Resquícios

Um novo professor?

URIE POV
- Esse será seu novo professor. Por favor, não o provoquem e o trate como se fosse a mim na sala. - Arima-Sensei falou para todos da sala e depois saiu da mesma nos deixando com aquele cara esquisito.
Olhar para aquele cara me dá nojo, ele sorria de uma forma que me assustava mas não o suficiente para deixar meu corpo em alerta.

Talvez esse seja o verdadeiro significado de medo...

Ele pegou a cadeira de professor e se sentou olhando para nós. Virou-se para nós e sorriu de forma quase que inocente. Quase.
- Bom, como é meu primeiro dia aqui. Quero me apresentar para vocês, tudo bem? - Ele perguntou. Ninguém na sala parecia estar realmente se importando com o que ele falava, por isso ele continuou aparentemente meio chateado - Ok. Meu nome é Sasaki Haise, tenho 22 anos e acabei de me mudar para Tokyo. Alguma... pergunta?
Sinceramente, ele não vê que ninguém está interessado? Talvez ele seja idiota. Mas... Eu tenho uma pergunta...
- Da onde você se mudou? - Perguntei sem muito interesse na voz. Queria apenas ajudá-lo a falar com a classe, talvez ele fale bem de mim e eu consiga voltar para as salas mais altas.

- Oh... Do Brasil. (Hehe Hehe, nosso país minhas crianças) - Ele sorriu depois de responder a minha pergunta, parecia animado. Mais um professor inocente mandado para o inferno.

- Senhor... - Shirazu limpa a garganta. - Sasaki. - Ele fala com um sorriso brincalhão. - Você não é muito jovem para essa profissão? Digo, o Arima-Sensei tem mais de 30, igual a todos os outros. Por que você é diferente?

- Ah... Bom, acho que talvez pelo meu currículo, ou eu que me introduziu no mercado de trabalho muito cedo. - Ele faz uma cara de dúvida e levantou os ombros. - Não sei.

Instantaneamente, Hairu levantou sua mão. Parecia bem animada, talvez por que ela tivesse um amor platônico pelo Arima-Sensei.

- Você e o Arima-Sensei são próximos, Sasaki-Sensei? - Ihei perguntou com um sorriso e a mão não levantada apoiando a cabeça que estava meio-virada para o lado.

- Bem, nós nos conhecemos mês passado e embora ele vá a minha casa as vezes, é apenas para organizar papéis ou fazer uma reunião casual. - Ele coloca a mão no queixo, mexendo um pouco a cabeça e pareceu pensar um pouco. - Não acho que possa considera-lo mais do que um colega de trabalho...

Quanto mais eu olhava para ele, mais eu pensava o quanto ele parecia uma menina. Seus cabelos desgrenhados e um pouco grandes demais, seu corpo pequeno, seu jeito desleixado de se arrumar, seus olhos grandes como o de uma criança, suas expressões fofas e seu jeito delicado de falar e andar.

Não entendo como alguém assim virá professor, mas im