XVI

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Desde a festa não vi mais ela, eu queria muito ver Anahí, porém não sabia como, peguei meu violão, claro que minha vida não poderia ser mais clichê se eu não tocasse violão, dedilhei algumas notas conhecidas e comecei a cantar.

[Música on – Quisiera ser – RBD]

Poncho: Me duele tanto ser solo un amigo
Cuando me muero por estar contigo
Annie: Quisiera...

Poncho: ser una canción

Annie: Para...

Poncho: tocar tu corazón solo una vez
Quisiera ser todo lo que tocas tú
Por favor

Poncho e Annie: Como quisiera ser la lluvia en ti
Cayendo sobre tu piel
Como quisiera ser el sol en ti
Y estar en donde estés
Como quisiera ser el cielo sobre ti
Para verte amanecer
Para tenerte siempre muy cerca de mí
Como quisiera ser

Poncho: Me duele tanto verte en otros brazos
Y que no sepas cuanto es que te amo


Annie: Quisiera ...

ser tu sabanas
Annie: Para...

poderte acariciar
Solo una vez
Quisiera ser todo lo que tocas tú, por favor

Poncho e Annie: Como quisiera ser la lluvia en ti
Cayendo sobre tu piel
Como quisiera ser el sol en ti
Y estar en donde estés
Como quisiera ser el cielo sobre ti
Para verte amanecer
Para tenerte siempre muy cerca de mí
Como quisiera ser

[Música off – Quisiera ser – RBD]

Não vi a hora que ela adentrou na sala de estar, mas nossas vozes se encaixaram perfeitamente, como se aquilo estivesse ensaiado.

- Olha só, quantas coisas não sabia sobre você capitão. – Disse ela admirada, com um sorriso lindo.

- O que faz aqui? – Questionei deixando o violão ao meu lado no sofá.

- Eu estava procurando o Chris, mas não encontro em nenhum lugar. – Disse dando de ombros. – Ahh e obrigado por me defender, aquele dia na festa da fogueira.

- Não a de que. – Respondo – E o treinador mandou ele ir para a área de musculação. – Disse por fim e ela silabou um ahh! com a boca. – Mas e aí ainda não aceitou meu convite para um café lá do início do ano.

- Certo, vou te dar uma chance de te conhecer, fale sofre você. – Quando ela falou isso eu abri minha boca várias vezes, mas não saia nada e ela soltou um riso nasalado. – Típico, nenhuma menina te pediu isso não é garotão?

- Bem... – Iniciei a falar. – Não, era só eu dar um sorriso que já caiam aos meus pés.

- Isso é repugnante Herrera! – Exclamou.

- Annie? – Falou alguém que assustou ela, olhei por cima dos braços dela e vi Christian e Christofer na porta da sala.

- Chris! – Ela levantou correndo e foi abraçar o amigo, como queria que esse abraço fosse meu. – Preciso falar com você e tem que ser agora.

- Tudo bem, vamos no praça aqui perto. – Vi ela assentindo e saíram do meu campo de visão.

Escutei uma risada e olhei na direção dela, percebi que Ucker estava gargalhando, franzi o cenho sem entender.

- O que está dando risada o hiena? – Perguntei para ele.

- Eu nada, só estou vendo um bobo apaixonado na minha frente. – Disse ele. – Você está caidinho por ela, confessa cara.

- De onde você tirou isso? – Falei para ele com tom de deboche.

- Eu não tirei de lugar nenhum, eu te conheço Poncho a mais de três anos, eu sei que você está gostando dela, pois não age assim com mais nenhuma menina. – Ele suspirou. – Você tem o mesmo olhar que eu tenho pela Dul, cá entre nós eu sou caidinho pela ruivinha. – Faz algumas semanas que eles estão juntos oficialmente.

Lembro-me de ajudar ele, nos preparativos para pedir ela em namoro, nós enchemos o quarto dele de balões em forma de corações vermelhos escrito eu te amo, ele estava muito nervoso, mas por fim ela disse sim.

- Eu preciso te contar uma coisa. – Disse a Ucker, que assim assentil. – Em julho... – Contei tudo a ele, que escutou atentamente.

- VOCÊS DOIS SÃO IDIOTAS? OU O QUE? – Gritou meu amigo, eu fiz sinal para que ele falasse um pouco mais baixo. – Você ficou maluco? Colocar tudo a perder por conta de uma aposta boba, para o ego inflado de vocês?

- Eu sei que fiz burrada em aceitar, mas poxa... Ele me tira do sério se achando o maioral. – Falei e meu colega revirou os olhos. – O que eu faço agora?

- O que seu coração diz para fazer? – Me indaga.

- Eu não sei, ao mesmo tempo que fala para eu deixar essa aposta de lado, mas ele me diz que vou perder tudo que conquistei com suor. – Deitei no encosto do sofá e passe as mãos pelos meus cabelos. – E sabe qual é o pior? – Em resposta Ucker negou com a cabeça. – Eu quero falar para ela quem eu sou de verdade, mas não sai palavras, alguma. Eu nunca precisei falar sobre mim para uma garota é só lançar um sorriso maroto e elas já caem de quatro. – Suspirei.

- Já que não sai palavras, usa seu dom e canta para ela. – Franzi o cenho e deixei que aquelas palavras fizessem efeito em minha mente e pensando bem...

- Isso não é uma má ideia. – Disse com um enorme sorriso no rosto. – Vou fazer isso agora. – Peguei meu violão e fui direto para meu quarto no piso superior da casa. 

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