Rivals | 3RACHA

'13'

Se perdeu nos minutos que tinha passado apenas ali, seus olhos fixos nos prédios e casas que passavam de forma rápida pelo vidro do carro. Apesar de ser noite, as luzes natalinas espalhadas pela cidade deixavam jisung levemente impressionado. Sua atenção apenas focada naquilo em devaneios. Sua mão apertava as laterais da mochila em seu colo, sua mente parecia pesar uma tonelada, estava lotado de pensamentos infortúnios, uma sensação estranha queimava seu peito, fazia as suas mãos suarem em abundância. Estava incomodado, apreensivo, aflito. Seu voo era em poucas horas, mas não tinha certeza se realmente queria ir.

Na noite anterior, passará o começo da madrugada junto a christopher e changbin. Com eles, sentia que estava vivo. Fazê-los rir com suas loucuras ou sua falta de noção era tão satisfatório que enchia seu peito da mais genuína felicidade. Era feliz com eles. Desde os momentos em que ficavam em silêncio, um ao lado do outro no sofá da sua sala, não era estranho ficar com eles daquela forma, eles tinham uma aura acolhedora. Eles não estavam ali para julgá-lo por suas ações ruins, muito menos para apontar o dedo e despejar insultos por não ter bons modos.

Afinal de contas, nenhum dos três eram perfeitos.

Ao pensar neles, sua mente o torturava com a imagem de ambos pudessem estar aproveitando aquele começo de noite natalina juntos. Queria estar com eles, sabia que se desistisse agora da sua viagem e voltasse correndo para os braços dos dois, eles o receberiam com um dos maiores sorrisos que já pode ver. Ou pelo menos era assim que imaginava.

Pescou seu celular dentro do bolso da frente da mochila, queria mandá-los uma última mensagem. Provavelmente não poderia falar com ele pelos próximos dias até enfim voltar para Coréia, seu pai tomaria seu celular, o forçando a conviver com seus familiares. Abriu o aplicativo de mensagem e como telepatia, onde changbin pudesse ouvir seus pensamentos, uma mensagem do moreninho encheu seu coração de alegria. Era algo tão simplista, um boa noite acompanhado de um volte logo. Jisung quis responder, mas logo christopher complementou a mensagem do menor.

Estamos à sua espera.

Aquilo era um convite? Todo seu corpo se encheu de impulsividade. Sua mente foi preenchida por sirenes indicando uma mudança de planos. Estava mesmo desistindo daquela viagem apenas por uma simples mensagem, quando havia se tornado tão impulsivo? Com um grande sorriso em seus lábios, os respondeu com um "até daqui a pouco" cheio de expectativas e sentimentos. Foi apenas uma mensagem, algumas palavras, mas foi esse apenas que fez a alavanca que segurava com força se soltar. Estava desistindo daquela viagem sem fundamentos e totalmente contra sua vontade por aqueles caras, disposto a escutar meia hora de reclamação do seu pai no dia seguinte.

- o senhor se incomoda de trocar a rota? Vamos para esse endereço.

(...)

Tocou a campainha da casa que começará a frequentar há cerca de um mês, suas mãos suaram em aflição. Queria ver seus rostos surpresos com sua volta, apenas aquele pensamento foi o suficiente para alargar seus lábios em um sorriso. Jisung estava se corroendo de ansiedade.

Escutou ao longe a voz de changbin e os passos pesados vindo em direção a porta do estúdio, ajeitou a mochila em suas costas e manteve as mãos nas alças, seu corpo se impulsionava para frente e para trás com as pontas dos dedos protegidos pelo par de sapatos. O frio era a menor das suas preocupações no momento, deixava que os flocos de neve finos se acumulassem em seus cabelos loiros desgrenhados pela ventania. Quando enfim a porta foi aberta em um puxão, os olhos miúdos do seo caíram sobre seu corpo, ainda sorria grande e só aumentava cada vez mais pela expressão surpresa no semblante bonito do seo.

- feliz natal! - desejou mesmo sabendo que faltavam algumas horinhas para meia noite. Changbin ainda estava estático na porta, seus olhos levemente arregalados surpreso em vê-lo ali.