Capítulo doze

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Bons meses se passaram, Catra se fechava cada vez mais, a cada investida de Adora ela sentia como se precisasse fugir dali, pois era isso que ela sempre fazia. Fugia de todos os seus sentimentos e obrigações, ela fugia de tudo que te tirava da realidade triste e cruel, tudo que a levava pra um universo tão leve quanto seus sentidos ao presenciar o amor, isso lhe foi te tirado tão cedo, quando a mãe morreu em um acidente, o amor mais puro que ela já pôde experimentar, o amor que ela nunca imaginou perder, não tão cedo. A garota nunca deixou de responder Adora, mas tentava não dar tanta expectativa pra garota que vivia afobada nas próprias, ela gostava muito de Adora e sabia disso, mas nunca admitiria tal sentimento, era errado e ia contra todos os seus princípios sobre se apaixonar. Limpando seu quarto ela viu uma carta caída atrás de sua escrivaninha. Ao abrir viu a letra impressa.

"Dear Srta Grayskull.

Venho por meio desta carta te parabenizar pelo teu aniversário e desejar tudo de bom que eu seria capaz. Brincadeiras à parte, bem, hoje é seu dia e eu realmente espero que tenha sido bom, fiz coisinhas especiais pra deixar ele melhor e eu desejo do fundo do meu coração que tenha te arrancado pelo menos um sorrisinho, eu o amo! Você é uma garota incrível, engraçada, bonita, intensa, feliz e uma personalidade única, eu realmente nunca saberia descrever tudo que eu sinto ao te ver aí na telinha, é como uma conexão... Algo que me prende a ti de uma maneira absurdamenre forte, eu queria que você se sentisse da mesma forma. Pois bem, obrigada por todos os momentos e risadas, você é maravilhosa Catra! Aproveite as surpresas, eu venho logo pra buscar minha pulseira.

Ass: Adora!"

-Sim, eu sinto... -Murmurei observando a pulseira vermelha amarrada em meu braço ao qual ela falava sobre, suspirei pesado.

-Sente o que, cururu?

-Quer me matar, você mata logo, de susto é ruim!

-Se eu quisesse te matar já teria o feito, não me subestime plebéia.

-Eu te odeio, o que faz aqui?

-Também te amo irmãzinha, claro que eu vim te ver! Queria pedir desculpas pelo meu comportamento pesado nos últimos meses... Acabei me tornando tão protetive com a Adora que acabei esquecendo os sentimentos da minha própria irmã.

-Tá tudo bem, eu mereço, fui uma escrota.

-É, mas você melhorou, eu vejo isso. Tudo bem em errar, mas não admitir que mudou é burrice e você é muito burra.

-Eu só fiquei com medo de não ser mesmo o suficiente pra ela, talvez eu realmente não seja...

-Não diga isso, sei que ela é incrível e afins, mas você vale mais do que enxerga Catra, você merece a Adora.

-Não tenho certeza ainda.

-Não insista! Josy está aqui de novo!!!

-Quando será que o papai vai admitir que tá apaixonado? Não aguento mais ver ele negar, tá mais que óbvio

-Sim, tá óbvio que ele é seu pai. Dois lesados.

-Sabia que é errado falar mal dos outros pelas costas, Double? Não estou apaixonado, superem!

-Papai, supera que você não sabe usar gíria atual... Onde tá a Josy? Ela me prometeu ensinar como pintar as unhas daquele jeito!!! -Double correu animade escadas abaixo, um barulho alto e suspeito nos faz acreditar que elu quase escorregou, eu ri baixinho.

-Ela é incrível papai, pq não assume?

-Tenho receio quanto à sua mãe, você sabe.

-Mas... Ela não tá mais aqui a tantos anos. E eu tenho certeza que ela preferiria te ver feliz do que sofrendo pela sua morte por tanto tempo, você sabe que ela te estapearia, não seja teimoso só pq ela não tá aqui de fato, sempre estará em nossos corações.

-Você tem toda a razão, filha. Hoje eu vou me abrir pra ela!

-Esse é o meu garoto!!! Vamos, quero dar oi pra ela e jantar, que fome....

Ela olhou pro quarto pela última vez e viu a carta repousava em seu travesseiro, aquele texto idiota mexeu com os seus sentimentos, tanto quanto aquela loirinha idiota e isso lhe afetava amargamente.

-

Adora se encontrava jogada na cama. Sua mãe chegaria de viagem na próxima semana, e ela chamou os amigos pra uma festa do pijama, apenas os três, como sempre foi. Demorou 15 minutos pra campainha tocar e Adora ir atender rapidamente, abriu a porta com um sorriso majestoso, mas assim que deu de cara com a pessoa em sua porta, seu sorriso murchou completamente.

-Huntara? Que merda você tá fazendo aqui, depois de tudo que você fez?

-Adora, por favor, eu preciso da sua ajuda! Me meti em encrenca de novo...

-Argh, novidade, né? Desembucha.

Além do universo, o meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora