VII

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Annie

No dia seguinte acordei por volta do meio dia, levantei coloquei uma jardineira preta, que continha um calção ao invés de calça na parte de baixo, uma camiseta branca e uma sapatilha na mesma cor da jardineira. Fui ao banheiro, fiz minha higiene bucal e arrumei meus cabelos em duas trancinhas na lateral que atrás da cabeça se encontravam formando um arco.

Como era domingo, as meninas da casa estavam dormindo ainda, deveriam ter dormido muito tarde, desci as escadas e fui em direção a cozinha, me deparei com um homem de costas para mim, tinha os cabelos na cor castanha, me aproximei dele e disse:

- Bom dia! – Ele deu um pulo e eu gargalhei.

- Bom dia! – Falou assim que se virou para ver quem era. – Bom dia! Annie... Certo? – Indagou-me e eu concordei.

- E você é o Ucker? – Fiz uma expressão de quem estava se lembrando de algo.

- Isso aí loirinha. – Esboçou um sorriso. – Bom vou voltar lá para cima, a Dul deve acordar a qualquer momento. – Me lançou uma piscadela e saiu em direção a porta, o acompanhei com o olhar e neguei com a cabeça. Lembrei de quando Dulce Maria falava dele, eu sabia que ela gostava dele, mas não queria admitir.

Cansada de andar só pelo campus, resolvi que hoje iria conhecer os arredores do mesmo. – O que me aguarda do lado de fora dessa fortaleza de pedra? – Questionei-me, subi ao meu quarto e peguei meu celular e algum dinheiro, resolvi que iria tomar café fora da irmandade.

Andei por cerca de 20 minutos e avistei uma avenida que ao meu ver tinha de tudo, desde lojas de pequenos reparos a pubs. Caminhei mais um pouco e avistei um café, ele se chamava Lily's caffe.

Adentrei no mesmo e fui até o balcão, fiz meu pedido e sentei-me em uma mesa, não pude deixar de ver a decoração do local. As paredes tinham uma coloração bege, as cadeiras tinha um estofado vermelho e eram de madeira, assim como as mesas que tinham formas arredondadas, sentei em uma mesa que ficava ao lado da parede de vidro que dava para ver a avenida.

- Com licença. – Saí de meus pensamentos quando uma voz feminina me chamou. – Aqui está seu pedido senhorita. – Disse a atendente. – Precisando de algo só chamar por mim, me chamo Anrelique. – Esboçou um sorriso.

- Obrigada, sem senhorita por favor. Pode me chamar de Anahí. – Eu sorri. – Obrigada Anrelique. – Assim que falei ela foi atender outra mesa.

Pedi um Browne e um cappuccino, assim que terminei paguei-o e voltei ao campus. Quando estava perto das republicas, uma voz me chamou;

- Anahí! – Virei-me e dei de cara com Kuno. – Oi! – Disse assim que se aproximou de mim.

- Hey Kuno! – Esbocei um sorriso. – Tudo bem?

- Sim e você? – Rebateu a pergunta, e concordei com a cabeça. – Eu te vi andando e queria saber se gostaria de tomar café comigo?

- Ahh desculpa, eu acabei de vir de um café agora. – Disse e sua feição de felicidade mudou para uma de decepção.

- Não tem problema. – Deu de ombros. – Mas aceita sair mais tarde? – Franzi o cenho. – Como amigos. – Relaxei minha face e esbocei um sorriso antes de responder.

- Claro, podemos sim. – Parece que vi um olhar totalmente alegre emanando do rosto do rapaz. – Bom nos vemos mais tarde, às quatro da tarde? – Indaguei-o.

- Perfeito, até as quatro. – Se despediu com um beijo na minha bochecha, achei muito estranho esse ato, não dei intimidade nenhuma para fazer isso.

Assim que entrei na casa, Diana estava na sala de estar gritando.

- COMO ASSIM PAPAI?! – Disse ela andando de um lado para outro do recinto. – O SENHOR NÃO PODE FAZER ISSO! NÃO PODE! – Resolvi deixar ela e seus gritos para trás e fui em direção ao meu quarto, assim que estava entrando nele Dulce Maria apareceu me dando um susto.

- Achei você! – Disse ela e eu pulei, fazendo ela gargalhar. – Onde a senhorita estava, hein? – Me questinou, senti um tom de malícia em sua voz.

- Fui dar uma volta fora do campus, vi um café e resolvi ficar por ali mesmo. – Disse entrando no meu quarto e minha amiga me seguiu.

- Hmmm sei. – Disse se jogando em minha cama. Eu, ela e Mai cultivamos uma amizade incrível durante esse período que se passou, amo a companhia delas, elas me lembram minha irmã Mari.

- Pelo jeito a noite foi boa né? – Olhei para ela com as mãos na cintura, arqueei as sobrancelhas e vi uma Dulce Maria vermelha igual o seu cabelo.

- Você viu ele né? – Apenas concordei com a cabeça.

- Não só vi ele hoje cedo na cozinha, quanto vi vocês dois na sala de estar. – Quando proferi aquelas palavras, ela ficou mais vermelha ainda.

- Aiii minha nossa! Annie! – Ela soltou um suspiro longo.

- O que vocês dois tem? – Pergunto.

- Só atração carnal, nada demais. Sexo casual. – Deu de ombros.

- Sabe que não acho isso. – Disse para ela sentando em minha cama. – Sempre quando vejo vocês dois juntos, vejo seu olhar brilhar quando olha para ele. – Disse para ela.

- Claro que não Annie, já está delirando. – Levantou-se da minha cama em um pulo. – Bom eu vou... vou... Fazer umas coisas, até mais. – Saiu do meu quarto mais rápido que o Flash, sorri e neguei com a cabeça.

Com a chegada da hora de sair com Kuno, fui ao banheiro tomei um banho, vesti um shorts jeans, um tênis branco e uma blusa fina de manga longa, sentia muito frio em meus braços, arrumei meu cabelo em uma trança lateral passei uma base e um pó compacto e um batom nude.

Tivemos um fim de tarde bem legal. Estávamos conversando em uma pracinha dentro do campus e alguém me chamou.

- Annie! – Assim que virei para trás dei de cara com Alfonso, o sorriso que estava em meu rosto logo se desfez.

- Olá Herrera. – Disse. Droga por que estou brava com ele? Só por ter visto ele com Diana, definitivamente Anahí você está enlouquecendo. – Indaguei-me e me repreendi.

- Fala aí Poncho. – Foi a vez de Kuno se pronunciar, percebi que estava com caras de poucos amigos. – O que você quer?

- Clama! – Disse ele levantando as duas mãos na altura da cabeça em forma de rendição. – Só vim avisar que Dulce estava te procurando... – Fez uma pausa – Ela está te procurando pelo campus inteiro, acho melhor você ir atrás dela. – Assenti e me levantei do banco branco.

- Adorei a tarde de hoje Kuno. – Disse com um sorriso em meu rosto. – Bom, nos vemos por aí. – Finalizei dizendo para os dois e saí em direção as ruas que dava para a fraternidade. 

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