XV

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Poncho

Mas que bosta! Quase beijei a Annie na frente de todo mundo, se não fosse pela chegada da namorada do Derrick, eu tinha a beijado, parecia que meu corpo emanava aquilo, que necessitava disso.

Depois daquela sexta-feira, eu simplesmente não tive tempo para ver Anahí, por sorte Kuno também, o treinador começou a pegar pesado nos treinos com nós, pois ano passado ficamos em segundo lugar na chave geral e aquilo fez com que ele ficasse putasso com o nosso time, e não tiro a razão dele. Eu como capitão deveria nos levar a vitória, mas esse ano seria diferente, nós ganharíamos essa porra toda.

Mais três longas semanas se passaram e nelas várias coisas aconteceram, aconteceu a festa na fogueira na qual se dava início a temporada de vários jogos, como o basquete, o handebol, o hóquei e claro o meu pupilo: o futebol americanos.

Lá estava eu com meus colegas de time perto do treinador, ouvindo suas palavras de boas-vindas para os times, quando a vi. Ela usava uma calça colada em seu corpo, com uma bota que iria até os joelhos e um casaco, como já estávamos em meados de setembro o ar já estava gélido.

Olhei analisando outras garotas vi que ela não era como as que eu estava acostuma, meu coração simplesmente gostava dela, se sentia aquecido quando ela gargalhava, sento um sentimento estranho quando outros rapazes chegavam perto dela e faziam a rir.

Eu acho que estou apaixonado, não acho eu tenho certeza eu estou apaixonado por ela, droga isso me faz lembrar a maldita aposta. Se eu recuasse, Kuno iria ficar com tudo o que eu tinha conquistado. Merda! Por que fui aceitar aquilo?

O treinador terminou de falar e disse para aproveitarmos bem a festa, pois os treinos iriam se intensificar a partir de amanhã, quando voltei olhar pela multidão não consegui encontrar, então saí do tablado e uma mão feminina segurou meu braço.

- Hey Poncho! – Era Diana. – Esse ano você ganham né? Ano passado vocês quase chegaram lá. – Disse com uma voz manhosa mexendo no meu casaco do time.

- Oi, tomara. – Disse seco, desde a festa antes do início das aulas eu transei com ela algumas vezes. – Eu tenho que ir, vou encontrar uma pessoa.

- Ahhh claro a sem sal da Anahí. – Disse ela com desdém. – Não sei o que vocês rapazes veem nela, ela é muito... – Aquilo foi me dando uma raiva, mas me conti.

- Lava sua boca com sabão para falar dela. – Esbravejei. – Ela é muito melhor que você e sinceramente você é uma oferecida. – Saí de perto e escutei ela soltar algumas coisas, mas não dei a mínima e sai em disparada tentando encontrar Anahí.

Procurei por alguns minutos e várias meninas me paravam no meio do caminho, querendo minha atenção. Se não estivesse com o pensamento em Anahí com certeza eu iria pegar uma e levar para minha cama.

Avistei Anahí com um cara que era do time de basquete, visivelmente bêbado, chegando nela e a mesma recuando para longe, percebi que ele agarrou ela pela cintura e tentou a beija-la, não aguentei ver aquilo e fui em direção aos dois.

- E aí Jhosh! – Cumprimentei o jogador. – Annie, estava te procurando. Preciso falar com você. – Disse puxando ela para perto de mim, mas o babaca segurou seu braço.

- Poncho! Poxa deixa umas para mim, cara. – Falou trazendo seu corpo para perto do meu e o bafo de álcool. – Só você e o Kuno tem a chance de se divertir com ela? – Disse ele e eu franzi o cenho não entendendo o que ele estava dizendo. – Ahhh não se faça de idiota, você sabe do que eu estou falando. – Foi aí que a ficha caiu, mas como ele sabia?

- Vamos Annie, vamos sair daqui. – Ela então concordou com a cabeça e tentou se soltar do braço dele, mas ele não o fez, puxando-a para mais perto dele, mas quando me dei conta Jhosh estava ao chão com a mão em seu pênis.

- Aii meu Jhoshinho, meu Joshinho. – Dizia Jhosh

- Awnn desculpa. – Disse ela, colocando uma das mãos na bochecha, fazendo um tom de debochada, confesso que ri da situação. – Acho que machuquei seu precioso.

- Sua... Isso não vai ficar assim! – Disse ele ainda no chão, aquilo me deu uma vontade imensa de socar a cara dele, porém não o fiz, pois ela já tinha batido no lugar onde o sol não bate.

Peguei a mão dela e um choque percorreu pelo meu corpo, cada toque era a mesma sensação e tirei ela de perto do babaca jogado ao chão. 

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