Capítulo 17

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Dois meses depois

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Han 💖

Podemos ir no parque depois? Quero andar com você

E tem algo que quero falar sobre com você

Podemos sim, meu amor

até depois ^^

Até ❤

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Aquilo era estranho. Eu fiquei angustiada e nervosa com a mensagem. Jisung estava muito ocupado com o trabalho na última semana. Tinha inúmeras palestras e diversos pedidos de empresas. Ele estava agindo de forma um pouco estranha, e a mensagem misteriosa sobre o assunto desconhecido só contribuiu para aumentar minhas suspeitas.

Será que ele queria terminar comigo? Era por isso que estava tão estranho? Estaria ele se afastando propositalmente para que a dor do término fosse menor? Mas ele matou um coração na última mensagem. Ele mandaria isso se quisesse terminar comigo?

Meus pensamentos voavam pela minha cabeça e me deixavam cada vez mais angustiada. Eu tentava impedir que essas dúvidas entrassem na minha mente, mas elas eram mais fortes do que minha força.

- Você está bem, (S/N)? - perguntou Somin, olhando para mim com preocupação.

- Sim, sim. Tudo certo.

- Ok. - ela disse, um pouco desconfiada. - Bom, não tem ninguém aqui, então somos inúteis no momento. Que tal jogarmos uma partidinha de... - ela se virou para pegar algo em sua bolsa. - Uno?

- Por que você tem um Uno na sua bolsa? - questionei, rindo. - Mas, claro, vamos jogar.

Já era a terceira rodada que jogávamos quando fomos interrompidas por uma mulher a procura de informação. Somin atendeu ela enquanto eu voltei minha atenção para o meu computador. A aba do Whatsapp Web notificava a chegada de uma mensagem.

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Harry fotografia

Olá, (S/N). Sinto em avisar que não teremos aula até o fim da semana que vem, pois terei que viajar para cuidar da minha mãe. Espero que entenda e tenha um ótimo final de tarde.

Oi, Harry! É uma pena, mas espero que esteja tudo bem. Um ótimo final de tarde para você também!

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Era uma pena que não haveria aula por alguns dias. O curso estava indo perfeitamente bem. As aulas eram incríveis e eu tinha voltado a passear com a minha câmera, tirando foto de tudo que eu via. Também tinha feito alguns quadros com as minhas fotografias preferidas e as espalhei pelas paredes do meu apartamento.

- Ei, volta aqui que eu estava quase ganhando. - Somin chamou minha atenção.

Nós continuamos jogando até dar o horário do fim do expediente. Eu peguei minha bolsa e meu celular e me despedi de Somin. Han me esperava apoiado no pilar no centro da recepção. Ver ele trouxe ao mesmo tempo uma onda de calor que só ele conseguia me provocar e as preocupações que tomaram conta dos meus pensamentos mais cedo. Meu corpo ficava dividido entre as duas.

Nós saímos em silêncio do prédio comercial. Han estava quieto e isso estava me deixando louca.

- Ok, se você for terminar comigo, fala logo. Não fica adiando esse momento porque a dor vai ser a mesma.

- Que? - ele me olhou com choque no rosto. - Da onde você tirou isso, louca? Eu nunca que vou terminar com você, eu hein.

- Então por que está agindo de forma tão estranha? Você está me deixando angustiada.

- Ah, meu amor. - Han falou, parando no meio da calçada e se virando para mim. - Desculpa se te deixei preocupada. Eu tenho tido muito trabalho e isso está me cansando. Desculpa se fiquei um pouco distante. Na verdade, é sobre outra coisa que quero falar.

- Que seria?

- Nossa casa é onde devemos nos sentir mais seguros, não? Deve ser considerado o nosso lar. Mas não sinto mais isso quando estou no meu apartamento. Me sinto incompleto. Você se tornou o meu porto seguro, (S/N). Você é meu lar. - ele disse, pegando as minhas mãos. - Queria que você fosse morar comigo, (S/N).

Então era isso? Me preocupei atoa? Eu passei um bom tempo angustiada e nervosa com a possibilidade de ele querer terminar tudo comigo. Pude sentir meus músculos relaxarem quando ele terminou sua frase.

- É claro que vou morar com você, Hannie.

A minha mudança para o apartamento de Han demorou quase uma semana. Bom, o nosso apartamento. Como eu não tinha muitas coisas, não foi complicado. Em algumas viagens conseguimos trazer tudo. Inclusive, já tinha organizado a maior parte das coisas. Jisung tinha liberado metade do seu guarda-roupa para mim, então minhas roupas já estavam devidamente guardadas. Eu tinha comprado algumas poucas louças, que também já estavam em seus devidos lugares na cozinha. E a maior parte dos quadro que eu tinha comprado, vendi para uma loja de antiguidades. Não seu porque aceitaram eles, mas aceitaram. Eu fiquei apenas com os dois quadros com minhas fotografias. Uma era do pôr do sol em uma praia. Outra, de uma flor solitária, que editei para que só a planta ficasse colorida.

Han estava em cima de um banquinho, pendurando o quadro na parede do corredor. Eu estava no chão, dizendo para qual lado inclinar a moldura para que ficasse reta.

- Assim tá reto. - avisei.

- Ótimo. - Jisung falou, descendo do banco. - Agora, sim, sua presença está registrada nesse apartamento.

Em Busca das ConstelaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora