Capítulo 18

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Estou deitada com Petunia no sofá há quase vinte minutos, e não sei dizer qual de nós duas está com mais preguiça.

Aproveitei quando Luke disse que estava saindo, para finalmente sair do meu quarto já que desde o último ocorrido não estamos nos falamos direito. Eu não sei como deveria tratar ele, e enquanto não descubro estou fazendo o possível para evita-lo.

Quando Petunia se levanta e corre para a porta, eu me preparo para voltar para meu quarto e ficar lá pelo resto do dia, pensando que fosse o Luke voltando pra casa. Mas a campainha toca alguns segundos depois, então me levanto sabendo que preciso atender.

Passo minha mão entre os meus cabelos antes de leva-la ao trinco, para garantir que eu esteja ao menos minimamente apresentável considerando que ainda estou com meu pijama que tem uma grande alien estampado na camiseta.

Quando abro a porta, tento fingir um sorriso.

Mas a verdade é que se a lista de pessoas que eu gostaria de evitar continuar crescendo nessa velocidade vou precisar me mudar pra um ilha deserta em alguns meses.

–Izabela. – Calum imita o mesmo sorriso frio do outro lado.

–Oi.

–Eu posso entrar? – ele se escora no batente da porta, e suspira. – Preciso falar com Luke.

–Ele saiu. – aviso.

–Mesmo? – ele fica irritado. – Ah, merda.

–Amn... você pode esperar por ele se quiser. – me lembro de que não posso ser mal educada, principalmente porque ele deve ser quase mais bem vindo nessa casa do que eu. – Entra.

O moreno assente e vem pra dentro, ficando ao lado da coberta que eu estava enrolada há alguns minutos no sofá. Eu também me viro e ocupo um lugar do outro lado do sofá, com Petunia logo nos meus pés.

–Você sabe onde ele se meteu?

–Antes de sair ele comentou alguma coisa sobre uma reunião. Por mim fosse alguma coisa da banda mas aí você ia estar lá também, então não sei.

Calum coça a cabeça, como se tentasse se lembrar de algo.

–Não tenho nada na minha agenda, ao menos não antes da semana que vem.

Balanço os ombros. Não vou ficar surpresa se Luke estiver mentindo pra mim.

–Você parece estressado. – comento.

–Estou tendo um dia de cão, você não faz ideia. – ele reclama.

–Seja bem vindo ao clube.

–O que aconteceu com você? – ele pergunta e até soa real.

Mas de forma alguma nós íamos ter uma conversa desse tipo. Por mais que eu seja tagarela, não vou correr o risco de tornar as coisas mais estranhas ainda entre nós dois.

–Hah, se eu começar... – balanço minha cabeça – Você ia achar que eu sou maluca, e eu me recuso a chorar na sua frente. Já passei vergonha suficiente para a vida toda.

–Que nada. – ele solta uma risada branda.

Quando levanto os olhos percebo que ele está me observando. Sustentamos nossos olhares por mais tempo do que o planejado, ao menos pra mim. Não faço ideia do que estou olhando nele, ou o que ele pode estar vendo em mim agora. A única coisa que eu sei é que me mover, ou desviar os olhos nem passa pela minha cabeça.

Calum é o primeiro a cair na real, ele balança a cabeça e limpa a garganta, o que também me faz despertar. Abraço minhas pernas em cima do sofá, e mantenho meus olhos em qualquer detalhe da sala que não seja ele.

Contract - 5sosOnde histórias criam vida. Descubra agora