Capítulo 31

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–Izzy? Izzy, acorda. – alguém balança meu ombro – Precisamos nos arrumar.

Preciso de toda a força de vontade do mundo para abrir os olhos, morrendo de sono. E então, me deparo com Luke, ainda só de boxers, tentando me fazer despertar.

–Bom dia. – murmuro, escondendo meu rosto no travesseiro.

–Bom dia, levanta porque temos horário pra tomar café.

–Tudo bem. – assinto, procurando forças para começar o dia.

–Não me diga que está de ressaca, você só tomou uns dois drinks e nem eram fortes.

–Só preguiça.

Preguiça, é. Talvez porque, só deitei aqui para dormir há menos de uma hora. Ainda assim, não deixa de ser.

Foi loucura fugir pro quarto do Calum. Mas não posso dizer que me arrependo, faria tudo de novo.

Depois daquela conversa séria demais pra mim, dos momentos insanos que a seguiram, foi como se estivéssemos em uma bolha. Totalmente isolados do resto do mundo.

Ficamos deitados, tagarelando sem parar, iluminados pelo reflexo das luzes da cidade. Em um momento o assunto era sério e no instante seguinte já estávamos falando sobre os assunto mais diversos e divertidos.

Então, de madrugada, levantamos e passamos um tempão em frente a janela. Observando o movimento lá em baixo enquanto devoramos a maioria das coisas disponíveis no frigobar.

Foi como se o dia nunca fosse amanhecer, e nós pudéssemos passar o resto da vida ali na tranquilidade da noite.

Infelizmente o sol se ergueu, e nós observamos o céu todo ganhar vida em um azul suave, ainda no posto com a vista privilegiada. Mas logo me dei conta de que o movimento nos corredores aumentaria, e usei toda a minha força de vontade para me despedir e voltar para o meu lugar na cama com Luke.             Como se eu nunca tivesse saído...

Eventualmente peguei no sono, por pouco mais de uma hora. Mas nem sei se o cochilo me ajudou a descansar, ou só me deixou ainda mais acabada.  No fim das contas, não importa.

Vou só seguir o meu dia segundo o plano, e infelizmente todas as lembranças dessa noite vão ficar trancadas no meu cérebro. Guardadas com muito carinho, mas ainda assim, de maneira privada.

Por isso me levanto e decido tomar um banho pra oficialmente começar essa manhã. Com os cabelos limpos e cheirando cereja, de acordo com Luke, aplico maquiagem pra cobrir os meus olhos escuros da falta de sono, um batom pra dar cor. E por fim escolho roupas arrumadas o suficientes para o lugar, e frescas para não derreter quando estivermos fora do ar condicionado.

Cinquenta minutos depois, talvez nem isso, Luke e eu já estamos no saguão do hotel, esperando os meninos para tomar café.

Michael aparece logo depois, tão feliz quanto ontem. E logo Ashton, com os cabelos vermelhos ainda meio amassados.
Nos cumprimentamos e continuamos esperando por Calum, que devia descer logo também. Mas depois de vários minutos de espera, nada dele dar as caras.

Os meninos acabam perdendo a paciência e sugerem que tomemos café. Já que ele pode nos encontrar depois e eles estão, como em todos os momentos possíveis, morrendo de fome.

No restaurante, um buffet absurdamente longo e cheio de opções de café da manhã. Literalmente para todos os gostos, nacionalidades e costumes, e tudo tem um cheiro maravilhosos.
Preciso me concentrar pra não exagerar e encher o meu prato até não caber mais nada. Hotéis, como sempre tão mágicos?

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