Capítulo 3

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–Você pode fazer isso, Izzy. É claro que pode, você tem tudo sob controle sempre. 

Ajeito meus cabelos avermelhados pela milésima vez. 

–Ele nem é esse monstro de sete cabeças, vai dar tudo certo. – volto minha atenção para o vestido leve e escuro que escolhi vestir – Você só precisa manter a calma. Jogue o seu jogo não o dele.

–Izzy! – ouço Anne gritar, e me assusto – Pare de falar com o espelho! Você vai se atrasar, sua maluca. – ela abre a porta, e entra no meu quarto.

Queria não estar envergonhada, mas minhas bochechas estão em chamas, falar sozinha é uma coisa que não consigo evitar.    

Estou pronta, pronta para conhecer Luke Hemmings! 

Na verdade, não estou.

–Desculpa, eu estou nervosa. – dou risada

–Sabia que isso é gratificante?

Olho pra ela, sem entender nada.

–Saber que a Miss 'eu tenho tudo sob controle' ; 'eu posso falar com qualquer pessoa'; 'posso fazer qualquer coisa' também fica nervosa.  – ela implica.

–Ah, cala a boca. – resmungo. – Agora me diz, estou apresentável? 

–Não era pra calar a boca? – ela me perturba, e quando reviro os olhos ela ri– Você está linda.

–Até para ser flagrada de maneira completamente inesperada pelos paparazzi? 

Rony já me avisou que a Modest vazou a informação de onde Luke estará hoje a tarde, e que eles muito provavelmente vão chover por lá.

Minhas instruções são simples:

Os ignore
Sorria
Mostre o rosto
Pareça gentil 
Demonstre interesse por Luke. 

Yay!

–Sim, –Anne responde – até pra isso. Agora vai logo antes que as manchetes sejam sobre o bolo que o rockstar levou. 

Dou uma última checada nas leves ondas feitas no meu cabelo ruivo, e na minha maquiagem quase imperceptível fora meus lábios cor de cereja. Vestido preto, leve e soltinho. Por fim nos meus Converses de plataforma, li que Luke é bem alto, e preciso entrar na dança pra aparecer ao lado dele, mas não vai ser por isso que vou deixar meus tênis de lado. 

–Você já está quarenta e cinco segundos atrasada e nem saiu de casa ainda. – Anne volta a me apressar. 

–Os quarenta e cinco segundos são meu chame. – dou risada. 

Deixo o espelho de lado, pego minha bolsa e celular.

–Meu uber está chegando. – aviso – Com sorte vou conseguir faze-lo me deixar em casa, esse lugar é longe pra burro.

Não existe nenhuma possibilidade de eu sair por ai de moto e vestido. 

–Vou esperar lá embaixo. Beijos Roberts. 

–Boa sorte, Izzy – minha amiga me deu um abraço. – Divirta-se, você vai mandar bem. 

Assinto e fecho a porta, deixando minha vida comum do lado de dentro. 

Quando desço do carro, em um café exageradamente bem conceituado de Los Angeles, já noto dois caras sentados do outro lado da rua, com bolsas que parecem aquelas onde se guardam câmeras. 

Contract - 5sosOnde histórias criam vida. Descubra agora