Como diabos as pessoas se apaixonam?-3

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Como esperado, as investigações para ver o que tinha detrás do muro iam começar depois do almoço. Meu único papel era distrair a Mama e mante-la dentro de casa até a investigação acabar. Gilda e Don cuidariam de segurar a Mama caso eu não conseguisse e Norman e Emma se encarregaram de ir investigar o muro.

Conversei com a Irmã Krone essa manhã e ela disse que nos ajudaria no que fosse possível. Tudo estava andando nos trilhos sem nenhum solavanco, mas eu ainda tenho um mau pressentimento...

- Então... vamos lá... - Emma falou e todos concordamos, Norman e ela começaram a andar para dentro da floresta, Gilda e Don se posicionaram e eu procurei pela Mama para trocar os frascos dos remédios.

- Vamos, Ray. - Mama fala me chamando para irmos em frente. Assenti e fui na frente, mas algo estava me incomodando.

Onde estava a Irmã Krone?

- Ela foi eliminada. - A voz fria da Mama cortou o silêncio do local ele fez parar e encara-la por alguns segundos antes de correr escadas acima para o quarto onde a Irmã Krone tinha se estabelecido.

Abri a porta com força mas não havia mais ninguém lá, apenas uma cama desmontada e um criado-mudo ao lado da mesma. Não... Não! Sem a Irmã Krone para oferecer informações...

- Agora eu também devo me livrar de você, Ray. - Mama sussurra para mim e eu a olho novamente. Não conseguia decifrar seu rosto, eu não conseguia identificar nada.

- M-Mas...! Eu entreguei os meus amigos! Reportei todos os seus planos e, e eu... - Não, eu tenho que segura-la. Mesmo que ela se livre de mim, o que não é uma coisa muito boa, tenho que fazer com que o Norman e a Emma concluam a observação. Pelo menos isso tem que ser feito...

- Sim, sim. Olhando desse lado essa é uma demissão injusta. - Ela fala fechando os olhos e sorrindo abertamente. - Mesmo você sendo um traidor mentiroso, Ray. Eu queria mantê-lo comigo até seu último dia aqui, mas as circunstâncias mudaram.

Ela pega o relógio que dava para se ver os rastreadores eu congelo. Não, não! Se ela nos controlar diretamente agora... droga, droga, droga! Tenho que segura-la pelo máximo de tempo possível!

Eu a abracei tentando segura-la mas ela puxou meu cabelo é me jogou no chão do quarto. Eu fecho os olhos e cerro os dentes com a pontada de dor que veio na hora, mas logo os abri novamente ao ouvir um 'clique' vindo da porta. Olhei para a porta trancada e me levantei com rapidez batendo seguidamente, tentando abri-la.

- Esses dois pontos correndo na floresta devem ser a Emma e o Norman. - Ouço ela falar por de trás da porta e eu paro de bater para ouvi -la melhor. - Não precisa se preocupar com a troca de frascos, você vai cuidar de mim não vai, Ray?

Ouço seus passos se distanciando e deslizo pela porta pensando no que poderia fazer agora. Ela vai nos controlar diretamente daqui em diante, significa que ela não quer nos mandar ainda, nós ainda somos frutos de ouro para eles...

Primeiro tenho que sair daqui. Me levantei e me distanciei um pouco da porta dando um chute forte, mas no mesmo momento eu vejo Don do outro lado.

Ele solta uma junção de um grito e um gemido de agonia. O ajudei a levantar e lhe falei o que tinha acontecido. Logo nós ja estávamos correndo para o lado de fora chamando a Gilda para nos ajudar.

- Temos que ir logo antes que ela faça algo irreversível! - Gritei para a Gilda entender a situação, a mesma apenas acenou com a cabeça e continuou correndo.

Quando finalmente chegamos no local ouvi as piores palavras da minha vida.

- Parabéns Norman, a data do seu envio foi marcada.

Ah... Como o mundo é injusto...

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