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Terminará de arrumar sua camisa pólo de coloração escura no espelho que continha dentro do pequeno armário que usará para guardar seus pertences e trancou o cadeado. Christopher passou as mãos pelos fios muito bem arrumados em um topete trabalhoso, se sentia um pouco nervoso por saber que seus antigos rivais de batalha estariam no bar que trabalhava. Com certeza não fazia o tipo que parecia estar nervoso com tais situações, já que tinha uma certa fama por aquelas bandas, mas estava longe de ser aquele cara que as pessoas tinham em mente.

Antes de sair da sala dos funcionários deu de cara com seu chefe, este o analisava da porta, sua mão no queixo e a sútil mordida em seu lábio inferior deixava o bang desconfortável, mas ainda assim continuou de pé e arrumava sua roupa para logo sair daquele lugar que parecia tão apertado com a presença do outro moreno.

Cerca de 1,80 de altura, cabelos negros e escorridos, fora sua aparência intimidadora quando sério; este era Kim Minjun. Tal homem que já tinha tentado levar o bang para lugares reservados com segundas a até mesmo terceiras intenções. Mas o australiano era bem mais esperto que aparentava ser, não se deixava cair nos encantos do homem apenas por ele ter uma boa aparência e uma quantia alta de dinheiro no bolso, não precisava se submeter aquela humilhação, havia aceitado trabalhar ali como barman e apenas isso. Não seria nada além disso para o mais velho. 

Antes de sair da sala, tinha confirmado o endereço ao Han, este que avisará que chegaria em algumas horas. O bar abria às onze horas em ponto, ainda faltava uma hora. Não podia se aguentar em ansiedade em vê-los. Chris guardou seu celular no bolso da calça jeans, ajeitando o avental em seu tronco e saiu da sala sem olhar nos olhos do Kim. Ele ainda estava ali, observando cada passo do moreno, percebendo até mesmo a forma como ele sorriu ao ver algo no celular.

Minjun seguiu o Bang até bar, tinha algumas grades de bebidas para o rapaz pegar no depósito, então ele fez o trajeto até os fundos da boate. Se sentia apreensivo por receber toda aquela atenção do seu chefe, mas continuava a fazer seu trabalho com naturalidade. 

— sinto que você está meio aéreo hoje. — Minjun disse. Chris respirou fundo antes de pegar a grade de cervejas e caminhar de volta para o bar. 

— ah, você acha? — encarou o moreno impaciente, guardando as bebidas em seus devidos lugares. — acho que é você que está aéreo hoje, ao invés de ir cuidar do seu trabalho no escritório está aqui vigiando a minha vida. — jogou o pano que limpará o balcão segundos antes em seu ombro.

— sempre com a língua tão afiada, senhor bang. — o moreno deu um passo a frente, aproximando-se do australiano, este que passou ao seu lado com rapidez, pegando a grade — agora vazia — no chão e saindo para o depósito.

Christopher odiava a forma como a voz daquele homem havia se tornado insuportável para seus ouvidos, teve que respirar fundo e pegar um de seus cigarros para aliviar o estresse que teria naquela madrugada que mal havia começado.

(...)

Quando a boate enfim abriu, em poucas horas toda pista de dança e o bar estavam lotados, christopher se revisava para atender cada bebida de sua área. Vai e vem de pessoas bêbadas e às vezes até meio drogadas o deixava totalmente alheio, não conseguia ver nada além dos drinks que preparava com calma. Por este costume, não viu a dupla que ansiava ver chegar e se sentar nos bancos desocupados do balcão.

— hey! — jisung o chamou, Christopher virou-se se deparando- com ambos rapazes o aguardando com sorrisos discretos. 

— oh, nem reparei em vocês. Me desculpem.

— tudo bem, você estava ocupado. — changbin disse, ajeitando a touca preta em seus fios.

— o que vão querer? — debruçou-se sobre o balcão, encarando com atenção os dois. 

Rivals | 3RACHA Onde histórias criam vida. Descubra agora