Ele não sabia o que fazer agora.
Estava no escritório do Norman, esperando pelo mesmo, enquanto era observado por três pessoas que pareciam querer o matar. Ele estava com sua cara séria, mas havia suor escorrendo pelo seu pescoço e costas.
Como ele havia parado naquela situação? Simples, depois de Norman ser um pervertido eles dormiram juntos, quando acordaram Norman começou a se preparar para voltar ao escritório e tomou café com todos nós. Depois que ele saiu, fui para a biblioteca central da base para olhar os livros que haviam no local, teve uma hora que eu simplesmente fiquei com saudades de Norman e fui visitá-lo no seu escritório. Para minha surpresa, ele não estava, foi resolver questões em outro departamento.
Só que na hora que me virei para sair, três pessoas esquisitas apareceram e me empurraram para dentro do escritório, agora aqui estou eu, me sentindo nervoso para caralho e com três pessoas assustadoras para cacete me encarando como se eu fosse uma atração de circo.
Estava pensando seriamente em pegar a minha pistola (que eu escondia para sempre estar com uma arma em mãos) e sair ameaçando todo mundo, mas senti que se fizesse isso eles me parariam de sua própria forma, seus olhos cheios de ódio me davam medo de mais para continuar também, então minha única opção era torcer para Norman entrar no escritório ou algum deles lhe dar uma permissão para sair.
- Então... Qual é o seu nome, hum? - A garota de cabelos castanhos e uma mecha rosa falou, ela estava apoiada na parte de trás do sofá, deixando sua cabeça deitada no mesmo de cabeça para baixo e olhando para ele com um olhar assustador.
- M-Meu n-nome é R-Ray. - Falei nervoso, olhando para as minhas próprias mãos nervosas. - E-Eu só q-quero ver o N-Norman...
- Ele está em outro departamento, como já falamos. Agora, por que você quer vê-lo? - O homem moreno e careca me perguntou. Ele era um pouco menos assustador que os outros, mas sua frieza na hora de perguntar as coisas e de inserir informações que parecia que ele estava jogando um jogo com você, se perguntando quanto tempo você aguenta até morrer de nervoso.
- E-Eu só q-queria vê-lo... - Falei sendo bem sincero na minha resposta. Tinha muito medo do que eles podiam fazer se eu desse um passo em falso.
- O que você é para o chefe? - Vincent perguntou sem nenhum sentimento na voz, bebericando um pouco do que eu acho que era chá.
Antes que eu pudesse responder, a porta abriu, revelando Norman lendo alguns papéis e entrando sem prestar muita atenção no ambiente. Sem pensar duas vezes, eu corri para abraça-lo e deixei minha cabeça descansar em seu peito, tremendo por todo aquele tempo sobre os olhares deles.
Ele se surpreendeu com o contato repentino, mas logo passou um de seus braços sobre meu corpo e me deu um beijo no topo da cabeça.
- Meu amor, o que está fazendo aqui? - O jeito calmo de sua voz me acalmou e me fez parar de tremer, me deixei levar pelo seu abraço e levantei a cabeça para olha-lo. - Deuses, Ray você está bem?
- Eles são assustadores... - Sussurrei de forma que só ele ouvia, com muito medo de eles começarem a me odiar e a me olhar assim todos os dias. Deuses, eles são assustadores. - Norman, eu senti sua falta...
Ele soltou uma risada nervosa e depois parou, olhando feio para as pessoas da sala como se fosse desintegrar aqueles narizinhos empinados. Apertei Norman mais forte quando senti que ele ia me soltar, ele suspirou e colocou a mão que estava me segurando na minha cabeça, fazendo um carinho que quase me fez desmanchar.
- O que vocês fizeram?! Ele está tremendo! - Norman falou, claramente brigando com eles por terem me assustado, quase senti pena quando ouvi a voz séria dele, embora ele também se sentisse vingado quando ele brigou com eles. - Vincent! Você é um dos caras mais responsáveis que eu conheço, como foi que se juntou a eles dois?!
- E-Eu... N-Nós só... - A garota tentou se explicar, mas foi cortada pela mão de Norman que fez um movimento de quietos.
- Saiam da minha sala, agora. - Norman falou, me puxando um pouco para dar espaço para eles saírem.
Bárbara saiu apressada com o cara careca e o outro homem de cabelos pretos e amarelos. Quando eles foram embora, Norman fechou a porta e suspirou me lançando um olhar de calma e começou a me fazer carinho na cabeça.
- Me desculpe, eu meio que salvei eles de uma instalação e... Agora eles me consideram como se fosse um deus ou coisa do tipo, acho que quando viram você e Emma tão próximos de mim devem ter ficados curiosos. - Fechei os olhos e me deixei levar pelo carinho e pelo amor que era colocados neles. - Eu acho que peguei muito pesado com eles, mas quando te vi tremendo eu...
- Ei. - O cortei, usando minhas mãos para segurar suas bochechas, fazendo um pequeno carinho com os dedões. Sorri minimamente com a sensação de poder fazer isso, de tocá-lo. - Está tudo bem, você está aqui e já me faz me sentir muito melhor.
- Ray... - Ele sorriu gentilmente, se entregando aos meus carinhos, fechando seus olhos e usando sua mão livre para pressionar suavemente contra a minha esquerda. Ele era lindo, poderia observá-lo por oras e não ficaria cansado.
- Ainda mais quando você me chamou de "Meu amor". Já que você está me dando esse apelido eu vou ter que te chamar de floco de neve Norman... - Brinquei, vendo ele soltar uma risada calma e assentir.
- Tudo bem, mio angelo. (meu anjo em italiano)
- Uau, tá chique hein? - Brinquei vendo ele rir mais.
- Tem alguns livros de idiomas aqui, são bem interessantes quando se está no tédio. - Ele falou simples.
- Eu te amo, floco de neve.
- Também te amo, mio angelo.
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Resquícios
Fiksi PenggemarEntão, basicamente um monte de capítulos soltos das minhas historias do spirit e do Ao3. E só isso mesmo...