Ao seguir sozinho para casa, jisung teve um completo branco em sua mente, deixando seus instintos o guiar até sua moradia.
Se sentia perdido.
Queria estar com a mente limpa para responder ao porteiro com mais educação do que apenas um resmungo, queria estar com mais disposição para ajudar a senhorinha do apartamento acima do seu com as compras, queria se sentir mais ele. Quando havia se perdido dentro de si mesmo?
Trancou a porta? Não sabia, apenas se jogou no sofá, sua cabeça dava voltas. Mesmo que perguntasse o que estava sentindo não saberia colocar em palavras, tudo parecia tão escuro e sem vida. Tinha esquecido que estava sozinho. Estar com christopher e changbin fazia sua vida ficar mais leve, não percebia o tempo passar. Em tão pouco tempo havia se tornado dependente deles, os queria por perto para não se sentir perdido.
Não sabia de onde tinha tirado forças para ir até seu quarto, as paredes do corredor parecia querer esmagá-lo, provando o quão minúsculo era dentro do próprio apartamento. Tudo era tão grande e espaçoso, tudo tão fora dele. Se sentou na cama de casal, apenas a luz que entrava pela janela iluminando alguns pontos do cômodo.
Jisung nunca teve medo de monstros, nem daqueles que seu pai usava como forma de reprimir seus atos ruins e más atitudes, mas agora, ele tinha medo, de si mesmo. Era um dependente químico com um emocional abalado, quis rir da sua própria infelicidade, mas não conseguia.
O que estava fazendo? Suas mãos apenas agiram sozinhas ao abrir a gaveta da cômoda ao lado da cama, pegou o pequeno pacote plástico transparente com algo verde dentro. Estava fazendo de novo. Caçou a seda para enrolar junto com o conteúdo do pacote, não demorando tanto para enrolar tudo com perfeição. Quantas vezes já havia feito isso? Não era um bom garoto que seus pais sonhavam, nunca seria. Não daria orgulho de ser o filho formado em direito, estava longe disso, não sabia qual era seu objetivo na terra, estava perdido mais uma vez.
Caminhou até a janela sem pressa alguma, abriu ambas mesmo sabendo que o cheiro o denunciaria. Pouco se importava no momento. Acendeu o cigarro de maconha, deixando o isqueiro de lado. Em sua primeira tragada sentiu a repudia do seu próprio fracasso, não queria aquilo para sempre, não queria ser aquele han jisung, tinha medo da forma como seu pai depositou uma confiança absurda nele.
Aquilo iria o amendrontar por bastante tempo.
Já não estava muito em si quando escutou seu celular tocar, mas parecia estar tão longe. Tentou focar seus olhos nublados em algum ponto no quarto atrás do aparelho, o achando em cima da cômoda, o alcançou com um pouco de dificuldade, sentia todo seu corpo pesado como uma grande pedra. Ficou mais tenso ainda quando viu quem estava ligando.
Aquele não poderia ser o momento mais perfeito. Riu com escárnio, dando a última tragada no cigarro e deixando o que restou dentro do cinzeiro, atendeu depois de um certo tempo, por dentro pedia que seu pai desligasse, não estava em condição em atender, mas vendo que ele não pararia, atendeu.
— jisung? — ah, aquele tom meio baixo de calmaria que enganava qualquer um. Já havia escutado aquele tom várias vezes, em várias entonações diferentes. Queria desligar.
— oi, pai. — nunca se esforçou tanto para falar tal palavra, estava enjoado, sua cabeça dava voltas, seus olhos embaçados apenas deixava a situação pior ainda. Queria dormir para acabar com tudo aquilo de uma vez e quando amanhecer, iria viver a mesma coisa como um monótono sem fim.
— por que demorou tanto para atender?
— estava ocupado e não ouvi o celular.
— preste mais atenção da próxima vez. — apenas resmungou algo em concordância. — você vai passar o final de ano conosco. — jisung respirou fundo para acalmar as ideias. Nunca desrespeitou seu pai, mas odiava a forma como ele sempre tomava decisões sem perguntá-lo antes. Foi assim desde o começo, sua faculdade, sua vida pessoal, seus relacionamentos, seus sonhos, tudo era ele quem comandava.
— tá. — se limitou àquilo, não queria prolongar mais aquela conversa sufocante. — vou desligar, preciso dormir.
— espero que esteja indo para faculdade.
— eu estou. — mentiu, não se lembrava da última vez que havia pisado no campus de direito. Agradecia aos céus por ser ele quem deveria pagar as mensalidades da faculdade ou estaria ferrado.
— vou deixá-lo dormir, até mais.
Deixou o celular de lado e caiu na cama, uma vez que dormiu profundamente.
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Rivals | 3RACHA
FanficChristopher Bang, ou como era conhecido nas rodas de rap: Cb97, O inabalável. até o dia atual. onde cb97 não só perde uma batalha de rap depois de anos consecutivo, mas também perde sua pose de bandido mal a seus dois concorrentes; Spearb e J.One...