Capítulo 18

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Assistimos pôr-do-sol juntos e depois disso voltámos para o castelo mais especificamente para o Salão Principal afim de jantar.

Para minha surpresa e infelicidade o autor Potter estava a jantar ao lado da diretora.

Ambos olharam para mim e lançaram olhares desaprovadores ao notarem a minha presença.

Alguns dos estudantes notaram a minha presença mais especificamente uma rapariga de cabelo ruivo cacheado, olhos cor de mel e sardas espalhadas pelo rosto que aparentava ter 13 anos.

A rapariga levantou-se e caminhou até a mim uma vez que já me tinha sentado na mesa da Corvinal.

Lembro-me vagamente do rosto dela mas rapido a memória saltou para mim, ela foi a primeira a cair no chão.

Ela se aproximava cada vezais receosa e pelo brasão no uniforme posso concluir que ela está a usar a sua coragem grifinória para se aproximar.

Neste momento todos olhavam para mim e o auror Potter olhava interessado pela cena.

-Hmm- começou ela timidamente quando parou a meu lado- Eu queria agradecer pelo que fizeste hoje os meus amigos me contaram que salvaste-me e aos outros alunos.

-Não foi- falei.

-Hmm posso saber como fizeste aquilo?- perguntou ela num tom baixo, tímido e receoso.

Levei a mão até ao chão enquanto perguntava para a garota.

-Qual a sua flor favorita?

-Uma rosa branca.

Toquei no chão e quando tirei a mão um pequeno e fino caule começou a crescer do chão, formando espinhos e por fim a rosa branca.

Apanhei-a e brinquei com ela nos meus dedos.

-A magia também é como uma rosa ela pode ser bela mas tem os seus espinhos que podem fazer cortes superfíciais mas também cortes profundos que demoram a sicratizar. A minha magia pode ser bela se assim eu desejar como fiz para te salvar e aos outros. Mas também ela tem os seus espinhos que podem fazer coisas horríveis.

-Como o quê?- perguntou ela curiosa e assustada.

Recuperei o fôlego e comecei a brincar com a rosa que agora flutuava em cima da minha mão.

A rosa foi envolvida por uma chama vermelha e agora estava um monte de cinza negra em cima da minha mão onde outrora fora a rosa.

-Cinzas podem ser consideradas coisas más- falei fechando a mão- Mas podem ser o início das coisas mais bonitas.

Abri a mão de novo e revelei pequenos caules nascerem de lá.

Os caules deram origem a 4 rosas cada uma com uma cor diferente. Uma azul-claro quase branco, uma branca, uma preta e uma rosa com um tom quase branco também.

-De algo mau e sem vida- estiquei as rosas para ela deixando um monte mais pequeno de cinzas na palma da minha mão- Podem surgir as mais belas coisas.

Fiz uma pequena brisa sair da minha boca, a leve brisa fez as cinzas saírem da minha mão e enquanto caíam ficaram completamente brancas como neve.

-Nunca duvides do poder das cinzas e o poder da vida.

Ele olhavam para mim com os seus olhos cor de mel arregalados e a boca em um pequeno O.

-Agora vai comer e se puderes planta estas rosas num lugar sem vida e cinza. Com o passar do tempo o lugar irá florescer tal como essas rosas floresceram das cinzas.

Ela saiu com um pequeno sorriso no rosto dela e sentou-se junto com os seus amigos grifinórios.

Abri mais uma vez a mão revelando um pequeníssimo monte de cinza e virei-me para o Noah.

-Dá-me o teu colar, Noah-pedi com um pequeno sorriso de canto.

Ele retirou o colar e colocou-o nas cinzas.

Cobri o colar com a mão vazia e vi um brilho laranjado tomar conta das minhas.

Retirei-as e mostrei o novo colar de ouro com a forma de um sol com um pedaço vazio com a forma do meu colar.

-Acho que este fica melhor em ti do que o outro- falei entregando o novo colar para ele.

-Obrigado- falou ele pegando nele com o maior cuidado e colocando-o no seus pescoço.

Voltei a comer e no fim do jantar a tão conhecida sensação fria e de que algo vai acontecer, aparece para fazer o resto do meu dia num inferno.

Levantei-me interrompendo a conversa dos meus amigos que agora me olhavam preocupados e surpreendidos.

Toquei na parede mais próximo e concentrei-me procurando por todo o castelo por aquela sensação.

Não demorou muito uma vez que ela estava bem no centro do Salão.

Abri os olhos os cerrando e tentando controlar a raiva na frente de todos.

Olhei para ela e quase me assustei. Noite era esquelética, tinha o cabelo preto como o meu mas estava todo despenteado pior que o auror Potter, os olhos dela era vermelhos brilhantes e as suas feições eram completamente marcadas pelos ossos do rosto dela.

Ergui a mão que estava na parede na direção dela e uma poderosa rajada de vento saiu e rodeou o seu pescoço enquanto ela subia para o céu.

-Como ousas a estar aqui?- perguntei cerrando o punho livre e cravando as minhas unhas na pele numa tentativa inútil de controlar a raiva- Como ousas matar tantos inocentes só por uma vingança absurda?

-Mas... só... aqueles... que... tu... sabes...- falou com dificuldade e quase roxa.

Soltei um pouco para que ela pudesse respirar e falar mais. Ele encheu os pulmões com ar e respirou algumas vezes até ficar com a respiração regular.

-Fala- ordene.

-Enquanto tu estavas distraído a salvar o que eu destruí esqueceste o resto do mundo o caos que eu criei está a acontecer neste momento por todo o mundo- um sorriso macabro e cruel tomou conta do seu rosto.

Apertei mais ainda o pescoço dela até ficar completamente branca de tanto tempo assim.

Eu ainda cravava as unhas na palma da mão cada vez com mais força o que criou pequenas filas de sangue a escorrerem pela minha mão até caírem no chão. Pinga a pinga.

-Vai. Embora. Antes. Que eu. Te mate. Agora. Mesmo.- falei enquanto a soltava e ela caia no chão de 4 puxando todo o ar que conseguiu atenciosamente aos seus pulmões.

Pisquei uma vez e ela já não estava lá.

Respirei fundo tentando me acalmar ignorando o Noah a chamar-me e aparapatei saindo dali aparecendo nos jardins do castelo.

Retirei os sapatos e as meias sentindo a relva fazendo cócegas nos pés.

Concentrei-me e procurei por magia poderosa e negra pelo mundo todo passando por oceanos inteiros até outros continentes.

Depois de alguns segundos assim, localizei 4 grandes concentrações de magia.

Uma delas presumi ser o Ministério uma vez que sabia onde era.

Outra era na América do Sul.

Uma na América do Norte, na costa oeste.

Uma por toda a África.

E por último na Rússia.

E então segui para estes pontos afim de tentar minimizar os estragos provocados por ela e acalmar a culpa e a raiva crescendo dentro de mim tal e qual à rosa que eu criei.

O Filho Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora