Mas como? -3

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Depois de um tempo conversando com o irmão dele percebi o quanto eles têm em comum.

Os dois são gentis e tem um sorriso contagiante, tem olhos grandes, cabelos baguncados (mesmo que as cores sejam diferentes), tem uma risada calma e costumam se oferecer para ajudar os outros. Parecia que dois anos idêntico tinham decidido vir para a terra.

Ele nos mostrou a sua noiva, a Haise também que deu um abraço na perna da mesma que riu um pouco. Ele até se ofereceu a fazer comida já que ele sabia que Haise quem tomava a dianteira na maioria das tarefas domésticas. (Eu quase disse não, mas não estava a fim de comer o sanduiche-de-tudo-o-que-tem-na-geladeira da Saiko, sem ofensas mas é horrível)

- Você está nos ajudando tanto... Obrigado. - Falei enquanto cortava alguns legumes ao seu lado. Ele sorriu para mim e continuou o que estava fazendo.

- Meu irmão e eu ficamos sozinhos por muito tempo, tivemos que aprender a nos virar... Haise sempre gostou de cozinhar, mesmo que não comesemos carne humana... - Eu olhei para ele mas seus olhos estavam na tabua de cortar enquanto ele cortava as batatas devagar. Ele estava com um sorriso triste em seu rosto. - Ele diz... Que o faz se sentir humano... mesmo que o cheiro seja ruim, mesmo que ele não vá comer, mesmo que ele não precise fazer. Ele ama ver o sorriso de satisfação das pessoas ao provar sua comida... ama os elogios e alegria que ele espalha quando faz sua comida... Haise sempre doou muito e ganhou pouco...

Ele parecia estar a beira das lágrimas, como não sabia conforta-lo, então eu apenas passei minhas mãos em suas costas e esperei ele se sentir melhor.

- Bom! Mas agora ele está bem não está? - Ele se recuperou rapidamente e eu levei um susto. Seu sorriso voltou a brilhar em seu rosto, não com a mesma força, mas estava voltando aos poucos. - Está cercado de pessoas amorosas e que estão o enchendo de carinho. Tenho certeza, que ele não está se automutilando mentalmente de novo! - Ele fala como se fosse a coisa mais simples do mundo, mas senti um tom de preocupação na voz. Ele queria estar certo. Queria que suas palavras fossem verdade.

- Sim.  Realmente...

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