-mos a sós?- pediu ele olhando para a diretora e para o Noah.

O Noah por sua vez mexeu-se intimidado, sentou-se a meu lado e sussurrou no meu ouvido.

-Jogue bonito- advertiu ele enquanto se levantava.

-Posso tentar- respondi para ele antes de sair com a diretora deixando-me sozinho com o auror que conjurou uma cadeira.

Deitei-me na almofada, cruzei as pernas, coloquei os braços atrás da cabeça e fechei os olhos.

-Não estás nervoso?- perguntou o auror.

-Porque eu haveria de estar?- respondi.
-Normalmente as pessoas ficam nervosas quando são interrogadas e ainda mais quando sou eu a fazer o interrogatório- explicou ele.

Dei os ombros como resposta.

-Ok, vamos começar- falou ele.

-Como te transformaste num animago com apenas 6 anos?- perguntou ele.

Não respondi e ergui os meus escudos de oclumência.

-Como curaste aqueles estudantes?

Não respondi.

-Como congelaste o Lago?

Dei os ombros enquanto respondia.

-Tudo é possível quando se é um bruxo.

-Mas nem tudo é possível- contrariou ele.

-Deixa-me reformular a frase. Tudo é possível quando se trata de mim.

-O que queres dizer com isso?- perguntou ele.

-Eu sou diferente de todos os que estão aqui- falei.

-Sim, mas ninguém é igual, somos todos diferentes.

-Pode ser, mas eu sou especial- falei fazendo um simples movimento de pulso para que tudo ao meu redor, excepto a cadeira e a cama onde estávamos, flutuar.- Entende agora?- perguntei depois que pousei tudo de volta ao normal.

Ele olhou para mim desconfiado e fez mais uma pergunta.

-Eu preciso saber és ou não és uma ameaça para o mundo bruxo?

Aquela pergunta pegou-me de surpresa o que me fez olhar para o meu passado para tudo o que já fiz.

O que aconteceu com os rapazes quando era criança, quando sem querer queimei uma floresta, quando quase causei um tsunami na praia mas também as coisas positivas como salvar uma colheita, fazer chover quando houve secas noutros países, quando ajudei animais feridos etc.

-Eu... posso ser uma ameaça quando quero mas também sou a única chance que têm contra ela- respondi.

-A quem te referes com "ela"?- perguntou ele.

Não respondi em vez disso usei o feitiço que criei para fazer com que ele fosse embora.

-Ok, já chega por agora- falou ele levantando-se e indo embora.

O Filho Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora