Capítulo seis

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Estávamos novamente no ônibus, eu recostada em Lonnie com Scórpia do meu lado, ambas me acariciavam e era extremamente fofo o jeito que as duas se preocupavam comigo e cuidavam de mim com tanto zelo, notei que pegaram no sono e liguei meu celular, Adora não havia me respondido ainda, pelo contrário, continuava offline desde o momento que desligou nossa ligação. O que aconteceu? Eu realmente fiquei preocupada e digitei uma mensagem rapidamente.

"Adora o que aconteceu? Por que não me chamou mais? Eu fiquei esperando..."

5 minutos e nada. 10 minutos e nada. 15 minutos e nada. Eu estou ansiosa, meu estômago embrulhado e meu fio vermelho estranhamente estava me apertando como nunca, céus! Acho que vou vomitar. Eu estava tão preocupada, onde será que que aquele topetinho se meteu???

"eu estou sentindo sua falta, Adora, me responda!"

Mais 30 minutos e eu finalmente obtive uma resposta seca, ela havia dito "oi Catra" aquilo diminuiu meu ego como uma bexiga sendo estourada pelas minhas garras, não tá certo.

"o que aconteceu com o "oi amor da minha vida" hein loirinha?"

"pergunta pra morena que provavelmente tá aí do teu lado."

"isso aí é ciúmes, Sra Applesauce?? que engraçado"

"não enche, Catra"

"é sério Adora, por que tá agindo estranho do nada?"

"sei lá, só me incomoda, é estranho você deixar eu te ver se agarrando com a sua namorada, não é adequado"

"o que te faz pensar que ela é minha namorada?"

"bem, o jeito que ela te olha e te beija é nítido, você parece retribuir isso muito bem..."

"larga de ser boba, ela é minha melhor amiga"

"amigas não se olham assim e muito menos se beijam assim, preciso sair"

"eu estou indo pra casa, espero que possamos nos falar e eu me explicar quando voltar"

"uhum, claro"

Adora realmente estava com ciúmes, era tão estranho o fato de eu me importar com aquilo e querer me explicar de todas as formas, mas não tinha o porque, já que tudo que tínhamos não passava de provocações e brincadeiras, não é? Meu aniversário era amanhã, 28 de outubro, e eu e as meninas aproveitaríamos a festa pra comemorar, eu estava ansiosa de verdade. Peguei no sono sem perceber e quando acordei as meninas me chacoalhavam avisando que já havíamos chegado, todos gritavam animados, aquilo fervia na minha cabeça ainda dolorida e me direcionei à minha bike, mas a mão inconfundível de Lonnie parou em meus ombros.

-Nananinanão bobinha, eu vou te levar, esqueceu? Depois que deixar suas coisas você vai lá pra casa!! -Se animou me puxando pra pegar a bicicleta. -Mas... Sua cabeça não tá doendo? É, melhor você ficar em casa, muito barulho, muita gente pode te fazer mal...

Notei ela apertar minha cintura com posse enquanto dizia, revezei o olhar de sua mão à seus olhos algumas vezes e sorri debochada, essa garota não tem jeito mesmo.

-Não, eu estou ótima, pode ter certeza. -Sorri e fui abrir o cadeado.

-Te recompensarei mais tarde. -Se aproximou de meu ouvido pra sussurrar aquela frase e pegou delicadamente em meu rosto, mesmo que sua mão seja enorme, ela era delicada e carinhosa, me dando um beijo rápido. -Estou te esperando no carro.

Peguei minha bicicleta e a levei até o carro, Lonnie a colocou na parte de trás com facilidade, abriu a porta pra mim e se dirigiu até o banco do motorista. Essa vai ser uma puta noite e tanto, eu estou pressentindo.

Além do universo, o meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora