Fight 'Til The End - Duskwood (Hiatus Indefinido)

01 - Prólogo

P.O.V Autora

Flashback On;

— Papai, pode ter muitas cobras, não quero ir! — a pequena Amy cruza os braços fazendo bico, seu irmão mais velho à olha revirando os olhos e segurando a alça de sua mochila.

— Você é muito medrosa, Amy!

— Não fale assim com a sua irmã Diego! — adverte John, indo em direção a sua filhinha e se abaixando para olha-la nos olhos. — Filha, você se lembra do que o pai disse quando chegamos? — ela assente. — Que não devemos ter medo, temos que encara-los também? Não há cobras aqui Amy, e se tiver, você terá um pai e um irmão muito fortes, que vão proteger você. — diz o homem, forçando uma voz de super-heróis que fez seus dois filhos rirem.

— Segura a minha mão Amy. — a garotinha segurou a mão de seu irmão, o que fez se sentir mais protegida.

— Crianças, pra sermos pessoas boas e fortes precisamos lutar... Lutar até o fim!

Com isso as crianças continuaram a sua trilha pela floresta, mais confiantes do que nunca.

Flashback On;

P.O.V Amanda Williams

— Lutar até o fim. — sussurro pra mim mesma, sentindo os pingos da água do chuveiro baterem contra meu corpo nu. Eu repetia essa frase em minha própria mente a cada minuto. Mas a verdade é que eu estava prestes à enlouquecer.

Os acontecimentos dos últimos dois dias foram intensivos e cheios de novas informações. Jessy havia sido atacada pelo Homem Sem Rosto, Jake teve de se esconder para não ser pego pelo governo, deixando enigmas para Lilly e eu desvendássemos. Para que eu soubesse quem ele era realmente.

Jake...

Eu não sei exatamente o que sinto pelo hacker. Ou melhor, sei, mas nego, aquela frase do hacker ainda mexia comigo, e de uma forma negativa. "Não é certo! E é perigoso".

Talvez ele tenha razão afinal, e agora, quando soube que o moreno era procurado pelo governo, ficou mais claro o porquê de uma resposta assim.

Mas então, por que eu ainda sinto uma dor no meu peito, quando me lembro dessas palavras?

Fecho o registro do chuveiro, pegando minha toalha e enrolando ao redor do meu corpo. São seis horas em ponto, normalmente eu estaria desfrutando da minha última hora de sono, se não fosse por tantas coisas acontecendo que estão me fazendo perder o sono.

Mas não podia pensar em Duskwood agora. E sim, na minha família! Me arrumo, pego meus pertences e a chave do meu carro. Estou sem tempo pra café e na verdade, creio que nem os bolos da Cléo me fazem ficar feliz agora.

(...)

— Como ele está, doutor? — pergunto apreensiva. Enquanto tinha os braços cruzados e olhava intensamente ao homem de jaleco à minha frente. Esperava impaciente por uma resposta, minha mãe que segurou meus ombros, tentando me confortar. Mas não funcionou.

Há seis meses atrás, descobrimos que meu pai estava com um tumor no estômago. Aquilo abalou minha mãe de muitas formas. Eu sempre estava com eles, os ajudando e apoiando. Sim, estava, até dois meses atrás quando outro fato aconteceu e eu me desliguei do mundo.