Saí às pressas da praça, definitivamente gostei de passar o fim de tarde com Kuno, mas quando vi Alfonso me chamando senti algo diferente, não sei ao certo o que era.
Assim que subi as escadas, comecei a chamar por Dulce Maria.
- Dul?! – Exclamei umas duas vezes e ela apareceu saindo do quarto de Maite.
- Diga Annie. – Ela falou.
- Me disseram que estava me procurando o que foi? – Disse a ele e se seu semblante foi de completa confusão.
- Eu não estava te brocurando... – Falou.
- Droga Herrera! – Exclamei.
- Ué o que o Poncho tem a ver com isso? – Pergunto Maite.
- Estava na praça, perto dos dormitórios com Kuno e ele apareceu dizendo que você, - apontei para Dulce – estava me procurando. – As duas riram e foi minha vez de franzir o cenho, sem entender nada.
- Se não conhecesse bem o Alfonso, eu diria que ele está com ciúmes. – Falou Maite e Dul concordou.
- Ele é um completo idiota. – Continuei e elas concordaram com um sorriso no rosto.
Ficamos conversando até a hora do jantar, fui para meu quarto tomar banho, estava sem fome então vesti meu pijama de bolinhas amarelas, arrumei meu cabelo em um coque e resolvi dormir, pois no dia seguinte começariam as aulas e definitivamente eu me tornaria uma universitária.
Acordei com o soar do meu despertador ele marcava sete e quinze, fui ao banheiro fiz minha higiene matinal e coloquei uma calça fler preta, uma sapatilha da mesma cor, e uma camisa social branca. Queria mesmo causar boa impressão no meu primeiro dia, vai que eu conseguia um estágio já no primeiro ano. Tomei meu desjejum e segui rumo ao prédio de Direito.
Como já havia explorado o imenso campus, conhecia-o com a palma da minha mão, então avistei vários universitários andando apressadamente, acabei batendo em alguém.
- Aii minha nossa! Desculpa. – Exclamou a menina que eu havia batido. – Estou tão perdida e tão atrasada. – Vi aflição em seu rosto.
- Não tem problema. – Esbocei meu melhor sorriso. – Está indo para onde? Talvez eu posso lhe ajudar.
- Aii seria ótimo! – Observei tranquilidade em suas afeições. Era uma menina alta, com cabelos claros, os olhos eram verdes e era um pouco rechunchudinha. – Prazer me chamo Estefania, Estefania Villareal. – Disse em meio a um sorriso.
- Prazer, me chamo Anahí Puente Portilla. – Retribui o sorriso. – Mas pode me chamar de Annie, se me chamam de Anahí parce minha mãe me brigando. – Ela gargalhou.
- Bom meus amigos me chamam de Estef, se preferir pode me chamar assim. – Continuamos andando pelo campus até o prédio de direito.
Ao chegarmos lá, observei que ele era majestoso, com ar de tribunal, uma enorme escada que levava para a porta de entrada, havia pilares que sustentavam a parte frontal do prédio. No pátio a frente havia uma enorme estatua com uma mulher sentada e vendada, segurando a balança da justiça.
- Qual a sua primeira aula? – Indaguei Estef.
- Introdução ao direito civil e o seu? – Rebateu ela.
- Introdução ao direito familiar. – Ela assentiu. – E a sua segunda?
- Introdução ao direito penal e a sua? – Eu abri um largo sorriso e respondi que também era. – Aii que ótimo, nos vemos na segunda aula. – Ela falou. – Bom, tenho que ir, ainda preciso achar minha sala. – Nos despedimos e cada uma foi para um lado do corredor.
Chegando na sala, que seria minha por longos seis meses, acomodei-me em uma cadeira. A sala não haviam carteiras e sim grandes mesas, dispostas em escadas, cada "degrau" havia uma mesa com 20 cadeiras. Mais acima haviam grandes janelas que deixavam o lugar bem claro. Alguns minutos se passaram e um professor de cabelos claros e olhos claros adentrou na sala.
