A vida é um jogo certo?
Como em um jogo de futebol devemos prever possíveis lances, né?
E se algo desse errado, deveríamos recomeçar do zero.
Se sua resposta foi em unanime um sim, te digo que está redondamente errado, não podemos prever as rastei...
Acordei, vesti uma roupa de frio, coloquei uma calça de moletom, uma blusa preta e um tênis da mesma cor da blusa. Depois de pronto desço as escadas e vou para a cozinha, onde a mãe de Anahí falou que estaria um café me esperando.
Chegando lá, vi o pai de Annie, sentado em uma cadeira, a cozinha era bem bonita, geladeira e fogão de inox, uma ilha que servia como mesa, banquinhos altos brancos para acompanhar o móvel.
- Bom dia rapaz. – Disse Enrique com um jornal em mãos.
- Bom dia senhor Puente. – Respondi.
- Sente-se e coma, meu jovem. – Falou me olhando, então foi o que eu fiz. – Então, foi você o rapaz que cantou para minha filha? – Indagou-me, me recordei do ocorrido de algum tempo atrás.
- Sim, senhor. – Disse a ele. – Confesso que não foi fácil conquistar sua filha. – Esbocei um sorriso.
- Ela puxou isso da mãe. – Sorriu largo. – Mas confesso que isso foi fácil, perto do que passei nas mãos de Marichelo. – Ele começou a falar como eles se conheceram e o que ele teve que fazer. – Então o senhor teve que participar do festival de música da Universidade? Uau, para fazer isso tem que ter muita coragem. – Ele assentiu e tomamos nosso café.
- Bem, vou na garagem arrumar algumas coisas no antigo carro do meu pai, quero dar de presente para a Annie. – Ele falou e assenti.
- Ela deveria amar esse avô. – Tiro minhas conclusões e homem a minha frente concorda, ele levantou-se e foi até a porta, parou alí e virou para mim.
- Você quer me ajudar? – Indagou-me, assenti com a cabeça e abriu um sorriso.
Ficamos uma boa parte da manhã, mexendo no carro, conversamos sobre o time e sobre a liga nacional, ele me deu algumas dicas de estratégia que ele usou quando ganharam o campeonato de 92, fiquei admirado, ele daria um ótimo treinador, pois o que nós temos vai se aposentar no final do ano letivo.
- Alfonso. – Ele me chamou saindo debaixo do carro. – Por um acaso poderia ir buscar a chave mestra lá dentro da casa, é só pedir para a Anahí que ela vai te dar. – Assenti e fui buscar o que fora me solicitado.
Chegando lá escuto um soar de campainha, e a mãe de Anahí sai da cozinha com um pano de prato nas mãos.
- Ahh Poncho querido, se importa de atender a porta? – Assenti e fui abrir, estava parada à minha frente uma menina de cabelos longos e pretos, eles eram ondulados, tinha olhos escuros e pele clara.
- Cordélia querida! – Exclamou dona Marichelo, foi abraça-la.
- Tia Mari! – Retribuiu o abraço. – Onde está a Annie?
- Lá em cima, ela vai adorar te ver quando acordar. E por favor avisa que estou esperando as duas para tomarem café? – Ela assentiu e me deu as costas, mas antes disse bom dia e seguiu para o andar de cima. – O que você querido? – Indagou-me Marichelo.
- Eu preciso de uma chave mestra, para levar na oficina. – Ela concordou com a cabeça e sumiu do meu campo de visão, em segundos retornou com a ferramenta em mãos, entregou-me e eu agradeci.
Voltando para o locar em que estava antes, trabalhamos mais um pouco e o carro estava quase pronto, Enrique queria entregar o carro no natal, então já havia feito um bom tanto nos últimos meses, entrando na casa ouço uma voz conhecida.
Caminho em direção a entrada e meu queixo quase cai e um pensamento ronda minha cabeça:
O que esse imbecil faz aqui?
❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤
Me deu a louca e resolvi fazer uma maratona. 🤭🤭🤭
Espero que tenham gostado.
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