Como diabos as pessoas se apaixonam?-4

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 Voltei com a cabeça baixa para o orfanato. 

Norman seria enviado, e eu não podia fazer nada.

 Senti a mão dele em meu ombro e me virei para olha-lo. Ele estava na minha frente vivo, como é possível que ele esteja morto amanhã? Ele sorriu para mim, todo o meu ser queimou por dentro com a ideia de todos os meus anos de preparação terem sido em vão. Com a ideia da pessoa mais importante para mim ser enviado e comido por aqueles monstros.

 Eu virei meu rosto, não ousei olhar para Norman de novo, se eu olhasse começaria a chorar e estaria apenas dando o que minha mãe queria, o desespero.

Depois de todo esse transtorno, esperei Norman e as outras crianças saírem da enfermaria para poder ver a Emma. Quando entrei senti o ar pesado que se formará no local, a ruiva me olhou e eu retribui o olhar senti apenas por ele todos os sentimentos que estávamos sentindo.

 - Norman já desistiu, ele não parece querer pensar em uma forma dele fugir do envio. - Emma falou e eu senti meu coração parar. "Como assim não está pensando num plano?! Eu consigo sentir que ele está assustado daqui!" - Ray, eu não quero que o Norman morra.

 - Aquele idiota! Ele sequer pensa em demonstrar que está assustado?! - Despejei, acho que toda aquela tensão estava me pressionando tanto que eu simplesmente soltei tudo no primeiro momento possível, não era justo com a Emma, ela não fez nada e estava passando por isso também. Ela me olhou e eu engoli em seco. - Eu... Me desculpe, as vezes Norman me tira do sério.

 - Tudo bem, eu entendo o seu desespero. - Ela disse soltando algumas lágrimas da qual ela tentou esconder e limpa-las com a mão. - Mas eu já tenho uma ideia do que fazer, só falta convence-lo.

 Ouvi a porta a abrir e me virei para ver quem era. Norman, segurando um copo e fingindo estar tranquilo.

 - Nós temos um plano para você fugir do envio. - Emma e eu falamos em uníssono e eu vi o olhar de Norman se contorcer em um rosto surpreso.

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