'12'

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Venham na minha casa.

Aquela foi a única mensagem que changbin e christopher receberam do han após uma semana sem notícias dele.

Nunca pensou que poderia ficar tão preocupado com alguém além de felix e ele mesmo como ficou com o sumiço repentino do rapaz de fios dourados. Christopher parou de contar quantas mensagens o enviou na décima sexta, tinha dias daquela semana que se passou com uma lentidão irritante que mal conseguia se concentrar no próprio trabalho, tendo que ouvir resmungos de reprovação do seu chefe por conta da sua falta de atenção.

Se limitou a vestir um agasalho e pôr uma touca para sair em disparada até o carro de changbin que estava parado na calçada para buscá-lo, seus sapatos afundavam levemente na neve, tentava andar depressa e com cuidado para não escorregar, os flocos de neve que caíam com certa intensidade bagunçava sua visão. Assim que entrou no automóvel e foi recebido por um aceno de cabeça do seo, partiram em direção ao apartamento do loiro. Não trocaram sequer uma palavra, estavam imersos em seus pensamentos, preocupados e aflitos sobre o estado do rapaz.

Tinham ido ao prédio do han diversas vezes naquele período de sete dias, mas sempre sua entrada era barrada pelo porteiro que cumpria a ordem de não deixar ninguém desautorizado adentrar ao edifício. Voltavam para casa com sorrisos mortos e esperanças presas por um fio trêmulo e frágil. Christopher temia pela vida do garoto sabendo que ele era um tanto desleixado com sua saúde física.

Uma vez já dentro do prédio, ansiavam pela chegada ao andar do garoto, estavam tão perto, nunca se sentiram tão nervosos e ansiosos na vida. Foi apenas uma semana longe dele, sem notícias ou qualquer resquícios se ele estava bem. Para o bang, aquela preocupação ia além do que apenas um sentimento de amigo, estava genuinamente preocupado, seu coração doía ao pensar o que podia ter acontecido com ele durante os últimos dias.

Não mediram forças ao bater na porta do mais novo várias vezes até que a maçaneta fosse girada e uma pequena brecha se abrisse com calma, de lá de dentro, com pouquíssimo iluminação para contornar seus belos traços, jisung surgiu; seus cabelos bagunçados sem nenhum cuidado, seus olhos fundos e sem vida, parecia que tinha emagrecido alguns poucos quilos, as roupas que ele usava caíam com desleixo pelos cantos do seu corpo. Parecia que apenas estar ali em pé requeria um esforço sem tamanho.

Changbin tomou a frente, abrindo a porta de uma vez para analisar com cuidado cada centímetro do garoto pouco maior que ele. Seus olhos se encontraram, jisung quis sorrir por ver o seo após tanto tempo, mas não tinha forças ou disposição. Sem dúvidas estava lamentável aos olhos de ambos rapazes, quis se esconder de repente.

— o quê aconteceu com você? — a voz de changbin estava aflita. — estávamos tão preocupados com você, seu cabeça oca!

— me desculpem…

— jisung, por que você sumiu do nada? — christopher indagou, ficando ao lado do tatuador para analisar melhor o loiro. — você parece estar tão fraco, você não está se alimentando corretamente? O que você fez esse tempo todo, garoto? — tentou controlar suas emoções, não queria se tornar autoritário, mas vê-lo daquela forma despertava algo ruim em seu interior. Estranhamente quis abraçá-lo.

— eu só quis ficar sozinho. — seus lábios se moviam com lentidão fora que estavam pálidos. Christopher não gostou daquilo.  — me desculpe por preocupá-los, nunca foi a intenção. — andou alguns passos para o lado, deixando que entrem.

Uma vez dentro do apartamento do Han, ambos se sentaram no sofá com jisung logo a frente, ele ainda estava de pé, meio indeciso de como deveria agir ou o que deveria falar. Christopher via bem essa confusão em seu semblante, queria enchê-lo de perguntas mas ao mesmo tempo esperaria ele começar a se explicar.

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