Em Busca das Constelações

Capítulo 12

- Ei, (S/N). - acordei com Han falando baixinho no meu ouvido, balançando meu ombro de leve. - Nós temos que levantar.

Eu grunhi e afundei meu rosto no peito de Jisung, que ria baixinho.

- Vamos, (S/N). Você pode dormir no carro.

Me deixei vencer e levantei da cama a contragosto. Meus olhos estavam ardendo por conta do sono e eu os esfregava repetidas vez, na tentativa falha de fazer o ardor passar.

Eu comecei o dia indo no banheiro e fazendo minhas necessidades depois que Jisung foi para a cozinha. Eu logo me juntei a ele. Não sentia muita fome de manhã, mas me forcei a comer mesmo assim. Comi uma banana e nada mais.

Eu me arrastava para andar. Minhas pálpebras insistiam em se fechar sobre meus olhos. Tive que fazer um esforço desumano para não cair dormindo no chão. Jisung, por outro lado, estava radiante. Talvez fosse por conta da enorme quantidade de café que tinha acabado de ingerir. Ok, talvez radiante fosse exagero. Mas, comparado a mim, era mais ou menos isso.

Foi ele quem levou nossas malas para o carro. Eu normalmente me sentiria mal e inútil por isso, mas, naquele momento, não me importei muito. Eu só ansiava para estar no assento do passageiro, dormindo tudo o que eu precisava.

▪

Desnecessário dizer que, assim que entre no carro, capotei. Eu dormi por, pelo menos, três horas. Segundo Jisung, a casa para onde estávamos indo ficava a quatro horas de distância da nossa cidade. Me senti mal por ter dormido a maior parte do tempo, deixando Han acordado sozinho.

- Bom dia, de novo. Dormiu bem? - ele perguntou assim que percebeu que tinha acordado. - Passou o mau-humor?

- Aham. Agora me sinto mais humana. - disse, me ajeitando no assento do passageiro.

- Que bom! Eu parei em uma posto de gasolina e comprei um sanduíche para você. Imaginei que estaria com fome quando acordasse. Está ali atrás.

Ele indicou com a cabeça o banco de trás, onde tinha uma pequena sacolinha plástica branca. Eu estiquei meu braço para a alcançar e olhar Seu conteúdo. O alimento parecia apetitoso e logo comecei a devorar ele. Eu estava realmente com fome agora. Ofereci para Han, que negou com um gesto de cabeça.

- Olha pra fora. - ele disse, apontando a janela. O caminho estava cheio de árvores com flores roxas. - Lindo não? O restante do caminho é repleto dessas árvores. Parece que estamos em um túnel.

▪

A outra hora em que ficamos dentro do carro passou voando. Nós tínhamos ligado o rádio e ficamos cantando junto com a música enquanto o vento batia em nossos rostos. Foi incrível.

Mas, mais incrível do que isso, era a casa. Ela tinha um aspecto de ser antiga, suas paredes eram feitas com pedras acinzentadas. Era uma casa grande, com um enorme quintal verde. O inverno já tinha chegado, então estava muito frio ali. Havia várias árvores envolta e uma paisagem muito bonita, já que a casa ficava em um morro.

- É lindo, não é? - Jisung perguntou, parando ao meu lado.

- É... maravilhoso. - eu estava encantada com a vista que tínhamos ali.

Nós logo entramos na casa. Ela era moderna por dentro, contrariando sua aparência por fora. O primeiro cômodo em que entrei foi a sala. Ela tinha enormes estantes repletas de livros, uma enorme televisão e confortáveis sofás. Havia também uma lareira. A cozinha poderia ser considerada o paraíso para alguém que gostasse de cozinhar, o que não era meu caso. Mas me encantei com ela mesmo assim. O quarto principal, onde Han havia deixado as nossas coisas, era grande e tinha uma cama de casal no centro. Ele não era muito mobiliado, mas parecia aconchegante.

Eu não tive tempo de vasculhar o resto da casa pois nós saímos para ir no mercado. Não havia nada na casa para fazer. Talvez ela não fosse habitada muitas vezes.

Tentamos ser rápidos nas compras. Pegamos o necessário para não termos que sair da casa de novo. Alimentos não perecíveis, carne, papel higiênico. E marshmallow também, por insistência de Han. "Nós podemos fazer eles na fogueira", argumentou ele.

Já de volta na casa, nós guardamos todos os itens comprados e começamos a fazer o almoço. Como disse, não gostava muito de cozinhar. Mas era divertido com Jisung, nós dois tentando acertar o ponto do molho enquanto cozinhava o macarrão.

▪

A noite veio rápido. Nós tínhamos passado a tarde inteira na frente da televisão, assistindo filmes enquanto comíamos pipoca. Já estava escuro lá fora quando resolvemos desligar o aparelho.

- Nós vamos jantar? Porque eu não estou com nem um pouco de fome. - ele disse, se esticando após levantar do sofá.

- Também estou com o estômago cheio. Vou digerir pipoca até amanhã. - falei e nós dois rimos.

- Bom, sendo assim, tenho uma ideia.

- Diga-me. - pedi, curiosa.

- Vamos lá fora?

...

Aí ó gente, pela primeira vez aqui cumpri o que eu prometi e trouxe mais um capítulo hoje ksksks

Espero que estejam gostando da fic! Me perdoem qualquer errinho no capítulo ^^