Acordei por volta de oito e quinze, pois o babaca aqui, esqueceu de fechar a cortina, então raios de sol invadiram meu quarto. Levantei e me espreguicei, olhei para baixo e vi a tal Annie se alongando, provavelmente ela iria correr ou fazer uma caminhada, céus como ela estava gostosa com aquela roupa de ginástica, aquela barriga chapada e aqueles seios que me chamaram a atenção novamente.
Contrariando a recomendação de meus amigos pensei: Essa daí é que eu vou pegar. – Soltei um sorriso malicioso e coloquei uma regata, um tênis e uma calça de moletom e segui para fora.
Chegando no outro lado da casa percebo que ela não está mais lá, olho para os lados e vejo ela virando a primeira esquina a direita, apuro meus passos e enfim a encontro a poucos metros de distância.
- ANNIE?! – Gritei mas ela não me ouviu, resolvi chegar mais perto dela. – ANNIE! – Gritei mais uma vez e ela virou-se para mim tirando os fones de ouvido, mas dessa vez ela não sorriu, aquilo de certa forma me incomodou. – Bom dia! – Dei meu melhor sorriso.
- Bom dia Alfonso. – Disse ela e esboçou um sorriso técnico.
- Tudo bem? – Disse e ela apenas concordou com a cabeça. – Eu vi que estava correndo e vim pedir desculpa pelo ocorrido de ontem. – Ela fez uma cara de que não estava entendo o que estava falando, mas lembrou-se e seu semblante mudou-se para espanto e corou na hora achei tão fofo.
- Aii minha nossa! Você me viu? – Foi minha vez de concordar. – Desculpa não foi minha intenção bisbilhotar você... é que ouvi gritos e achei que podia ser alguém precisando de ajuda, nunca sabemos o que pode acontecer durante a noite, você sabia que 80% dos assaltos e latrocínios acontecem com mulheres e ...
- Hey, calma, respira. – Ela soltou o ar que estava prendendo e corou novamente. – Tudo bem, não precisa se desculpar, foi ideia nossa, nem ligamos para quem podia ver.
- Claro que não você é Alfonso Herrera. – Ela falou baixo olhando para o lado, mas consegui ouvir.
- O que você disse? – Ela arregalou os olhos e corou mais uma vez, achei graça e esbocei um sorriso.
- Nada, não disse nada. – Ela fingiu um sorriso sínico. – Bom tenho que ir, tchau.
- Mas já, não quer tomar um café comigo? – Esbocei meu melhor sorriso, mas logo morreu quando ela respondeu.
- Hmm melhor não. – Disse se afastando.
- MAS NEM ME CONHECE! – Gritei pois ela já tinha uma certa distância.
- POR ISSO MESMO! – Gritou e se afastou de mim, virou mais uma esquina e sumiu do meu campo de visão.
- Não acredito que vi alguém dizer um não para Alfonso Herrera, o grande quarterback. – Disse Kuno se aproximando. – Gostei dessa garota, talvez assim tenha chance com ela.
- Ahh cala a boca! – Disse. – Eu vou conseguir sair com ela e vai ver vou deixar caidinha por mim. – Ele gargalhou e jogou a cabeça para trás.
- Que tal deixarmos mais apimentado? – Questionou-me com um sorriso maquiavélico, tenho medo quando ela faz isso.
- Como? – Perguntei.
- Eu e você, quem conquistar ela e leva-la para a cama primeiro pode pedir o que quiser do perdedor. – Não gostei muito da ideia, mas se eu der para trás vai me chamar de marica.
- Aceito. – Disse estendendo a mão direita e ele faz o mesmo com a esquerda, apertamos em forma de confirmação do nosso acordo. – O que você quer se eu perder? Claro que isso não vai acontecer.
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TOUCHDOWN
FanfictionA vida é um jogo certo? Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né? E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero. Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...