Capítulo 15

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Acordei mais uma manhã com o barulho do meu despertador. Minha mão foi automaticamente clicar na tela do celular para desligar ele. Eu me levantei, ainda meio grogue. Somin não acordou com o som agudo que saiu do alto falante. Ela continuou deitada no lado da cama em que tinha dormido, sem mexer um músculo. Somin tinha insistido em dormir no sofá, mas eu não permiti. Meu sofá não era confortável o suficiente para ela passar uma noite inteira nele.

Eu segui para o banheiro fazer minhas higienes matinais. Quando voltei para o quarto para pegar minha roupa, Somin ainda estava dormindo. Resolvi chegar mais perto e balançar levemente seu ombro. Ela levantou o braço para se livrar do meu toque, quase me acertando. Felizmente, consegui me esquivar. Mexi de novo em seu ombro e ela abriu os olhos. Ela piscou várias vezes, ajustando a visão, antes de falar qualquer coisa.

- Já está de manhã?

- Sim, senhorita. E nós temos que ir trabalhar. - eu respondi e ri quando ela gemeu em sofrimento exagerado.

- Eu não quero!

- Ai, anjo, também não. Mas temos que ir. Vai, levanta. - disse, tentando levantar a garota. - Tem cookie de café da manhã.

Ela sentou na mesma hora.

- Ui, sobrou cookie de ontem? - ela perguntou e eu assenti. - Opa, tô acordadona. Cadê?

- Na cozinha. Vem.

Nós duas tomamos café da manhã juntas, conversando sobre coisas aleatórias. Os cookies que fizemos na tarde anterior tinham ficado bons, por incrível que pareça. Acho que Somin era boa na cozinha, pois sozinha não conseguiria fazer aquilo.

Depois de bem alimentada, voltei para o quarto para pegar a roupa que não tinha pegado antes. Aproveitei para pegar uma roupa para Somin também e a entreguei. Nós nos trocamos e saímos para ir pro trabalho.

- Oi, meu amor. - Jisung chegou falando quando deu o horário do meu intervalo.

- Oi, Hannie.

- Jesus, que fofura. Estou com inveja. - Somin falou, me fazendo rir. - Bom, eu tô indo almoçar. Até daqui a pouco (S/N).

Somin levantou e foi para o restaurante do prédio comercial.

- Vamos almoçar também?

Nós dois seguimos o mesmo caminho de Somin, entrando no restaurante e pegamos nossa comida. Escolhemos uma mesa de dois lugares perto da janela para sentar. Começamos a comer em silêncio, até Jisung puxar assunto.

- Qual seu sonho?

- Como assim?

- Qual seu sonho? Ok, melhor, com o que você quer trabalhar? Ser secretária de um prédio comercial não deve ser o trabalho que você pensou para sua vida, ou foi?

- Conversa profunda para um almoço de quarta feira, não? - comecei, rindo. - Mas eu sempre quis ser fotógrafa. Poder registrar os momento únicos na vida das pessoas, retratar os sorrisos genuínos delas, guardar em uma foto a beleza da natureza, onde ela não pode ser tocada.

- Uau. E por que nunca investiu nisso?

- Nunca me apoiaram, na verdade. Nem meus pais, nem as pessoas que já chamei de amigos. Diziam que não dava dinheiro e blá blá blá. Acho que eles estavam certos. Então, nunca tentei explorar esse sonho.

Jisung não falou mais nada depois do que disse. Ele apenas desbloqueou o celular e continuou comendo. Voltei a focar na comida a minha frente, saboreando cada garfada. Felizmente, o restaurante do prédio tinha uma comida excelente. Eu terminei de comer e fiquei olhando Han, que não tirou os olhos do celular.

- O que é tão interessante no seu celular?

- Ahn? - ele perguntou, levantando o olhar. - Ah, sim. Eu estou procurando por cursos de fotografia nas redondezas.

- Pera, que?

- Está realmente chocada? - falou. - Você falou sobre fotografia com um brilho nos olhos. Eu não vou deixar você desistir de um sonho porque alguém falou que é infrutífero. Achei que a essa altura você já soubesse que eu faço tudo para ver você feliz.

Em Busca das ConstelaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora