BROKEN, billy hargrove

Capítulo 27 - Conversa

Billy Hargrove

Abrimos os envelopes, olhei para Olivia, que me olhava esperando uma resposta. Senti meu coração palpitar, evitando olhar para o papel em minhas mãos. Olhei para a folha e abri, lendo atentamente cada linha.

- Eu passei! - disse sorrindo, intercalando o olhar entre Olivia e o papel - eu passei!

- Isso é maravilhoso! - ela sorriu me puxando para um abraço apertado - parabéns!

- O que diz o seu?

- Ah, a gente pode ler depois - sorriu sem graça

- Ei, não precisa ficar com medo - segurei sua mão - se você passar, ótimo, senão a gente dá um jeito!

Ela assentiu, respirando fundo. Abriu o papel e fechou os olhos, os abrindo lentamente para ler o que estava escrito. Seus olhos rolaram pelas letras e levantou sua cabeça me encarando assustada.

- Ai meu Deus! - ela sussurrou, me deixando preocupado  - eu passei! Eu passei, Billy!

Sorri e a abracei. Ela se levantou eufórica e começou a pular de alegria, parecia que ia explodir de tanta felicidade. A garota começou a fazer uma dancinha estranha, enquanto eu ria dela. Tudo ficou em câmera lenta.
A observei enquanto cantarolava uma música qualquer, com um sorriso largo. À algumas semanas atrás, eu achava que ia morrer e agora, estou vendo a garota com a qual sempre sonhei rindo e cantando feito louca. Como eu queria que o tempo parasse ali, com nós dois felizes e despreocupados. Queria poder trancar aquela porta e esquecer do mundo lá fora, só ficar nessa cama, olhando ela dançar.

- O que foi? - ela perguntou ofegante.

- Nada, tava só pensando em trancar essa porta e nunca mais deixar você sair!

- Isso soou meio serial killer - juntou as sobrancelhas e eu ri.

- Só queria ficar aqui com você pra sempre - sorri - sem preocupações.

- Eu ia adorar!  - sentou na cama, ao meu lado - mas eu tenho que voltar pra casa.

- Ou, você pode ficar aqui comigo - sugeri beijando seu ombro exposto pelo vestido de alças finas que usava - eu ainda tô com dor e preciso de carinho.

- Sei bem o tipo de "carinho" que você quer - fez aspas com os dedos.

- Por que? - subi os beijos lentamente, sentindo ela arrepiar. Afastei seu cabelo e beijei seu pescoço, a fazendo suspirar - vai dizer que você não quer?

Continuei com os beijos, sentindo ela estremecer e suspirar fortemente. Desci as mãos para sua cintura, mas a garota se levantou.

- A gente ainda tem muito tempo pra resolver isso - ela sorriu - temos que resolver outras coisas antes.

- Que coisas? - perguntei.

- Tipo você e a Max - respondeu - vocês precisam se resolver!

- É, tem razão! - suspirei olhando para baixo - eu fui um babaca e tenho que consertar isso.

- Com certeza - ela pegou minha mão, a puxando - vamos, tá ficando tarde e eu tenho que voltar pra casa!

- Mas e... - engoli seco - você sabe.

- O quê? Seu pai?! - ela riu - depois do susto que eu dei nele, duvido que ele tente alguma coisa!

- Essa é minha garota! - ela riu balançando a cabeça em negação.

- Vem, vamos!

Pegamos nossas coisas e entramos no carro, dirigindo até minha casa. Depois de muita insistência, consegui convencer Olivia à levar o carro para sua casa, afinal estava tarde e não era seguro andar por aí no escuro. Ela reclamou um pouco, mas concordou.
Quando chegamos em casa, me despedi dela com um beijo lento e saí do carro, a garota insistiu para me ajudar, mas disse que não era preciso, pois a dor já havia diminuído um pouco.

Entrei em casa, vendo tudo escuro. Caminhei até o quarto de Max, batendo na porta e ouvindo um murmuro em resposta. Entrei lentamente, vendo ela parar de ler a revista em quadrinhos para me encarar.

- Achei que ia passar a noite com a Olivia - ela disse.

- É, mas tinha que resolver algumas coisas - respondi e ela assentiu.

Um silêncio constrangedor se fez presente. Percebi que aquela foi a nossa primeira conversa civilizada em anos, me senti muito mal por isso.
Depois de alguns minutos, que mais pareciam horas, resolvi começar a falar.

- Posso? - apontei para a cama e ela assentiu. Andei e me sentei na mesma, passei a mão pelos cabelos e comecei a falar - eu vim aqui pra te pedir desculpas.

- Pelo quê? - riu fraco sem entender.

- Por tudo. O que eu fiz com você foi cruel. Eu estava com raiva dele, da minha mãe e, principalmente, de mim e quando você apareceu, eu acabei descontando tudo em você - senti meus olhos arderem - eu sei que você provavelmente nunca vai me perdoar, mas eu só queria que soubesse que eu sinto muito, muito mesmo. Eu fui muito mal e você não merecia nada disso, é uma garota incrível e corajosa e... - levantei o rosto para encará-la - eu tenho muito orgulho de ser seu irmão.

As lágrimas saíam de meus olhos e molhavam todo meu rosto. Max me observava, com os olhos cheios de lágrimas também.

De repente, ela se jogou em meus braços, me abraçando apertado. Coloquei meus braços em volta de sua cintura e a apertei. Aquela era a primeira vez que estávamos nos abraçando. Senti um peso sair de meu peito.

Nos separamos depois de alguns minutos e sorri para ela, que enxugava as lágrimas.

- Eu prometo que vou tentar ser um irmão melhor.

Ela sorriu e passou a mão por meu rosto.

- Você já está sendo.

Ficamos um tempo lá, conversando e rindo.
Durante todos esses anos, eu tive tanta raiva de tudo e de todos. Era como se eu vivesse sempre na escuridão dos meus próprios medos e finalmente tivesse encontrado a luz. Essa luz era Olivia. Ela não desistiu de mim um vez sequer, nunca deixou de acreditar em mim. Sem ela, eu nunca teria sobrevivido, nunca teria coragem para enfrentar meus medos e nunca teria essa conversa com Max.

Era ela. Sempre foi ela...

- Preciso que me ajude com uma coisa.

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Oiii meus amores! Tudo bem com vocês?

Mil desculpas pelo atraso, eu tava cheia de atividades pra fazer e acabei esquecendo de atualizar, mas não se preocupem por que a mãe tá on!

Infelizmente, a nossa história tá quase no fim, talvez tenha mais 2 ou 3 capítulos : (

Eu já tô chorando! Quero agradecer pelos mais de 4 K de visualizações, vocês são incríveis demais♥

Por enquanto é só, amores! Fiquem ligadas!

- Bjos♥