- Bom dia a todos, me chamo professor Madariaga. – Falou de costas para nós escrevendo seu nome no quadro, ele era bem bonito por sinal, estava usando uma camisa branca um blazer preto, sua calça social também era da mesma cor e seu sapato combinando com a calça. – Sou professor desse departamento...
Uma voz masculina me tirou a atenção do professor, para ser voltada para ela.
- Ele é muito gato. – Falou a pessoa ao meu lado e eu concordei. – Prazer meu nome é Aaron e você é ... – Indagou-me.
- Anahí. – Esbocei um sorriso e ele retribuiu.
- Antes que você pergunte, sim eu gosto de banana. – Eu corei e ele gargalhou baixinho, para que ninguém escutasse.
- Mas eu não ia pergunta. – Cochichei.
- Não agora... – Ele deu uma piscadela e voltamos a atenção para o professor.
A aula transcorreu tranquilamente, logo o sinal bateu e recolhi meus materiais e Aaron ficou me esperando, durante a aula nos tornamos uma espécie de amigos, descobri que ele veio de Nova York, que seus pais moram lá e que ele veio para cá fugindo dos olhares de sua família, pela opção sexual que ele tem. Seus pais não aceitaram bem essa situação, então ele pensou que quanto mais longe deles melhor. E o mais engraçado é que os avós aceitaram a notícia melhor que os próprios progenitores. Como isso? Eu não sei.
- Bom, tenho que ir. – Ele me tirou dos meus pensamentos. – Tenho aula de Introdução ao Direito Civil. – Ele me deu um abraço. – Até mais Annie. – Me deu um piscadela e seguiu na direção oposta a minha.
Andei por alguns metros e adentrei na sala, assim que notei Estef e ela me notou, abri um enorme sorriso e ela fez sinal para que eu sentasse ao lado dela, e a sala era idêntica a primeira. Uma mulher de cabelos cheio de gel, entrou na sala e foi logo dando ordens.
- Me chamo professora Julia, não gosto de cabelos soltos em minha aula, todas devem estar de cabelos presos. – Olhei para Estefania incrédula. – Vou dar essa matéria para vocês ...
- Meu senhor, mau começa as aulas e ela já vem dando ordens. – Disse em meio a um cochicho para a minha colega e ela concordou. Uma batida na porta fez com que a tirana da professora Julia se calasse e abrisse a porta.
- Senhorita Boyer, atrasada já no primeiro dia? – Indagou com sarcasmo a menina, que até então não vi quem era. – Tenha a honra de entrar e se sentar. – Assim dando passagem para ela, vi que era a Agelique, a garçonete do café, ela subiu apressadamente as escadas laterais e se sentou ao meu lado.
- Megera. – Ela falou baixinho e olhou para mim. – Hey! Anahí certo? – Perguntou e eu concordei.
- Olá! – Disse em um sorriso. – Acredita que reprovei dos anos nessa matéria, essa professora me odeia.
- Nossa dois anos? – Indagou Estefania. – Ahh prazer Estefania. – Estendeu a mão e Agelique fez o mesmo e fizeram um cumprimento de aperto de mãos.
- Sim, ela é uma megera, cá entre nós é falta de sexo. – Tampei minha boca para que minha gargalhada não saísse.
- As senhoritas podem me dizer o que é tão engraçado? – Professora Julia cruzou os braços na altura do peito. – Não vão dizer? Ótimo! Me digam qual é a primeira regra de uma defesa?
- Que todos são inocentes antes que prove ao contrário. – Respondi logo em seguida, a professora virou-se para o quadro e escreveu suas formas de avaliação.
Com o fim da aula saímos todas apressadamente, não só nós como todos da sala, definitivamente aquela matéria iria me dar dores de cabeça horríveis.
Depois das aulas voltei para a fraternidade e descansei o resto da tarde e com a chegada da noite, resolvi assistir um filme e depois dormir, pois o dia seguinte seria longo.
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TOUCHDOWN
FanfictionA vida é um jogo certo? Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né? E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero. Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...