Poncho
Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça inacreditável, meu corpo estava dormente, olhei para o lado e vi que o relógio marcava três e quinze da tarde. A casa estava em um completo silêncio.
Ou os caras estão dormindo ainda ou todos saíram. – Saindo desse pensamento resolvi tomar um banho e desci em direção a cozinha, lá encontrei um Kuno escorado na bancada de mármore.
- Bom dia. – Falei meio grogue. – Onde vai todo arrumado assim? – Indagei-o, pois estava com uma camiseta verde água, um tênis preto e uma calça jeans da mesma cor.
- Boa tarde, vou sair com uma garota. – Disse ele com um sorrisinho, deve ser alguém que conheceu na festa ontem. – Acho que você eve conhecer.
- Hmmm, qual o nome da vítima? – Questionei.
- Vou tomar um café com a Annie. – Quando ele falou aquele nome, cerrei os punhos e o encerei tentando controlar a minha raiva, pois ele estava um passo a minha frente e isso não vou tolerar.
- O que? Ela vai sair com você? – Perguntei controlando o tom da minha voz.
- Vai, falei que ela tinha bom gosto. – Falou me provocando. – Bom vou sair, acho que tenho uma aposta para ganhar. – Simples assim, saiu do meu campo de visão e fiquei pensando em tudo aquilo que ele acabara de dizer.
Não pensei duas vezes, resolvi seguir os dois, não poderia deixar ele ganhar, não poderia. Retornei ao meu quarto e vesti uma calça de moletom um tênis cinza e uma camiseta folgada.
Segui os dois até o café da Angel, não lembro o nome do local ao certo, mas a garçonete eu transava com ela de vez em quando.
- Olá senhor capitão, em que posso lhe ajudar? – Questionou Angelique.
- Oi Angel. – Disse. – Gostaria de um chá de camomila com bastante açúcar por favor.
- Vejo que está tenso, alguma coisa de errado no time? – Ela questionou, mas nem dei o trabalho de responder, pois ela viu para onde estava olhado. – Ahh entendi... Bom, já volto com seu chá. – Guardou o bloquinho de anotações e se distanciou.
Fiquei observando os dois conversando, dando risada. Kuno se aproximou dela e ela não recuou. Recua Annie, recua. – Disse meu subconsciente, uma xícara pousa em minha frente, fazendo com que eu desvie o olhar.
- Aqui está Poncho. – Disse Angel e me deu uma piscadela se afastando da mesa. Peguei a xícara e dei um gole na bebida quente e vi um bilhete, desdobrei-o e li o conteúdo.
"Ponchito, quero repetir a última noite, me liga qualquer dia desses. Beijos Angel."
Olhei para o lado e vi a menina passando um pano no balcão assim que percebeu que estava fitando-a fez um sinal de telefone com os dedos e colocou no ouvi balbuciando um "me liga", assenti e voltei meu olhar para frente, os dois estavam levantando e saindo do lugar. Mais que depressa deixei uma nota de vinte dólares e saí em disparada atrás deles.
Caminhavam despreocupados, sem olhar para trás por minha sorte, mas sempre que possível eu me escondia atrás dos carros ou no meio dos calouros e veteranos que passavam por mim. Alguns veteranos me cumprimentavam e queriam falar comigo, mas minha desculpa era que estava atrasado para uma reunião da irmandade.
Avistei os dois indo para o parque que fica perto dos dormitório, possuía várias árvores, em algumas delas era equipado com vários bancos brancos com os pés de metal, tinha um pequeno bangalô com uma pequena escada e rampa de acesso, ali era feito os festivais de dança e música da universidade.
Eles sentaram em um a sombra de uma árvore e vi que conversavam alegremente, quando uma ideia surgiu na minha cabeça. Me aproximei e falei que Dulce Maria a estava procurando e que ela precisa ir urgente. Kuno me lançou um olhar mortífero e por minha vez lancei um sorriso contido de satisfação quando estava agradecendo a tarde de hoje, ela se despediu de nós dois e saiu em disparada.
- Hey Anahí! – A chamei. – Espera! – Ela parou e me esperou.
- O que quer Herrera? – Ela me lançou um olhar bravo, o mesmo que lançou quando se virou para mim.
- Nossa! Calma bravinha, por que me chamou de Herrera? – Questionei.
- Este não é seu sobrenome? – Rebateu e eu assenti. – Então... – Se virou e continuou andando e olhando para os lados procurando a Dul.
Não demorou muito para chegarmos na rua de nossas casas, ela atravessou a rua e nem se despediu de mim e entrou na casa Kappa, fiz o mesmo com um sorriso de vencedor em meus lábios.
- E essa cara de bobo alegre? – Indagou Chris, ele e Ucker estavam jogando uma partida de Fifa na sala de TV. – Gol! Chupa seu otário. – Ucker revirou os olhos.
- Não é nada... – Disse me jogando na poltrona ao lado. – Quem está ganhando?
- Eu. – Respondeu Christian, ele é muito bom nesse jogo. – Quer ser o próximo a chorar com a derrota Poncho? – Indagou-me.
- Pode ser. – Assim que terminei de falar Kuno bateu a porta da frente e eu gritei. – Quebra! Quebra mesmo! É você quem paga!
- Vai se danar Alfonso. – Disse ele chegando na porta sala de TV. – Não basta estragar meu esquema com a Annie...
- Que esquema? – Ucker que até então estava concentrado no jogo olhou para mim e alternou o olhar para Kuno.
- Não é nada. – Lancei um olhar mortal para Kuno que deu de ombros. – É um negócio nosso aí.
- Opa! – Chris se pronunciou. – Olha vocês dois aí, se um de vocês machucarem ou sonharem de machucar minha amiga eu acabo com a raça de vocês. – Assim todos da sala, menos Chris, gargalhamos. – O que foi? Eu acabo mesmo.
- Ok, ok... – Falei recuperando o ar.
Depois disso, pedimos uma pizza, comemos e resolvemos dormir, pois amanhã começariam as aulas e claro que semana que vem os treinos e nessa semana as seletivas para os novos membros.
Entrei em meu quarto, olhei pelo freto da da cortina e vi Anahí dançando com um pijama regata e um calçãozinho, como ela se movia, parecia uma dançarina profissional, fiquei ali observando-a até que fechou a cortina e apagou a luz. Tomei um banho rápido e fui apagar a luz, como estava calor dormi só de cueca.
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TOUCHDOWN
FanfictionA vida é um jogo certo? Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né? E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero. Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...