Quando Mick jogou aquela bomba no meu colo, não sabia o que fazer, fiquei alguns segundos encarando ele, retomei os sentidos e virei-me para Poncho, que por sinal Kuno ainda estava lá.
- Isso é verdade? – Indaguei-o.
- Pequena, posso explicar. – Deu um passo na minha direção e eu recuei para trás.
- Isso é verdade Herrera? – Senti meus olhos arderem, ele ficou em silêncio. – ANDA ME RESPONDE! ISSO É VERDADE? – Apontei para Michael. – O QUE ELE FALOU É VERDADE? – Ele não flou nada apenas concordou com a cabeça. – Você é um idiota Alfonso Herrera. – Falei indo na direção dele, dando socos em seu peito, chorando, ele segurou minhas mãos e me fez olhar para ele.
- Por favor Annie me escuta, posso explicar. – Falou olhando no fundo dos meus olhos.
- Não, você não tem que me explicar nada. – Falei com a voz chorosa. – Vocês não precisam me falar nada, não quero mais saber de você nunca mais! Ouviu? Nunca mais. – Saí de perto do círculo de pessoas que se formou, corri muito e fui esbarrando nas pessoas que estavam a minha frente, nem me importei, só queria sair daquele lugar e ficar para o resto da minha vida no quarto.
- Annie, por favor espera. – Escutei Alfonso correr em minha direção e impedir minha passagem. – Deixa eu te explicar, por favor.
[Music on – Back to december – Taylor Swift]
- O QUE VOCÊ QUER? – Vociferei, estava com uma horrenda dor no peito. – Não acredito que eu gastei meu "eu te amo" com você, fui uma tola achando que você me amava também, mas foi da boca para fora não foi?
- Pequena... – Ele falou.
- PARA DE ME CHAMAR DE PEQUENA! VOCÊ NÃO TEM MAIS ESSE DIREITO. – Gritei, senti um aperto no meu coração. – Eu te amava, te levei para conhecer meus pais, você transou comigo na noite natal, eu me entreguei a você, como pude ser tão ingênua em acreditar que realmente você me amava, eu fui uma idiota.
- Annie, por favor... – Tentou mais uma vez.
- Quantas vezes eu te perguntei se você tinha algo para me contar? – Ele abaixou a cabeça. – Quantas vezes ein?! Eu te dei várias chances e você dizia que não tinha nada, NADA! Eu fui muito burra. – Quando pronunciei a última palavra neguei com a cabeça, ele segurou meus punhos, pois estava me distanciando dele, consegui me soltar e dei dois tapas no seu rosto.
Depois de dizer aquelas palavras e bater nele, senti meus olhos marejarem ainda mais, deixei que o pranto tomasse conta do meu rosto, saí de perto dele e escutei ele me chamar, mas não dei bola, atravessei a rua e subi as escadas correndo me tranquei no meu quarto, joguei-me na minha cama e deixei que o choro tirasse a dor no meu peito, acabei dormindo depois de tanto chorar.
No dia seguinte acordei com batidas na minha porta e minhas amigas me chamando, abri a porta e elas entraram, elas me olharam de cima abaixo e me ajudaram a trocar de roupa, conversamos sobre o ocorrido da noite anterior, resolvi apagar Alfonso Herrera da minha vida, queria nunca tê-lo conhecido.
Se sábado foi ruim, imagina na segunda, a notícia se espalhou e por todos os lados via pessoas me olhando e cochichando, sério mesmo que elas não tem o que fazer?
Alfonso tentou várias vezes falar comigo, mas todas as vezes eu fugia, não queria vê-lo nem pintado de ouro na minha frente, muito menos escutara Kuno, que tentou várias vezes se explicar.
Diana, por sua vez, vinha destilar seu veneno, era na quarta- estava com a cabeça cheia, ela falou sobre a aposta, cansei de ser humilhada por todos peguei meu copo de vitamina e despejei tudo na cabeça dela, me senti realizada e depois daquilo ela nunca mais falou um A para mim, ou sobre aquela maldita aposta.
Já era sexta e o jogo seria no sábado, no período da tarde, mais um motivo que não queria assistir esse jogo era ver a cara de Mick, ele me ligou algumas vezes mas quando me diziam que era ele eu não fiz questão de atender. Estava na biblioteca estudando, pois a única coisa que mantinha minha cabeça ocupada era estudar.
[Music on – Back to december – Taylor Swift]
- Annie? – Ergui meu olhar dos livros de legislação do trânsito, esbocei um sorri ao ver quem era.
- Oi Ucker, tudo bem? – Indaguei-o.
- Estou sim e você? – Logo que me perguntou, fez uma careta se lembrando de tudo e dei um risadinha.
- Na medida do possível, estou levando. – Ele sorriu de lado.
- Posso me sentar aqui? – Eu assenti e ele o fez, depois de longos minutos estudando ele quebrou o silêncio. – Annie? – Olhei para ele novamente. – Você tem que falar com o Poncho, ele não está nada bem. Ele, não está conseguindo focar no jogo, sempre pensa em estratégias para tentar falar com você, por favor fala com ele. – Neguei com a cabeça.
- Desculpa Ucker, eu não posso fazer isso. - Falei. – Não, agora.
- Tudo bem, mas ao menos compareça ao jogo amanhã, vai fazer bem a ele. – Não respondi que sim e nem que não, saber eu o time poderia perder, me fez repensar em várias coisas.
Finalmente é sábado o campo de futebol americano estava lotado, de um lado as cores azul e amarela, cores da UCLA, do outro as cores branco e vermelho, cores da US, sentei-me junto das meninas para assistirmos o jogo. A UCLA começou com a posse de bolo, logo marcou o primeiro ponto, o jogo estava acirrado e o time da Universidade de Stanford estava perdendo feio, chegou o intervalo e os times foram para o vestiário, depois de alguns minutos eles voltaram, mas não encontrei Alfonso em campo, nossos lugares eram perto, mas não dava para os jogadores nos verem, isso foi ótimo.
- Meninas, eu já volto. – Falei levantando do meu lugar estava entre Maite e Dulce.
- Onde você vai? – Indagou-me Maite.
- Preciso fazer uma coisa. – Ela assentiu e voltou seu olhar para o campo, vi que os times estavam conversando, segui em direção ao vestiário, chegando na porta, parei e respirei fundo, entrei e vi que Alfonso estava virado de costas, com a cabeça abaixada.
- Alfonso? – O chamei. – Posso falar com você?
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TOUCHDOWN
FanfictionA vida é um jogo certo? Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né? E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero. Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...