Annie
Depois da prova, eu me senti mais burra do que já me sentia, por mais que eu tenha estudado, um pouco para falar a verdade, se acertei a metade da avaliação estarei dando pulinhos e decretarei feriado nacional.
Estava andando pelos corredores da universidade, mandando mensagem para minha irmã, que daqui uns dias ganhará minha sobrinha.
Mari: E aí como foi na prova?
Annie: De 0 a 10?
Mari: Isso.
Annie: 5, aquela professora é uma bruxa, ela não deixa as meninas estarem que cabelos soltos, francamente estamos no século XXI!
Mari: Kkkk, aii irmãzinha. Estamos com saudades de você.
Annie: Eu também estou, mas no feriado de Fim de ano estarei com vocês.
Mari: Aii que bom! Mamãe falou que vai fazer a famosa torta de carne da vovó.
Annie: Amo aquela torta, já estou imaginando o cheiro.
Mari: Então... Como está indo você e o capitão?
Annie: Estamos bem, confesso que ele sofreu um pouquinho em minhas mãos.
Mari: Um pouquinho? O cara teve que cantar para você, literalmente Anahí, para você aceitar sair com ele.
Annie: Culpada. Mari, estou siando do prédio, vou guardar o celular, por mais que seja monitorado o campus, nunca se sabe.
Mari: Tudo bem maninha. Beijos te amamos.
Annie: Amo vocês também, quero saber logo o nome dessa nossa princesa.
Mari: Tudo bem. Beijos.
Guardei meu celular no bolso do casaco e uma sombra pairou em minha frente, ergui os olhos e dei de cara com Diana.
- Com licença. – Tentei desviar dela, mas ela se intrometeu novamente em minha frente.
- Espera um minutinho queridinha, tenho que te falar uma coisa. – Fiz um esforço danado para não revirar meu olhos.
- Diana, acredito que não temos nada para falar. – Disse me afastando mais uma vez.
- Nem sobre o Poncho? – Ela falou eu fiquei estática no meu lugar e girei meus calcanhares para olhar bem para ela, cruzei meus braços na altura do peito.
- Diga. – Ela esboçou um sorriso sínico. Vadia!
- Então, seu príncipe encantado não é tão encantado assim, ele ... – Ela não conseguiu terminar pois uma voz a interrompeu, virei-me para trás e era Ucker.
- Annie! Ainda bem que te achei, a Dulce está igual uma louca te procurando. – Assim que ele falou soltei um ar de alívio.
- Onde ela está? – Indaguei.
- Bem, ela está na sala do grupo de astronomia. Corre lá. – Disse ele me despedi e saí em disparada.
Chegando ao local, vejo uma Dulce descabelada, correndo de um lado para o outro.
- Dulce? Queria me ver? – Disse assim que adentrei no recinto.
- Não.., Por quê? – Perguntou ela.
- Por nada, Christopher falou que estava me procurando. – Continuei estática no meio da sala.
- Bem, ele deve estar louquinho. Mas já que você está aqui, poderia me ajudar? Estou muito atarefada e tenho uma prova horrível no período da tarde.
- Claro, ajudo sim! – Me prontifiquei.
Assim passamos o resto da manhã, organizamos umas caixas com vários equipamentos de observação. Diz minha amiga que na sexta à noite terá a passagem de um cometa raro, então o grupo queria que todos os que se interessarem pudessem ver esse astro. Depois da organização voltamos para nossa casa, almoçamos e fomos para as nossas aulas da tarde.
Com a chegada de sexta, estava animada com o que iria acontecer, uma noite gélida emanava, mas como estávamos bem agasalhados e eu tinha o Poncho ao meu lado tudo estava bem.
Culpada! Sou uma boba apaixonada.
- Está com frio pequena? – Pergunta meu namorado roçando seus lábios no meu ouvido.
- Só um pouco... Mas estou com você isso é ótimo.
- Que bom que meu calor te esquenta. – Me olhou com um sorriso sugestivo.
- Poncho, tem planos para as festas de fim de ano? – Indaguei-o.
- Hmm, não... Acho que vou passar com a família do Ucker, meus pais finalmente tiraram umas férias do escritório de arquitetura e estão passando as férias no calor do Brasil.
- Hmmm, então... Assim... Se você quiser, pode passar as festas comigo lá em casa. – Fechei meus olhos com medo de sua reação, poderia achar que estamos indo rápido demais.
- Adoraria! – Disse ele me fazendo abrir os olhos e sorrir.
- Sério? – Perguntei atônita.
- Claro minha pequena. – Disse ele envolvendo minha cintura e me dando um beijo demorado. – Já te falei que eu te amo? – Disse ele, isso foi a primeira vez!
- Hmmm, acho que não. – Me fiz de pensativa, mas por dentro estava soltando fogos de artifícios.
- Então... EU TE AMO! – Ele gritou e contraiu alguns olhares para nós, eu corei na hora, não sou muito fã de ser o centro das atenções.
- Eu também te amo senhor capitão. – Disse agarrando seu pescoço e lhe tascando um beijo demorado. – Poncho, se você tivesse aprontado alguma, você me contaria certo? – Indaguei-o relembrando do encontro com Diana no outro dia.
- Claro que sim, por quê? – Perguntou ele.
- Por nada... – Suspirei. – Só curiosidade.
- Mesmo?
- Sim. – Esboçou um sorriso e me beijou apaixonadamente e ficamos agarradinhos vendo o cometa passar no telescópio.
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TOUCHDOWN
FanfictionA vida é um jogo certo? Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né? E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero. Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...