XXI

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Annie

Tentei abrir meus olhos mas a claridade que emanava não permitia tal ato, fossei-os mais uma vez e vi tudo branco.

Será que eu morri? Está tudo branco.

Então foi aí que escutei uma voz, aquela voz eu conhecia muito bem.

- Annie? – Era Poncho, estava ao meu lado, olhei no fundo de seus olhos verdes.

- O que faz aqui? – Questionei, tentando me sentar, mas tudo girou e deitei-me novamente.

- Não se esforce, vou chamar o médico. – Não pude nem contestar e ele saiu em disparada do quarto, olhei ao redor era tudo branco, paredes, piso, lençóis... Tudo, havia uma mesinha de cabeceira com algumas gavetas e uma maca, percebi que tinha um prendedor que estava em meu dedo. Não demorou muito e Poncho voltou com o médico, era um senhor grisalho de usava óculos redondos.

- Bom, vejo que está bem melhor. – Disse o médico. – Você deu um susto em seus amigos. – Esbocei um sorriso mínimo. – Já que está tudo ok com seus exames, vai ficar em observação por algumas horas e será liberada ok? – Assenti e ele saiu com sua prancheta porta a fora.

- Soube que teve uma discussão com Diana. – Assenti. – Qual foi o motivo?

- Você. – Disse sussurrando, ele me olhou com espanto. – Por sua causa aquela louca, entrou no meu quarto e destruiu ele, ELA destruiu o último presente que meu avô tinha me dado. – Tentei segurar as lágrimas, mas foi em vão, ele me envolveu em seus braços e me permiti chorar.

- Hey, pequena fica assim não. – Ele afagou meus cabelos, gostei tanto daquele toque. – Eu... Eu quero te pedir desculpas. – Me afastei ao ouvir aquilo.

- Quem é você? E o que fez com o Alfonso Herrera? – Disse em tom brincalhão, ele me empurrou de leve, nós rimos.

- É sério, sinto que o que nervosismo que você passou hoje, foi por causa de ontem à noite. – Esbocei um ahh com a boca e abaixei minha cabeça. – Annie, por favor, olha para mim. – Ele pegou meu rosto e me fez olhar para ele. – Eu sinto algo por você, não sei o que é, mas meu coração acelera quando estou com você, quando penso em você. – Fitei o fundo de seus olhos esverdeados.

- Poncho, eu... Eu não sei o que te dizer. – Suspirei. – Eu sinto o mesmo que você, mas eu não quero ser uma de suas coelhinhas, eu não quero isso para mim, entende?

- Eu te entendo. – Respondeu ele. – Me dá apenas uma chance, se não me der eu canto no meio do corredor, igual da última vez. – Disse ele com um sorriso sacana em seus lábios.

- Só se me prometer uma coisa. – Ele assentiu, assim me fazendo prosseguir. – Eu não quero te dividir com outras e você nunca vai mentir para mim.

- Eiii! – Exclamou ele. – Foram duas coisas, mas sim eu prometo. Serei só seu e você só minha. – Abri um sorriso e ele me beijou, me fazendo deitar na maca, começou a passar uma de suas mãos pela minha coxa.

- Herrera! – Dei um tapa em seu ombro. – Aqui não!

- Se você soubesse que estou a fim de fazer isso desde quando eu te olhei pela primeira vez. – Disse ele pressuroso, encostando sua testa na minha. – Mas tudo ao seu tempo. – Disse me dando um selinho demorado.

O médico me deu alta, liguei para meus pais que ambos tiveram um mini infarto, pois não era a primeira vez que isso acontecia, Poncho me levou até a minha casa, ajudou-me a descer do carro e me conduziu até o meu quarto. Adentramos nela.

- Bom esse aqui é meu quarto. – Disse a ele abrindo meus braços. – Aqui onde o meu popô descansa. – Ele riu, com minha analogia.

- Ele é mais bonito do que eu imaginava. – Olhou ao redor, pelo visto as minhas amigas arrumaram tudo enquanto estava no hospital, em seguida abraçou minha cintura e me beijou apaixonadamente, acabamos deitando em minha cama e uma batida na porta acabou totalmente com o clima, Poncho afundou sua cabeça em meus cabelos e suspirou profundamente e eu soltei um: Já vai, me afastei do seu calor e uma sensação gélida percorreu meu peito.

TOUCHDOWNOnde histórias criam vida. Descubra agora